Ecologia:
Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Luminosidade: mesophytic, heliophytic
Biomas: Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga
Vegetação: Floresta Ciliar e/ou de Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Cerrado (lato sensu), Restinga
Fitofisionomia: Floresta Estacional Decidual Montana, Floresta Estacional Semidecidual Montana, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Densa Montana, Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana, Refúgios Ecológicos Alto-montanos, Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana, Floresta Ombrófila Mista Aluvial, Floresta Ombrófila Mista Montana, Savana Arborizada, Savana Florestada, Savana Gramíneo-Lenhosa, Vegetação de Restinga
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.8 Subtropical/Tropical Swamp Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest, 2.1 Dry Savanna
Detalhes: No Bioma Mata Atrântica a espécie é registrada na fitofisionomia: Floresta Estacional Decidual (FED) (Klein e Sleumer, 1984), na formação Montana (Lima et al., 2007); Floresta Estacional Semidecidual (FES) (Murta, 2016; Torres e Ramos, 2007), na formação Altomontana (Oliveira Filho et al., 2004) e Montana (Loures et al., 2007); Floresta Ombrófila Densa na formação Montana em ecótono com Floresta Ombrófila Mista (FOM), FES e refúgios altomontanos (Catharino et al., 2006) e Altomontana em contato com FOM altomontana (Meireles et al., 2008); Floresta Ombrófila Mista (Chaves et al., 2011; Ferreira et al., 2013; Ferreira et al., 2015; Souza, 2008; Torres e Ramos, 2007), na formação Aluvial (Nascimento et al., 2011; Rodrigues, 2012), Altomontana (Ferreira et al., 2016; Higuchi et al., 2013) e Montana (Aguiar et al., 2012; Callegaro et al., 2016; Cervi et al., 2007; Guidini et al., 2014; Higuchi et al., 2012; Higuchi et al., 2015; Negrini et al., 2012; Negrini et al., 2014; Pscheidt et al., 2015; Silva et al., 2012). No Bioma Cerrado é registrada em Savana Arborizada (Klein e Sleumer, 1984), Savana Florestada (Moraes, 2014; Rissi, 2011) e Savana Gramíneo-lenhosa (Klein e Sleumer, 1984). É registrada ainda em Formações Pioneira de Influência Marinha (Restinga) (Torres e Ramos, 2007) e para o Bioma Caatinga (Marquete et al., 2015). Chama a atenção por ocorrer em formações aluviais e paludosas (Klein e Sleumer, 1984, Torres e Ramos, 2007).
Quanto ao clima, segundo a classificação de Köppen, é registrada nas tipologias Cfa (Callegaro et al., 2016), Cfb (Aguiar et al., 2012; Cervi et al., 2007; Chaves et al., 2011; Curcio et al., 2006; Ferreira et al., 2013; Ferreira et al., 2016; Guidini et al., 2014; Higuchi et al., 2013; Nascimento et al., 2011; Negrini et al., 2012; Souza, 2008) e Cwa (Murta, 2016; Meireles et al., 2008; Oliveira Filho et al., 2004).
A espécie é observada em solos das classes Cambissolo Háplico (Callegaro et al., 2016; Higuchi et al., 2013), Cambissolo Húmico (Chaves et al., 2011; Higuchi et al., 2013), Gleissolo Melânico (Curcio et al., 2006), Latossolo Vermelho Amarelo (Souza, 2008), Neossolo Litólico (Callegaro et al., 2016; Higuchi et al., 2013) e Nitossolo Vermelho (Callegaro et al., 2016), em relevos planos a ondulados (Chaves et al., 2011; Curcio et al., 2006; Higuchi et al., 2013). A espécie está associada a solos pouco ácidos (Higuchi et al., 2012), elevados teores de Mg e Ca (Higuchi et al., 2012; Mendes, 2015) e drenagem natural deficiente (Curcio et al., 2006; Higuchi et al., 2014).
É considerada como característica do sub-bosque da FOM (Klein e Sleumer, 1984), sendo frequentemente encontrada regenerando nesse estrato (Gasper et al., 2013; Guidini et al., 2014; Higuchi et al., 2015; Rissi, 2011; Souza, 2008; Torres e Ramos, 2007). É encontrada ainda nos estratos intermediário (Callegaro et al., 2016) e superior (Negrini et al., 2012).
É considerada tanto como Climax (Mendes, 2015) a Secundária inicial (Callegaro et al., 2016, Ferreira et al., 2013), encontrada em luz difusa ou heliofita pouco frequente (Klein e Sleumer, 1984), não sofrendo influência pelo tamanho do fragmento (Chaves et al., 2011) ou distância da borda (Pscheidt et al., 2015).
Referências:
-
Aguiar, M.D., Silva, A.C., Higuchi, P., Negrini, M., Fert Neto, J. 2012. Potencial de uso de espécies arbóreas de uma floresta secundária em Lages, Santa Catarina. Revista de Ciências Agroveterinárias. 11(3), p. 238-247.
-
Callegaro, R.M.; Andrzejewski, C.; Longhi, S.J.; Longhi, R.V.; Biali, L.J. 2016. Composição das categorias sucessionais na estrutura horizontal, vertical e diamétrica de uma Floresta Ombrófila Mista Montana. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, 11(4), 350-358.
-
Catharino, E.L.M.; Bernacci, L.C.; Franco, G.A.D.C.; Durigan, G.; Metzger, J.P. 2006. Aspectos da composição e diversidade do componente arbóreo das florestas da Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica, 6(2), 1-28.
-
Cervi, A.C.; Linsingen, L.; Hatschbach, G.; Ribas, O.S. 2007. A Vegetação do Parque Estadual de Vila Velha, Município de Ponta Grossa, Paraná, Brasil. Boletim do museu botânico municipal, 69, 1-52.
-
Chaves, C.L.; Cruz, A.P.; Manfredi, S. 2011. Perspectivas de conservação dos espaços verdes suburbanos no município de Lages, SC. Biodiversidade Pampeana, 9(1), 50-60.
-
Ferreira, T.S., Marcon, A.K., Salami, B., Rech, C.C.C., Mendes, A.R., Carvalho, A.F., Missio, F.F., Pscheidt, F., Guidini, A.L., Dornelles, R.S., Silva, A.C., Higuchi, P. 2016. Composição Florístico-Estrutural ao Longo de um Gradiente de Borda em Fragmento de Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana Em Santa Catarina. Ciência Florestal. 26(1), p. 123-134.
-
Gasper, A.L., Sevegnani, L., Vibrans, A.C., Sobral, M., Uhlmann, A., Lingner, D.V., Rigon-Júnior, M.J., Verdi, M., Stival-Santos, A., Dreveck, S., Korte, A. 2013. Flora da floresta ombrófila mista em Santa Catarina, baseada no inventário florístico florestal de Santa Catarina. Rodriguésia 64(2): A1-A24.
-
Guidini, A.L.; Silva, A.C.; Higuchi, P.; Rosa, A.D.; Spiazzi, F.R.; Negrini, M. Ferreira, T.S.; Salami, B. Marcon, A.K. Buzzi Junior, F. 2014. Invasão por espécies arbóreas exóticas em remanescentes florestais no planalto sul catarinense. Revista Arvore. 38(3), 469-478.
-
Higuchi, P.; Silva, A.C.; Aguiar, M.D.; Mafra, A.L.; Negrini, M.; Zech, D.F. 2014. Partição espacial de espécies arbóreas em função da drenagem do solo em um fragmento de floresta com araucária no sul do Brasil. Ciência Florestal, 24(2), 421-429.
-
Higuchi, P.; Silva, A.C.; Almeida, J.A.; Bortoluzzi, R.S.C.; Mantovani, A.; Ferreira, T.S.; Souza, S.T., Gomes, J.P.; Silva, K.M. 2013. Florística e Estrutura do Componente Arbóreo e Análise Ambiental de um Fragmento de Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana no Município de Painel, SC. Ciência Florestal. 23(1), p. 153-164.
-
Higuchi, P.; Silva, A.C.; Buzzi Junior, F.; Negrinii, M.; Ferreira, T.S.; Souza, S.T.; Santos, K.F.; Vefago, M.B. 2015. Fatores determinantes da regeneração natural em um fragmento de floresta com araucária no planalto catarinense. Scientia Forestalis, 43(106), p. 251-259.
-
Higuchi, P.; Silva, A.C.; Ferreira, T.S; Souza, S.T.; Gomes, J.P.; Silva, K.M.; Santos, K.F.; Linke, C.; Paulino, P.S. 2012. Influência de variáveis ambientais sobre o padrão estrutural e florístico do componente arbóreo, em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista montana em Lages, SC. Ciência Florestal, 22(1), 79-90.
-
Klein, R.M.; Sleumer, H.O. 1984. Flora Ilustrada Catrinense: Flacourtiaceae. Herbário “Barbosa Rodrigues”, Itajaí. 96p.
-
Lima, J.R.; Sampaio, E.V.S.B.; Rodal, M.J.N.; Araújo, F.S. 2007. Estrutura da Floresta Estacional Decidual montana (mata seca) da RPPN Serra das Almas, Ceará. Revista Brasileira de Biociências, 5(2), 438-440.
-
Lima, J.R.; Sampaio, E.V.S.B.; Rodal, M.J.N.; Araújo, F.S. 2011. Physiognomy and structure of a seasonal deciduous forest on the Ibiapaba plateau, Ceará, Brazil. Rodriguésia, 62(2), 379-389.
-
Loures, L.; Carvalho, D.A.; Machado, E.L.M.; Marques, J.J.G.M. 2007. Florística, estrutura e características do solo de um fragmento de floresta paludosa no sudeste do Brasil. Acta botânica brasiliense, 21(4), 885-896.
-
Marquete, R.; Torres, R.B.; Medeiros, E.S. 2015. Salicaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB14394>. Acesso em 22 junho 2017.
-
Meireles L.D.; Shepherd, G.J.; Kinoshita, L.S. 2008. Variações na composição florística e na estrutura fitossociológica de uma floresta ombrófila densa alto-montana na Serra da Mantiqueira, Monte Verde, MG. Revista Brasileira de Botânica, 31(4), 559-574.
-
Mendes, A.R. 2015. Floresta ciliar do rio Pelotas ao longo de um gradiente altitudinal: fitossociologia e variáveis edáficas. Dissertação de Mestrado, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, 113p.
-
Moraes, H.G. 2014. Caracterização florística e estrutural de cerradões em diferentes cotas altitudinais no Estado do Maranhão, Brasil. Tese de Doutorado. Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo, 76p.
-
Murta, M.A.C. 2016. Comparação do estrato regenerante entre bordas e interior de uma Floresta Estacional Semidecidual em Capelinha – MG. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina. 55p.
-
Nascimento, A.R.T.; Ramos, P.H.X.; Dalmaso, C.A. 2011. Estrutura e classificação de um remanescente de floresta ripária no município de Lages, SC. Ciência Florestal, 21(2), 209-218.
-
Negrini, M.; Aguiar, M.D.; Vieira, C.T.; Silva, A.C.; Higuchi, P. 2012. Dispersão, distribuição espacial e estratificação vertical da comunidade arbórea em um fragmento florestal no planalto catarinense. Revista Árvore, 36(5), 919-929.
-
Negrini, M.; Higuchi, P.; Silva, A.C.; Spiazzi, F.R.; Buzzi Junior, F.; Vefago, M.B. 2014. Heterogeneidade florístico-estrutural do componente arbóreo em um sistema de fragmentos florestais no planalto sul catarinense. Revista Árvore, 38(5), 779-786.
-
Oliveira Filho, A.T.; Carvalho, D.A.; Fontes, M.A.L.; Van Den Berg, E.; Curi, N.; Carvalho, W.A.C. 2004. Variações estruturais do compartimento arbóreo de uma Floresta Semidecídua Alto-montana na chapada das Perdizes, Carrancas, MG. Revista Brasil. Bot., 27(2), 291-309.
-
Pscheidt, F.; Rech, C.C.C.; Missio, F.F.; Bento, M.A.B.; Buzzi Junior, F.; Ansolin, R.D.; Bonazza, M.; Aguiar, M.D.; Silva, A.C.; Higuchi, P. 2015. Variações Florístico-Estruturais da Comunidade Arbórea Associadas à Distância da Borda em um Fragmento Florestal no Planalto Sul-Catarinense. Floresta, 45(2), 421-430.
-
Rissi, M.N. 2011. Regeneração natural de um fragmento de Cerrado degradado com a formação de pastagens de braquiária (Urochloa decumbens (Stapf) R.D.Webster). Dissertação de mestrado. Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 185p.
-
Silva, A.C., Higuchi, P., Aguiar, M.D., Negrini, M., Fert Neto, J., Hess, A.F. 2012. Relações Florísticas e Fitossociologia de uma Floresta Ombrófila Mista Montana Secundária em Lages, Santa Catarina. Ciência Florestal. 22(1), p. 193-206.
-
Souza, R.P.M. 2008. Estrutura da comunidade arbórea de trechos de floresta de Araucária no estado de São Paulo, Brasil. Dissertação de Mestrado. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba. 101p.
-
Torres, R.B.; Ramos, E. 2007. Flacourtiaceae. In: Melhem, T.S.; Wanderley, M.G.L.; Martins, S.E.; Jung-Mendaçolli, S.L.; Shepherd, G.J.; Kirizawa, M. (Eds.), Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, Vol. 5, Pp. 200-225.