Orchidaceae

Uleiorchis longipedicellata A.Cardoso & Ilk.-Borg A.

EN

EOO:

0,00 Km2

AOO:

8,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Smidt, 2022), com distribuição: no estado do Pará — nos municípios Curionópolis e Parauapebas. Espécie endêmica da Serra dos Carajás, onde foi registrada na Serra Norte: N5 (Koch et al., 2018).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2022
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Monira Bicalho
Critério: B1ab(ii,iii)+2ab(ii,iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Orquídea endêmica da Serra dos Carajás, ocorrendo em áreas de transição entre a mata atlântica e a vegetação de afloramentos pétreos, conhecida como vegetação de Canga. Apresenta uma distribuição restrita, com valores de EOO e AOO iguais a 8km² cada. espécie foi encontrada formando pequenas populações na borda de planaltos. Além disso, uma única planta foi fotografada em 2014 na “trilha lagoa da mata” crescendo na floresta. Entretanto o número de indivíduos maduros, não foram registrados. Considerando o distanciamento das duas subpopulações, forma documentadas duas situações de ameaças. A atividade mineradora é a principal ameaça que ateste contra a perpetuação da espécie na natureza, especialmente pelos registros localizados adjacentes à Mina de Ferro dos Carajás. Em 2020, a espécie apresentava 43,60% (348,77 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mineração. Diante este cenário, infere-se declínio de área de ocupação e qualidade de habitat. Assim, a espécie foi avaliada como Em Perigo (EN) de exinção. Recomendam-se pesquisas por estimativas populacionais, buscas por novas localidades e ainda, ações de conservação ex situ, garantindo a perpetuação na natureza.

Quantidade de locations: 2
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Phytotaxa 205(2): 118. 2015. É reconhecida pelo labelo ligulado com uma dilatação arredondada na porção distal e pela zona estigmática lisa e elíptica (Koch et al., 2018). É afim de U. liesneri, pois o pedicelo se alonga após a antese, atingindo seu comprimento máximo na maturidade do fruto, mas difere pelo comprimento do pedicelo 2 mm a 227 mm de comprimento após o desenvolvimento do fruto (vs. 3–4 mm a 12 mm de comprimento em U. liesneri), pela zona estigmática glabra em (vs. pubescente em U. liesneri) e o número de flores por inflorescência 1–4 (vs. 1 em U. liesneri (Cardoso et al., 2015).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Além do tipo, de Parauapebas, outra população de Uleiorchis longipedicellata foi coletada na Serra Leste da Floresta Nacional de Carajás, no município de Curionópolis. A espécie foi encontrada formando pequenas populações na borda de planaltos. Além disso, uma única planta foi fotografada em 2014 na “trilha lagoa da mata” crescendo na floresta (Cardoso et al., 2015).
Referências:
  1. Cardoso, A.L. de R., Ilkiu-Borges, A.L., Rodrigues, T.M., 2015. A new species of Uleiorchis (Gastrodieae, Orchidaceae) from the Brazilian Amazon. Phytotaxa 205, 117. https://doi.org/10.11646/phytotaxa.205.2.5

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: herb
Biomas: Amazônia
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Vegetação sobre afloramentos rochosos
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 6 Rocky Areas [e.g. inland cliffs, mountain peaks]
Detalhes: Erva 8–23 cm altura (Koch et al., 2018). Ocorre na Amazônia, em Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) e Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (Smidt, 2020), em áreas de transição entre a mata atlântica e a vegetação de afloramentos pétreos, conhecida como vegetação de Canga (Cardoso et al., 2015).
Referências:
  1. Koch, A.K., Miranda, J.C., Hall, C.F., 2018. Flora das cangas da serra dos carajás, pará, brasil: Orchidaceae. Rodriguesia 69, 165–188. https://doi.org/10.1590/2175-7860201869115
  2. Smidt, E.C., 2020. Uleiorchis. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB603129 (acesso em 28 março 2022)
  3. Cardoso, A.L. de R., Ilkiu-Borges, A.L., Rodrigues, T.M., 2015. A new species of Uleiorchis (Gastrodieae, Orchidaceae) from the Brazilian Amazon. Phytotaxa 205, 117. https://doi.org/10.11646/phytotaxa.205.2.5

Reprodução:

Fenologia: flowering (Oct~Nov)

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future regional medium
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Curionópolis (PA) e Parauapebas (PA) possuem, respectivamente, 71,18% (168633,53ha) e 12,78% (88005,05ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). De acordo com o MapBiomas, os municípios Curionópolis (PA) e Parauapebas (PA) possuem, respectivamente, 78,74% (186537,34ha) e 14,48% (99702,14ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2022. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2020. Municípios: Curionópolis (PA) e Parauapebas (PA). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 17 de maio de 2022).
  2. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2020. Municípios: Curionópolis (PA) e Parauapebas (PA). URL https://drive.google.com/file/d/1RT7J2jS6LKyISM49ctfRO31ynJZXX_TY/view?usp=sharing (acesso em 17 de maio de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 3.2 Mining & quarrying habitat past,present,future local very high
Em 2020, a espécie apresentava 43,60% (348,77 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mineração, atividade que cresce a uma taxa de 1,28% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2004 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 1,24% aa (MapBiomas, 2022).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 17 de maio de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 7.1.3 Trend Unknown/Unrecorded local low
Um total de 17,23% (1,38km²) da AOO útil da espécie queimaram em 2020 [Mineração (16,94%), Pastagem (0,21%), Floresta (0,07%), Savana (0,01%)] (MapBiomas-Fogo, 2022).
Referências:
  1. MapBiomas-Fogo, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 1 do Mapeamento de cicatrizes de fogo no Brasil, dados de 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 17 de maio de 2022).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5.1.1 International level on going
A espécie está incluída no apêndice II da CITES (2022), que inclui as espécies não necessariamente ameaçadas de extinção, mas cujo comércio deve ser controlado a fim de evitar usos incompatíveis com sua sobrevivência.
Referências:
  1. CITES, 2022. Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora. CITES Appendices URL https://www.cites.org/eng/app/appendices.php (acesso em 05 de maio de 2022).
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Meio Norte - 1 (PA).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada na seguinte Unidade de Conservação: Floresta Nacional de Carajás.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.