Espécie endêmica do Brasil (Smidt, 2022), com distribuição: no estado do Pará — nos municípios Curionópolis e Parauapebas. Espécie endêmica da Serra dos Carajás, onde foi registrada na Serra Norte: N5 (Koch et al., 2018).
Orquídea endêmica da Serra dos Carajás, ocorrendo em áreas de transição entre a mata atlântica e a vegetação de afloramentos pétreos, conhecida como vegetação de Canga. Apresenta uma distribuição restrita, com valores de EOO e AOO iguais a 8km² cada. espécie foi encontrada formando pequenas populações na borda de planaltos. Além disso, uma única planta foi fotografada em 2014 na “trilha lagoa da mata” crescendo na floresta. Entretanto o número de indivíduos maduros, não foram registrados. Considerando o distanciamento das duas subpopulações, forma documentadas duas situações de ameaças. A atividade mineradora é a principal ameaça que ateste contra a perpetuação da espécie na natureza, especialmente pelos registros localizados adjacentes à Mina de Ferro dos Carajás. Em 2020, a espécie apresentava 43,60% (348,77 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mineração. Diante este cenário, infere-se declínio de área de ocupação e qualidade de habitat. Assim, a espécie foi avaliada como Em Perigo (EN) de exinção. Recomendam-se pesquisas por estimativas populacionais, buscas por novas localidades e ainda, ações de conservação ex situ, garantindo a perpetuação na natureza.
Descrita em: Phytotaxa 205(2): 118. 2015. É reconhecida pelo labelo ligulado com uma dilatação arredondada na porção distal e pela zona estigmática lisa e elíptica (Koch et al., 2018). É afim de U. liesneri, pois o pedicelo se alonga após a antese, atingindo seu comprimento máximo na maturidade do fruto, mas difere pelo comprimento do pedicelo 2 mm a 227 mm de comprimento após o desenvolvimento do fruto (vs. 3–4 mm a 12 mm de comprimento em U. liesneri), pela zona estigmática glabra em (vs. pubescente em U. liesneri) e o número de flores por inflorescência 1–4 (vs. 1 em U. liesneri (Cardoso et al., 2015).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | medium |
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Curionópolis (PA) e Parauapebas (PA) possuem, respectivamente, 71,18% (168633,53ha) e 12,78% (88005,05ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). De acordo com o MapBiomas, os municípios Curionópolis (PA) e Parauapebas (PA) possuem, respectivamente, 78,74% (186537,34ha) e 14,48% (99702,14ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 3.2 Mining & quarrying | habitat | past,present,future | local | very high |
Em 2020, a espécie apresentava 43,60% (348,77 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mineração, atividade que cresce a uma taxa de 1,28% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2004 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 1,24% aa (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 7.1.3 Trend Unknown/Unrecorded | local | low | ||
Um total de 17,23% (1,38km²) da AOO útil da espécie queimaram em 2020 [Mineração (16,94%), Pastagem (0,21%), Floresta (0,07%), Savana (0,01%)] (MapBiomas-Fogo, 2022). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.1 International level | on going |
A espécie está incluída no apêndice II da CITES (2022), que inclui as espécies não necessariamente ameaçadas de extinção, mas cujo comércio deve ser controlado a fim de evitar usos incompatíveis com sua sobrevivência. | |
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Meio Norte - 1 (PA). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na seguinte Unidade de Conservação: Floresta Nacional de Carajás. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |