Meliaceae

Trichilia elsae Harms

EN

EOO:

137.200,395 Km2

AOO:

28,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil (Flores, 2020). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Acre — nos municípios Assis Brasil, Porto Acre, Sena Madureira e Senador Guiomard —, e no estado do Amazonas — no município São Gabriel da Cachoeira.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2021
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Lucas Jordão
Critério: B2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Trichilia elsae é uma árvore de grande porte, que ocorre em Florestas de Terra Firme, na Amazônia. Apresenta AOO= 28km² e três situações de ameaças. Considerando que os registros ocorrendo em Porto Acre e Senador Guiomard sofrem as pressões das fragmentações de habitats motivadas pelas atividades pecuaristas. Os demais registros foram considerados como situações de ameaças distintas, por não apresentarem ameaças diretas. Os municípios de ocorrência da espécie possuem cerca de 5 à 70% de seu seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021). E ainda, 18,37% (5,14km²) da AOO útil da espécie queimaram em 2019 Diante esse cenário, infere-se declínio contínuo de qualidade de habitat. Somado a isso, não são conhecidos registros em Unidades de Conservação. Assim, T. elsae foi considerada como Em Perigo (EN) de extinção. Recomendam-se ações de pesquisa (busca por novas áreas de ocorrência, censo e tendências populacionais, estudos de viabilidade populacional) e conservação (Planos de Ação, Conservação in situ e ex situ) urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza, pois as pressões verificadas ao longo de sua distribuição podem ampliar seu risco de extinção.

Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Nat. Pflanzenfam. (ed. 2) 19b1: 115, 1940. É reconhecida pelas flores creme-esbranquiçadas e frutos alaranjados; a semente é cercada por um arilo carnudo vermelho brilhante (Pennington e Clarkson, 2016). Popularmente conhecida como breu-maxixe e jitó no Acre (Flores, 2020). A espécie foi avaliada como Em Perigo (EN, C2a) na Lista Vermelha da IUCN (Pires O'Brien, 1998).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Amazônia
Vegetação: Floresta de Terra-Firme, Floresta de Várzea
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.8 Subtropical/Tropical Swamp Forest
Detalhes: Árvore com até 20 m de altura (Pennington e Clarkson, 2016). Ocorre na Amazônia, em Floresta de Terra Firme e Floresta de Várzea (Flores, 2020).
Referências:
  1. Flores, T.B., 2020. Meliaceae. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23808 (acesso em 08 de setembro de 2021)
  2. Pennington, T.D., Clarkson, J.J., 2016. A revision of American Trichilia (Meliaceae). Phytotaxa 259, 1–162. https://doi.org/10.11646/phytotaxa.259.1.1

Reprodução:

Detalhes: Floração registrada de janeiro a março e em julho, frutos maduros em outubro e janeiro (Pennington e Clarkson, 2016).
Fenologia: flowering (Jan~Mar), flowering (Jul~undefined), fruiting (Oct~undefined), fruiting (Jan~undefined)
Referências:
  1. Pennington, T.D., Clarkson, J.J., 2016. A revision of American Trichilia (Meliaceae). Phytotaxa 259, 1–162. https://doi.org/10.11646/phytotaxa.259.1.1

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future regional high
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Porto Acre (AC), Sena Madureira (AC) e Senador Guiomard (AC) possuem, respectivamente, 44,77% (116634ha), 6,62% (157192ha) e 68,44% (158925ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2019 (Lapig, 2021). De acordo com o MapBiomas, os municípios Assis Brasil (AC), Porto Acre (AC), Sena Madureira (AC) e Senador Guiomard (AC) possuem, respectivamente, 5,04% (25050ha), 46,1% (120091ha), 7,04% (167147ha) e 69,46% (161288ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2021. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2019. Municípios: Porto Acre (AC), Sena Madureira (AC) e Senador Guiomard (AC). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 13 de setembro de 2021).
  2. MapBiomas, 2021. Projeto MapBiomas - Coleção 5 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. Municípios: Assis Brasil (AC), Porto Acre (AC), Sena Madureira (AC) e Senador Guiomard (AC). URL https://mapbiomas-br-site.s3.amazonaws.com/EstatADsticas/Dados_Cobertura_MapBiomas_5.0_UF-MUN_SITE_v2.xlsx (acesso em 13 de setembro de 2021).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 7.1.3 Trend Unknown/Unrecorded habitat,occupancy past,present,future regional medium
Um total de 18,37% (5,14km²) da AOO útil da espécie queimaram em 2019 [Pastagem (14,29%), Formação Florestal (4,08%)] (MapBiomas-Fogo, 2021).
Referências:
  1. MapBiomas-Fogo, 2021. Projeto MapBiomas Fogo - Coleção 5 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2019. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 13 de setembro de 2021).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada na seguinte Unidade de Conservação: Reserva Extrativista do Cazumbá-Iracema.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.