BROMELIACEAE

Tillandsia aeranthos (Loisel.) L.B.Sm.

LC

EOO:

251.861,605 Km2

AOO:

92,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

No Brasil a espécie ocorre no bioma Mata Atlântica nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Forzza et al., 2010). Segundo Reitz (1983) a espécie ocorre no Brasil nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e no Uruguai, Paraguai e Argentina.Buzzato; Severo; Waechter (2008) identificaram a presença da espécie na Floresta Nacional de Passo Fundo, RS.Trindade-Lima (2007) registra, pela primeira vez, a ocorrência da espécie para o estado de Minas Gerias, mais precisamente em São Tomé das Letras.Wanderley; Melhem; Giulietti (2007) citaram pela primeira vez a presença da espécie no estado de São Paulo.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?A espécie não é endêmica do Brasil e em território nacional está amplamente distribuída.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

A espécie é conhecida vulgarmente como "cravo-do mato", "gravatazinho" e "bromélia" (Reitz, 1983). Foi inicialmente descrita como Pourretia aeranthos por Loiseleur em 1821. Rossi em 1825 a descreveu como T. dianthoidea e Beer em 1857, fez a nova combinação Anoplophylum dianthoideum (Rossi) Beer. Smith (1943) propôs uma nova combinação a partir de P. aeranthos, resultando em T. aeranthos (Tardivo, 2002).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Gonçalves; Waechter (2002) realizaram estudo com epífitos vasculares sobre espécimes de Ficus organensis na planície litorânea do RS e identificaram que T. aeranthos foi encontrada em 50 de 60 figueiras amostradas, representando uma frequência absoluta de 83.80, sendo uma das espécies com maior valor de importância. Galvani; Batista (2003) afirmam que T. aeranthos se destaca como epífita em florística do Parque Estadual do Espinilho - Barra do Quaraí /RS.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica (Forzza et al. 2010), Cerrado (Trindade-Lima 2007)
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista e Restinga (Martinelli et al., 2009).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 1.7 Subtropical/Tropical Mangrove Vegetation Above High Tide Level
Detalhes: T. aeranthos é uma erva pequena, de 15 a 20cm de altura, epífita, provida de rizoma forte coberto com bainhas velhas remanescentes, com raízes fortes, curta e arcadamente caulescente, folhas numerosas, cobrindo densamente o caule, flores envolvidas em brácteas róseas ou púrpuras e as flores violáceas, vistosas (Reitz, 1983). A inflorescência é simples espigada, ou seja, quando as flores são sésseis, em pedúnculo. A espécie floresce de julho até dezembro (Reitz, 1983). O mesmo autor afirma que a espécie é heliófila ou de luz difusa , encontrada preferencialmente em florestas abertas ou árvores isoladas próximas ao nível do mar em Santa Catarina e apresenta intensa reprodução clonal. Tardivo (2002) afirma que a espécie florida atinge entre 9 e 32cm de altura, é epífita ou rupícola, mesofítica, vive isolada ou em forma de touceiras e floresce de setembro a fevereiro.Em Minas Gerais a espécie ocorre em áreas de Mata Atlântica e Cerrado a cerca de 1100m de altitude. Floresce em novembro e dezembro (Trindade-Lima, 2007)

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Strehl; Arndt (1989) em revisões bibliográficas sobre estudos realizados na região de Porte Alegre, constataram que a espécie é sensível a modificações ambientais, nas diversas áreas da zona urbana da cidade.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A vegetação na área do estudo de Gonçalves; Waechter (2002) encontra-se bastante alteradapela ação antrópica, havendo alguns fragmentosde florestas arenosas, turfosas e pluviais (Gonçalves, com. pess.).Musskopf (2006) ressalta de que o Parque Estadual de Itapuã possui áreas antropizadas de uso agrícola ou extrativista no município de Viamão (limite Norte).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining
Bsatos (2006) afirma que a área do Morro do Osso em RS foi alvo de exploração de pedreiras até a década de 80, estas atividades eram, invariavelmente, acompanhadas por queimadas, corte de vegetação e abertura de vias para o transporte das pedras feito por caminhões e carroças.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
De acordo com Bastos (2006), a área do Morro do Osso também sofreu impactos importantes decorrentes do plantio de acácia-negra, desde a década de 1940, onde amata era suprimida.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.2 Human settlement
Segundo Bastos (2006), o Morro do Osso sofre atualmente com a expansão urbana, com a retirada de vegetação florestal para a construção de casas e condomínios fechados, sendo estes responsáveis, atualmente, pela maior derrubada de árvores, pois as construções ocupam, muitas vezes, mais de 90% da área de cada terreno.

Ações de conservação (4):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Vulnerável" (VU) na Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Silva (1994); Waldemar (1998); Musskopf (2006) afirmam que a espécie ocorre no Parque Estadual de itapuã, Viamão, RS.- Parque Estadual do Espinilho Barra do Quaraí /RS (Galvani; Batista, 2003).- Parque Natural Morro do Osso (PNMO) - unidade de conservação (SNUC) de Proteção Integral (de uso indireto) criado em 1994 (Bastos, 2006).- Ações de manejo para a Estação Ecológica deAratinga, dentro de uma perspectiva de cinco anos, incluem aspectos conservacionistas para a espécie (Duarte, 2008).- APA Rota do Sol está situada no entorno da Estação Ecológica de Aratinga e também é abordada com as mesmas ações (Duarte, 2008)
Ação Situação
5.7 Ex situ conservation actions on going
Stumpf et al. (2008) realizaram trabalho de resgate de plantas ornamentais decorrentes da duplicação da BR 392. Resgataram 16 indivíduos da espécie e implantaram os exemplares nas matas da Estação Experimental de Cascata, na Embrapa Clima Temperado. O estabelecimento e o desenvolvimento das plantas serão monitorados para a avaliação de sua adaptação aos locais onde foram introduzidas. Da mesma forma, estãoprevistas ações de multiplicação e reintrodução dessas espécies em seu ambiente de origem.
Ação Situação
1.1 Management plans on going
Tagliani; Oliveira (2008) apresentam o plano ambiental municipal de são José do Norte - RS (ocorrência da espécie), plano esse que confere grau de fiscalização dos empreendimentos na área.

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
Além de diurética, dizem que combate a blenorragia (Reitz, 1983). Toda a planta é empregada em decocção, e em uso interno. Ornamentel (Reitz, 1983). Giraldi; Hanazaki (2010) afirmam que a espécie possui propriedades farmacêuticas contra doenças do sistema: Dor nos rins, infecção nos rins, cistite, pedra nos rins, pedra na vesícula, cólicas menstruais, regular a menstruação, induzir a menstruação, útero baixo, geniturinário.
Uso Proveniência Recurso
Bioativo
Além de diurética, dizem que combate a blenorragia (Reitz, 1983). Toda a planta é empregada em decocção, e em uso interno. Ornamentel (Reitz, 1983). Giraldi; Hanazaki (2010) afirmam que a espécie possui propriedades farmacêuticas contra doenças do sistema: Dor nos rins, infecção nos rins, cistite, pedra nos rins, pedra na vesícula, cólicas menstruais, regular a menstruação, induzir a menstruação, útero baixo, genitário.