Espécie endêmica do Brasil (Vieira e Sampaio, 2020), com distribuição: no estado da Bahia — nos municípios Abaíra, Barra da Estiva, Barro Preto, Feira de Santana, Lençóis, Miguel Calmon, Morro do Chapéu, Mucugê, Palmeiras, Piatã, Rio de Contas, Rio do Pires e Umburanas —, no estado de Goiás — nos municípios Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante —, e no estado de Minas Gerais — nos municípios Conceição do Mato Dentro, Datas, Diamantina, Gouveia, Grão Mogol, Jaboticatubas, Joaquim Felício, Santana de Pirapama, Santana do Riacho, Serro e Sete Lagoas.
Árvore endêmica do Brasil, chegando até 10m de altura. Possui distribuição no Cerrado, Caatinga e na Floresta Atlântica, ocorrendo em diferentes tipos de vegetação Sobre Afloramentos Rochosos. Apresenta extenso EOO, igual a 431992km² e mais de 10 situações de ameaças. A espécie poderia ser considerada ameaçada de extinção pelo critério B2, entretanto EOO supera muito o limiar para categoria de ameaça e ainda, possui mais que 10 de situações de ameaça. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como de Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.
Descrita em: Fl. Bras. Merid. (quarto ed.) 1(8): 299, 1828. É afim de Ternstroemia alnifolia, mas difere por apresentar brácteas, sépalas, pétalas rugulosas e frutos rugosos, quando secos, com deiscência circuncisa (vs. pétalas lisas, frutos lisos, quando secos, e deiscência irregular em valvas em T. alnifolia) e estigma bilobado (peltado em T. alnifolia). Além disso, as folhas de T. alnifolia são distintamente crenadas no ápice e lisas na face adaxial (Vieira, 2020). Popularmente conhecida como Benguê em Minas Gerais (Vieira e Sampaio, 2020).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat | past,present,future | local | medium |
De acordo com o MapBiomas, os municípios Feira de Santana (BA) e Sete Lagoas (MG) possuem, respectivamente, 12,18% (15890,08ha) e 12,73% (6832,58ha) de seus territórios convertidos em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | medium |
De acordo com o MapBiomas, os municípios Alto Paraíso de Goiás (GO) e Mucugê (BA) possuem, respectivamente, 5,23% (13568ha) e 9,8% (24129,96ha) de seus territórios convertidos em áreas de culturas agrícolas (exceto soja e cana-de-açúcar), segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). De acordo com o MapBiomas, o município Alto Paraíso de Goiás (GO) possui 5,23% (13568ha) do seu território convertido em áreas de culturas de soja, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022b). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.2.3 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | local | medium |
De acordo com o MapBiomas, o município Grão Mogol (MG) possui 10,82% (42026,22ha) do seu território convertido em áreas de silvicultura, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | high |
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Abaíra (BA), Barra da Estiva (BA), Barro Preto (BA), Feira de Santana (BA), Lençóis (BA), Miguel Calmon (BA), Morro do Chapéu (BA), Mucugê (BA), Palmeiras (BA), Piatã (BA), Rio de Contas (BA), Rio do Pires (BA), Umburanas (BA), Conceição do Mato Dentro (MG), Datas (MG), Gouveia (MG), Grão Mogol (MG), Jaboticatubas (MG), Joaquim Felício (MG), Santana de Pirapama (MG), Santana do Riacho (MG), Serro (MG), Sete Lagoas (MG), Alto Paraíso de Goiás (GO) e Cavalcante (GO) possuem, respectivamente, 18,8% (10126,52ha), 35,78% (59296,23ha), 9,6% (1935,45ha), 78,72% (102685,51ha), 6,6% (8476,26ha), 40,67% (65060,05ha), 24,75% (142160,1ha), 22,95% (56503,24ha), 18,8% (13864,99ha), 12,31% (22481,27ha), 26,11% (29124,3ha), 26,84% (17614,2ha), 23,52% (41760,15ha), 17,52% (30142,07ha), 9,81% (3042,59ha), 19,09% (16547,42ha), 6,37% (24742,91ha), 22,28% (24836,89ha), 29,63% (23437,88ha), 28,28% (35510,19ha), 6,95% (4705,2ha), 15,44% (18798,86ha), 39,9% (21424,5ha), 7,02% (18196,53ha) e 6,88% (47850,75ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). De acordo com o MapBiomas, os municípios Abaíra (BA), Alto Paraíso de Goiás (GO), Barra da Estiva (BA), Barro Preto (BA), Cavalcante (GO), Conceição do Mato Dentro (MG), Datas (MG), Feira de Santana (BA), Gouveia (MG), Grão Mogol (MG), Jaboticatubas (MG), Joaquim Felício (MG), Miguel Calmon (BA), Morro do Chapéu (BA), Mucugê (BA), Palmeiras (BA), Piatã (BA), Rio de Contas (BA), Rio do Pires (BA), Santana de Pirapama (MG), Santana do Riacho (MG), Serro (MG), Sete Lagoas (MG) e Umburanas (BA) possuem, respectivamente, 17% (9157,55ha), 6,65% (17253,19ha), 32,55% (53942,99ha), 9,46% (1907,24ha), 6,22% (43241,36ha), 16,98% (29209,79ha), 9,43% (2922,9ha), 63,27% (82528,97ha), 18,48% (16012,84ha), 6,3% (24465ha), 22,59% (25183,84ha), 31,27% (24734,67ha), 22,33% (35714,4ha), 12,3% (70680,47ha), 8,49% (20915,53ha), 16,32% (12035,07ha), 10,2% (18625,34ha), 23,64% (26368,88ha), 24,96% (16380,5ha), 28,28% (35510,25ha), 6,85% (4639,51ha), 15,29% (18625,35ha), 38,39% (20614,71ha) e 9,87% (17519,15ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 7.1.3 Trend Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy | past,present,future | regional | high |
Um total de 35,32% (69,22km²) da AOO útil da espécie queimaram em 2020 [Formação Campestre (16,88%), Formação Savânica (13,38%), Pastagem (1,56%), Mosaico Agricultura e Pastagem (1,42%), Formação Florestal (0,98%), Outra Área não Vegetada (0,64%), Formação Natural não Florestal (0,45%), Agricultura (0,01%)] (MapBiomas-Fogo, 2022). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional (Pougy et al., 2015). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Chapada Diamantina-Serra da Jiboia - 39/40 (BA), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Águas Vertentes, Área de Proteção Ambiental Lagoa Encantada, Área de Proteção Ambiental Marimbus/Iraquara, Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira, Área de Proteção Ambiental Pouso Alto, Área de Proteção Ambiental Serra do Barbado, Área de Relevante Interesse Ecológico Nascente do Rio de Contas, Monumento Natural Cachoeira do Ferro Doido, Monumento Natural Estadual Várzea do Lageado e Serra do Raio, Parque Estadual Biribiri, Parque Estadual das Sete Passagens, Parque Estadual Serra do Intendente, Parque Nacional da Chapada Diamantina, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Parque Nacional da Serra do Cipó, Parque Natural Municipal do Tabuleiro e Reserva Particular do Patrimônio Natural Alto do Palácio. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. | ||
Referências: |