Arecaceae

Syagrus glaucescens Glaz. ex Becc.

LC

EOO:

15.750,74 Km2

AOO:

236,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Soares, 2020), com distribuição: no estado de Minas Gerais — nos municípios Belo Horizonte, Conceição do Mato Dentro, Congonhas, Couto de Magalhães de Minas, Datas, Diamantina, Felício dos Santos, Itambé do Mato Dentro, Jaboticatubas, Joaquim Felício, Ouro Preto, Presidente Kubitschek, Riacho dos Machados, Rio Vermelho, Santana de Pirapama, Santana do Riacho, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino Gonçalves e Serro.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2021
Avaliador: Monira Bicalho
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

Syagrus glaucescens é uma palmeira com até 6 m de altura, endêmica do Brasil (Soares, 2020). Popularmente conhecida como palmeirinha-azul e coco-de-pedra, foi coletada em Campo de Altitude, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar e/ou de Galeria, Vegetação sobre afloramentos rochosos associadas ao Cerrado nos estados de Minas Gerais. Anteriormente, foi avaliada como Em Perigo (EN) por apresentar EOO de 6460 km². Atualmente, apesar do valor de área de ocupação da espécie atingir o limiar para conferir uma categoria de risco de extinção, a espécie apresenta distribuição ampla, EOO=32398 km², mais de 10 situações de ameaças, visto que considerável parte de suas ocorrências estão sob áreas protegidas, constante presença em herbários, inclusive com coletas recentes, e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de Proteção Integral e, não está severamente fragmentada. Em estudo sobre a conservação de S. glaucescens, foram amostrados 491 indivíduos em uma área de 1 ha de diferentes fitofisionomias ao longo da porção Meridional da Serra do Espinhaço, estado de Minas Gerais (Gomes, 2020). Assim, foi considerada como de Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.

Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 VU

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Agric. Colon. 10: 470, 1916. É afim de Syagrus duartei, mas difere por pelo tamanho menor das flores pistiladas, tamanho dos frutos, 2-3 x 1,6-2,5 cm, tamanho e formato do endocarpo, ovoide ou até fusiforme. Popularmente conhecida como palmeirinha-azul e coco-de-pedra em Minas Gerais (Soares, 2020). A espécie foi avaliada como Vulnerável (VU, A1c) na Lista Vermelha da IUCN (Noblick, 1998).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Em estudo para testar ferramentas acessíveis de geoprocessamento na identificação e caracterização das áreas de ocorrência da palmeira Syagrus glaucescens, Miola et al. (2011), verificaram que quando testado, o modelo apresentou alta eficácia preditiva. Dos 97 pontos, se obteve 87,63% de ocorrência encontrados em áreas de altíssima probabilidade, enquanto 100% dos 24 pontos de não ocorrência corresponderam a áreas de probabilidade nula. Foram amostrados 491 indivíduos em uma área de 1 ha de diferentes fitofisionomias ao longo da porção Meridional da Serra do Espinhaço, estado de Minas Gerais (Gomes, 2020).
Referências:
  1. Gomes, R. do R., 2020. Conservação “in situ” e “ex situ” de Syagrus glaucescens: uma espécie endêmica e ameaçada. Dissertação (Mestrado) Programa de Pós Graduação em Ciencia Florestal - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina.
  2. Miola, D.T.B., Freitas, C.R., Barbosa, M., Fernandes, G.W., 2011. Modeling the spatial distribution of the endemic and threatened palm shrub Syagrus glaucescens (Arecaceae). Neotrop. Biol. Conserv. 6. https://doi.org/10.4013/nbc.2011.62.02

Ecologia:

Substrato: terrestrial, rupicolous
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Cerrado
Vegetação: Campo de Altitude, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar e/ou de Galeria, Vegetação sobre afloramentos rochosos
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 2.1 Dry Savanna, 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude Shrubland, 4.7 Subtropical/Tropical High Altitude Grassland, 6 Rocky Areas [e.g. inland cliffs, mountain peaks]
Detalhes: Palmeira com até 6 m de altura. Ocorre no Cerrado, em Campo de Altitude, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (Soares, 2020).
Referências:
  1. Soares, K.P., 2020. Syagrus. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB26582 (acesso em 25 de setembro de 2021)

Reprodução:

Síndrome de dispersão: zoochory

Ações de conservação (4):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional (Pougy et al., 2015).
Referências:
  1. Pougy, N., Verdi, M., Martins, E., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), 2015. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional. CNCFlora: Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Laboratório de Biogeografia da Conservação: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 100 p.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie foi avaliada como Vulnerável (VU) e está incluída no ANEXO I da Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014).
Referências:
  1. MMA - Ministério do Meio Ambiente, 2014. Portaria nº 443, de 17 de dezembro de 2014. Diário Oficial da União, 18/12/2014, Seção 1, p. 110-121. URL http://www.dados.gov.br/dataset/portaria_443 (acesso em 21 de outubro de 2021).
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Águas Vertentes, Área de Proteção Ambiental do Itacuru, Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira, Monumento Natural Estadual Várzea do Lageado e Serra do Raio, Monumento Natural Municipal Serra da Ferrugem, Parque Estadual Biribiri, Parque Estadual Rio Preto, Parque Estadual Serra do Intendente e Parque Nacional da Serra do Cipó.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.