Fabaceae

Swartzia revoluta R. B. Pinto, Torke & Mansano

EN

EOO:

614,647 Km2

AOO:

28,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018) com ocorrência no estado da BAHIA, municípios de Entre Rios (Matos 329), e Mata de São João (Miranda 5415).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Eduardo Amorim
Critério: B1ab(i,iii)+2ab(ii,iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Árvore de até 4 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Foi coletada em Floresta Ombrófila Densa e Restinga arbustiva associadas a Mata Atlântica no litoral norte do estado da Bahia. Apresenta distribuição restrita, EOO=508 km², AOO=28 km² e habitats severamente fragmentados. Foi registrada somente dentro de uma Unidade de Conservação de uso sustentável de gestão privada. Sabe-se que o estado da Bahia resguarda somente 14% da vegetação atlântica original (SOS Mata Atlântica e Inpe, 2018), severamente fragmentada atualmente a partir da incidencia de eventos de stress ocasionados pelo desmatamento acelerado para abertura de pastagens e estabelecimento de práticas agrosilvopastoris (Lapig, 2018). Apesar de constituir densas subpopulações em ambientes xéricos, grande parte do litoral norte de Salvador onde a espécie ocorre encontra-se atualmente impactado pela expansão urbana e do turismo, além do estabelecimento cada vez mais massivo de complexos turísticos de larga escala (Lapig, 2018; Pinto et al., 2012). Assim, S. revoluta foi considerada Em Perigo (EN). Infere-se declínio contínuo em EOO, AOO, qualidade e extensão de habitat. Recomenda-se ações de pesquisa (distribuição, números e tendências populacionais) e conservação (Plano de Ação) a fim de se garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Último avistamento: 2016
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Sim

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em: Brittonia 64(2): 128. 2012

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Em seu hábitat xerofítico S. revoluta é uma das espécies dominantes, em alguns locais formando densas populações (Pinto et al., 2012).
Referências:
  1. Pinto, R.B., Torke, B.M., Mansano, V.F., 2012. Updates to the taxonomy of Swartzia (Leguminosae) in extra-Amazonian Brazil, with descriptions of five new species and a regional key to the genus. Brittonia 64(2): 119-138

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Restinga
Detalhes: Árvore com até 4 m, que habita a Mata Atlântica em Restinga Arbustiva, sobre dunas arenosas (Pinto et al., 2012).
Referências:
  1. Pinto, R.B., Torke, B.M., Mansano, V.F., 2012. Updates to the taxonomy of Swartzia (Leguminosae) in extra-Amazonian Brazil, with descriptions of five new species and a regional key to the genus. Brittonia 64(2): 119-138

Reprodução:

Detalhes: Foi coletada com flores nos meses de janeiro (Miranda 5415), fevereiro (Queiroz 1454), março (Guedes 8093); e com frutos nos meses de junho (Guedes 7029), julho (Pinto 199), outubro (Loureiro 696) e janeiro (Miranda 5417),
Fenologia: flowering (Jan~Mar), fruiting (Jun~Jan)

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting locality,habitat past,present,future regional high
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
A principal ameaça à espécie é a rápida destruição de seu hábitat (Pinto et al., 2012). O município de Mata de São João com 62733 ha tem 20% de seu território (13956 ha) utilizados como pastagem, mais 7% de florestas plantadas (4521 ha) (Lapig, 2018). O município de Entre Rios com 121168 ha tem 15% de seu território (18233 ha) utilizados como pastagem, mais 19% de florestas plantadas (22578 ha) (Lapig, 2018). Existe ainda um grande complexo turístico/hoteleiro (Porto de Sauípe) na área de ocorrência da espécie (Lapig, 2018)
Referências:
  1. Pinto, R.B., Torke, B.M., Mansano, V.F., 2012. Updates to the taxonomy of Swartzia (Leguminosae) in extra-Amazonian Brazil, with descriptions of five new species and a regional key to the genus. Brittonia 64(2): 119-138
  2. Lapig, 2018. http://maps.lapig.iesa.ufg.br/lapig.html (acesso em 19 de setembro de 2018).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
Coletada na RPPN - Dunas de Santo Antônio (Menezes 385).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown