Espécie endêmica do Brasil (Cardoso e Salimena, 2022), com distribuição: no estado da Bahia — no município Licínio de Almeida —, e no estado de Minas Gerais — nos municípios Monte Azul, Montezuma e Rio Pardo de Minas.
A espécie é descrita como arbusto, hermafrodita, sem usos ou potencial econômico. É endêmica do Brasil, onde ocorre nos estados da Bahia e de Minas Gerais, num total de 4 municípios, somando 853km² de EOO e 28km² de AOO. Ocorre na Caatinga, em Campo Rupestre. Devido a ausência de estudos sobre tendências populacionais e análises quantitativas, a espécie pode ser avaliada apenas pelo critério B (distribuição geográfica). A espécie foi descrita em 2005 e, desde então, vem sendo registrada em municípios diferentes com certa regularidade, sendo o último registro de 2021. Infere-se que 4 localidades estejam sujeitas à situações de ameaça. A conversão de habitat em pastagem incide severamente sobre todos os municípios em que a espécie ocorre, tendo atingido 7,28% da AOO da espécie e implicando num declínio contínuo de qualidade de habitat e área de ocupação. Embora os limiares de AOO e EOO ainda se enquadrem em categoria de ameaça e que vetores de ameaça incidam sobre um número reduzido de localidades, onde é possível inferir declínio contínuo de qualidade de habitat, nota-se que a espécie vem sendo registrada para municípios diferentes, o que amplia seus limiares de AOO e EOO. Além disso, há estudo revisional em andamento, o que indica grande possibilidade de registrar mais ocorrências. Dessa forma, a espécie é atualmente avaliada como Dados insuficientes (DD).
Descrita em: Kew Bull. 60: 254, 2005. É afim de S. glabra, mas difere por possuir folhas amplo ovadas (vs. elípticas a amplo-elípticas), inflorescências até 4 cm compr. (vs. até 7 cm compr.) e brácteas inteiramente glabras (vs. brácteas com margem ciliadas) (Atkins, 2005).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy | past,present,future | national | medium |
Em 2020, a espécie apresentava 7,28% (203,76 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,06% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2002 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,17% aa. Em 2020, a espécie apresentava 5,16% (4.404,79 ha) da sua EOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que cresce a uma taxa de 0,02% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2006 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,39% aa (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.2.3 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | medium |
De acordo com o MapBiomas, os municípios Montezuma (MG) e Rio Pardo de Minas (MG) possuem, respectivamente, 9,07% (10248,72ha) e 10,08% (31416,42ha) de seus territórios convertidos em áreas de silvicultura, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022). De acordo com o IBGE, os municípios Montezuma (MG) e Rio Pardo de Minas (MG) possuem, respectivamente, 7,45% (8420ha) e 11,77% (36700ha) de seus territórios convertidos em áreas de silvicultura, segundo dados de 2020 (IBGE, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy | past,present,future | national | medium |
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Licínio de Almeida (BA), Monte Azul (MG), Montezuma (MG) e Rio Pardo de Minas (MG) possuem, respectivamente, 26,92% (23061,1ha), 55,48% (55547,56ha), 7,8% (8819,59ha) e 5,34% (16632,92ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). De acordo com o MapBiomas, os municípios Licínio de Almeida (BA), Monte Azul (MG), Montezuma (MG) e Rio Pardo de Minas (MG) possuem, respectivamente, 22,9% (19613,05ha), 54,57% (54639,38ha), 7,99% (9026,73ha) e 5,42% (16910,72ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 6,39% (178,82 ha) da sua AOO convertidos em áreas de pastagem, atividade que cresce a uma taxa de 0,40% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 1996 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,66% aa. Ademais, em 2020, a espécie apresentava 7,28% (203,76 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,06% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2002 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,17% aa (MapBiomas, 2022b). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em território que será contemplado por Plano de Ação Nacional Territorial (PAT), no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na seguinte Unidade de Conservação: Parque Estadual Serra Nova e Talhado. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |