Verbenaceae

Stachytarpheta bicolor Hook.f.

NT

EOO:

80.187,976 Km2

AOO:

96,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Cardoso e Salimena, 2022), com distribuição: no estado de Alagoas — no município Coité do Nóia —, e no estado da Bahia — nos municípios Anguera, Cabaceiras do Paraguaçu, Cachoeira, Conceição do Coité, Feira de Santana, Iaçu, Itaberaba, Milagres, Monte Santo, Pindobaçu, Quijingue, São Félix, Saúde, Serra Preta e Tucano.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2023
Avaliador: Fernanda Ribeiro de Mello Fraga
Revisor:
Critério: B2b(ii,iii)
Categoria: NT
Justificativa:

A espécie é descrita como erva, hermafrodita, sem usos ou potencial econômico. É endêmica do Brasil, onde ocorre nos estados de Alagoas e Bahia, num total de 16 municípios. Ocorre na Mata Atlântica e na Caatinga, em Caatinga (stricto sensu) e Floresta Ciliar ou Galeria. Devido a ausência de estudos sobre tendências populacionais e análises quantitativas, a espécie pode ser avaliada apenas pelo critério B (distribuição geográfica). Apresenta 29 registros de ocorrência, distribuídos numa extensão de ocorrência (EOO) igual a 66035 km², ocupando uma área (AOO) de 96 km². A conversão de habitat em áreas de pastagem é a principal ameaça para a espécie, responsável pela redução de 37,78% da AOO. Infere-se 12 a 14 localizações estão condicionadas à ameaça. Dessa forma, ainda que a espécie possua área de ocupação restrita, os vetores de pressão diluem-se em mais de 10 localidades, e por isso a espécie não satisfaz o subcritério a, mesmo que se infira declínio contínuo de habitat e área de ocupação. Porém, tendo em vista que a espécie possui apenas 29 ocorrências confirmadas mesmo após a realização de estudos revisionais, que a mesma não ocorre em nenhuma Unidade de Conservação integral, e que a conversão de AOO incide em todos os municípios em que ela ocorre, numa tendência crescente, a espécie é aqui avaliada como Quase Ameaçada - NT.

Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2014 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Bot. Mag. 91: 1865. É afim de S. quadrangula, mas difere por possuir brácteas e tubos da corola maiores, e por não possuir linhas escuras conspícuas na margem dos ramos (Atkins, 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Não
Detalhes: A espécie não possui potencial valor econômico.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: bush
Fenologia: perenifolia
Longevidade: perennial
Biomas: Caatinga
Vegetação: Campo Rupestre, Floresta Ciliar e/ou de Galeria, Caatinga (stricto sensu)
Habitats: 2.1 Dry Savanna, 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude Shrubland, 4.7 Subtropical/Tropical High Altitude Grassland
Clone: unkown
Rebrotar: unkown
Detalhes: Arbusto com até 2 m de altura. Ocorre na Mata Atlântica e na Caatinga, em Caatinga (stricto sensu) e Floresta Ciliar ou Galeria (Cardoso e Salimena, 2022).
Referências:
  1. Cardoso, P.H., Salimena, F.R.G., 2022. Stachytarpheta. Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB21463 (acesso em 03 de outubro de 2022)

Reprodução:

Detalhes: A espécie é hermafrodita, e iterópara. Com base nos registros, foi coletada com flores: de janeiro a junho; com frutos: em fevereiro.
Fenologia: flowering (Jan~Jun), fruiting (Fev~Fev)
Estratégia: iteropara
Sistema sexual: hermafrodita
Sistema: unkown

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat,occupancy past,present,future national high
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Coité do Nóia (AL), Andaraí (BA), Anguera (BA), Bom Jesus da Lapa (BA), Cabaceiras do Paraguaçu (BA), Cachoeira (BA), Conceição do Coité (BA), Feira de Santana (BA), Iaçu (BA), Itaberaba (BA), Milagres (BA), Monte Santo (BA), Pindobaçu (BA), Quijingue (BA), São Félix (BA), Saúde (BA), Serra Preta (BA), Almenara (MG) e Matias Cardoso (MG) possuem, respectivamente, 55,98% (4968,84ha), 38,56% (61319,09ha), 88,63% (16647,65ha), 37,85% (155775,98ha), 80,2% (17807,06ha), 28,24% (11150,66ha), 79,25% (80461,85ha), 78,72% (102685,51ha), 75,65% (177203,69ha), 76,27% (182013,92ha), 70,77% (29748,54ha), 67,11% (203622,29ha), 27,21% (13491,71ha), 71,54% (98776,12ha), 68,05% (7025,01ha), 39,54% (20127,58ha), 86,87% (51713,15ha), 35,85% (82249,63ha) e 33,15% (64340,25ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). De acordo com o MapBiomas, os municípios Almenara (MG), Andaraí (BA), Anguera (BA), Bom Jesus da Lapa (BA), Cabaceiras do Paraguaçu (BA), Cachoeira (BA), Coité do Nóia (AL), Conceição do Coité (BA), Feira de Santana (BA), Iaçu (BA), Itaberaba (BA), Matias Cardoso (MG), Milagres (BA), Monte Santo (BA), Pindobaçu (BA), Quijingue (BA), São Félix (BA), Saúde (BA) e Serra Preta (BA) possuem, respectivamente, 33,72% (77356,8ha), 33,22% (52834,47ha), 88,52% (16627,18ha), 34,28% (141066,88ha), 77,22% (17144,87ha), 26,41% (10430ha), 45,91% (4075,05ha), 56,02% (56873,37ha), 63,27% (82528,97ha), 51,49% (120616,42ha), 52,57% (125449,21ha), 20,61% (39986,98ha), 48,25% (20282,82ha), 57,75% (175225,35ha), 19,39% (9612,77ha), 61,32% (84676,56ha), 66,36% (6849,75ha), 23,61% (12018,39ha) e 80,78% (48089,72ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 37,78% (4.533,88 ha) da sua AOO convertidos em áreas de pastagem, atividade que cresce a uma taxa de 0,32% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2001 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 1,68% aa (MapBiomas, 2022b).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2022. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2020. Municípios: Coité do Nóia (AL), Andaraí (BA), Anguera (BA), Bom Jesus da Lapa (BA), Cabaceiras do Paraguaçu (BA), Cachoeira (BA), Conceição do Coité (BA), Feira de Santana (BA), Iaçu (BA), Itaberaba (BA), Milagres (BA), Monte Santo (BA), Pindobaçu (BA), Quijingue (BA), São Félix (BA), Saúde (BA), Serra Preta (BA), Almenara (MG) e Matias Cardoso (MG). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 21 de outubro de 2022).
  2. MapBiomas, 2022a. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2020. Municípios: Almenara (MG), Andaraí (BA), Anguera (BA), Bom Jesus da Lapa (BA), Cabaceiras do Paraguaçu (BA), Cachoeira (BA), Coité do Nóia (AL), Conceição do Coité (BA), Feira de Santana (BA), Iaçu (BA), Itaberaba (BA), Matias Cardoso (MG), Milagres (BA), Monte Santo (BA), Pindobaçu (BA), Quijingue (BA), São Félix (BA), Saúde (BA) e Serra Preta (BA). URL https://drive.google.com/file/d/1RT7J2jS6LKyISM49ctfRO31ynJZXX_TY/view?usp=sharing (acesso em 21 de outubro de 2022).
  3. MapBiomas, 2022b. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 21 de outubro de 2022).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em território que será contemplado por Plano de Ação Nacional Territorial (PAT), no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Chapada Diamantina-Serra da Jiboia - 39/40 (BA).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Lajedão e Área de Relevante Interesse Ecológico Serra do Orobó.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.