Rubiaceae

Rudgea erythrocarpa Müll.Arg.

EN

EOO:

624,022 Km2

AOO:

32,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora e Funga do Brasil, 2022), com distribuição: no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Guapimirim, Magé e Nova Iguaçu.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2022
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Monira Bicalho
Critério: B1ab(i,ii,iii,iv)+2ab(i,ii,iii,iv)
Categoria: EN
Justificativa:

A espécie é endêmica do estado do Rio de Janeiro, ocorrendo nos municípios de Itatiaia, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paty do Alferes, Petrópolis e Santa Maria Madalena. Coletada em florestas ombrófilas, na Mata Atlântica, apresenta EOO igual a 545km², AOO igual a 32 km² e cinco localizações condicionadas à ameaça. Considerando as atividades pecuaristas e expansão urbana, como os principais vetores de pressão que atestam contra a perpetuação da espécie na natureza. Na Mata Atlântica, ocorrem atividades turísticas não controladas, o que pode comprometer a biodiversidade local. Mesmo com a taxas de conversão do uso do solo diminuindo nos últimos 20 anos, a perda de vegetação na Floresta Atlântica apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente. Diante esse cenário, infere-se declínio de extensão de ocorrência, área de ocupação, qualidade de habitat e número de subpopulações. Assim, a espécie foi avaliada como Em Perigo (EN) de extinção. Recomendamos buscas por novos registros ao longo da Serra do Mar e outras áreas com características fitofisionômicas semelhantes e ainda, ações de conservação ex situ.

Quantidade de locations: 5
Possivelmente extinta? Não
Razão para reavaliação? Other
Justificativa para reavaliação:

Transcorridos cinco anos após a última avaliação da espécie.

Houve mudança de categoria: Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2017 EN
2012 EN

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Flora 59: 461, 1876. Rudgea erythrocarpa tem flores muito incomuns, diminutas em panículas frouxas, muito diferente de qualquer outra espécie deste gênero (Zappi, 2003).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Rudgea erythrocarpa é conhecida apenas por algumas coletas na Serra da Estrela, entre Magé e Petrópolis (Zappi, 2003).
Referências:
  1. Zappi, D., 2003. Revision of Rudgea (Rubiaceae) in Southeastern and Southern Brazil. Kew Bull. 58, 513. https://doi.org/10.2307/4111145

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: bush
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Arbustos com até 3 m de altura (Zappi, 2003). Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila (Flora e Funga do Brasil, 2022).
Referências:
  1. Flora e Funga do Brasil, 2022. Rudgea. Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB14252 (acesso em 23 de maio de 2022)
  2. Zappi, D., 2003. Revision of Rudgea (Rubiaceae) in Southeastern and Southern Brazil. Kew Bull. 58, 513. https://doi.org/10.2307/4111145

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present,future
De acordo com o MapBiomas, os municípios Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ) e Nova Iguaçu (RJ) possuem, respectivamente, 31,77% (14847,51ha), 5,57% (1996,61ha), 16,26% (6354,03ha) e 25,05% (13041,85ha) de seus territórios convertidos em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 15,16% (8.266,96 ha) da sua EOO convertidos em áreas de infraestrutura urbana, atividade que cresce a uma taxa de 0,36% aa desde 1985 até 2020. Não foi verificada qualquer reversão de tendência (MapBiomas, 2022b).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022a. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2020. Municípios: Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ) e Nova Iguaçu (RJ). URL https://drive.google.com/file/d/1RT7J2jS6LKyISM49ctfRO31ynJZXX_TY/view?usp=sharing (acesso em 05 de julho de 2022).
  2. MapBiomas, 2022b. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 05 de julho de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future
Em 2020, a espécie apresentava 8,71% (278,72 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,27% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2002 até 2020, a conversão tem diminuído a uma taxa de -0,37% aa. Em 2020, a espécie apresentava 10,37% (5.653,74 ha) da sua EOO convertidos em áreas de mosaico, atividade que diminui a uma taxa de -0,27% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2002 até 2020, a conversão tem diminuído a uma taxa de -0,37% aa (MapBiomas, 2022).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 05 de julho de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Cachoeiras de Macacu (RJ), Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ) e Nova Iguaçu (RJ) possuem, respectivamente, 24,16% (23062,87ha), 13,58% (6348,02ha), 24% (8603,63ha), 13,97% (5458,3ha) e 17,98% (9358,63ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). Em 2020, a espécie apresentava 7,80% (4.251,32 ha) da sua EOO convertidos em áreas de pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,28% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 1996 até 2020, a conversão tem diminuído a uma taxa de -0,16% aa. Em 2020, a espécie apresentava 8,71% (278,72 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,27% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2002 até 2020, a conversão tem diminuído a uma taxa de -0,37% aa. Em 2020, a espécie apresentava 10,37% (5.653,74 ha) da sua EOO convertidos em áreas de mosaico, atividade que diminui a uma taxa de -0,27% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2002 até 2020, a conversão tem diminuído a uma taxa de -0,37% aa (MapBiomas, 2022).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2022. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2020. Municípios: Cachoeiras de Macacu (RJ), Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ) e Nova Iguaçu (RJ). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 05 de julho de 2022).
  2. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 05 de julho de 2022).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Refúgio de Vida Silvestre da Serra da Estrela e Reserva Biológica do Tinguá.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie foi avaliada como Em Perigo (EN) e está incluída no ANEXO I da Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014).
Referências:
  1. MMA - Ministério do Meio Ambiente, 2014. Portaria nº 443, de 17 de dezembro de 2014. Diário Oficial da União, 18/12/2014, Seção 1, p. 110-121. URL http://www.dados.gov.br/dataset/portaria_443 (acesso em 05 de julho de 2022).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.