Myrtaceae

Psidium longipetiolatum D.Legrand

LC

EOO:

173.533,872 Km2

AOO:

180,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Proença et al., 2020), com distribuição: no estado do Paraná — nos municípios Adrianópolis, Campina Grande do Sul, Colombo, Curitiba, Guaraqueçaba, Guaratuba, Marumbi, Morretes, Paula Freitas, Piên, Piraquara, Quatro Barras, São José dos Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul —, no estado do Rio Grande do Sul — nos municípios Maquiné e Torres —, e no estado de Santa Catarina — nos municípios Angelina, Anitápolis, Campo Alegre, Florianópolis, Imaruí, Luiz Alves, Palmeira, São Bento do Sul, Vidal Ramos e Xanxerê.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2021
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Monira Bicalho
Categoria: LC
Justificativa:

Psidium longipetiolatum é uma espécie de grande porte, que ocorre em diferentes fitofisionomias na Mata Atlântica. Popularmente conhecida como araçá-vermelho, suas mudas e sementes são comumente comercializados. Apresenta EOO= 156593km² e a maior parte da sua distribuição não está sob influência de ameaças diretas. Assim, P. longipetiolatum foi considerada como Menor Preocupação (LC). Demandando assim, ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Sellowia 13: 341, 1961. É afim de Psidium cattleianum na lâmina de folha obovada e frutos arredondados, mas difere principalmente pelo pecíolo e pedicelos mais longos e pelos lóbulos do cálice fundidos. No campo, a casca desta espécie é notavelmente lisa e de cor avermelhada (Tuler et al., 2017). Popularmente conhecida como araçá-vermelho (Silva e Rodrigues, 2015).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: O araçá-vermelho, fruta de coloração intensa, sabor acidulado e aroma marcante, é bastante apreciado no Rio Grande do Sul, sendo normalmente consumido in natura (Silva e Rodrigues, 2015). Mudas e sementes de Psidium longipetiolatum estão disponíveis para venda em diversos sites, a partir de R$ 3,00, de acordo com pesquisa realizada em 2021 (Viveiro Guararema, 2020, Atacadão Florestal, 2021, Click Mudas, 2021a, Click Mudas, 2021b)

População:

Flutuação extrema: Desconhecido

Tempo de geração:

Detalhes: range 180 /360
Justificativa:

Segundo as informações fornecidas pelo especialista, o tempo de geração estimado para esta espécie é de 15 – 30 anos (A.C. Tuler com. pess. 2021).

Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 2.1 Dry Savanna
Detalhes: Árvore com até 30 m de altura (Tuler et al., 2017). Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (Proença et al., 2020).
Referências:
  1. Proença, C.E.B., Costa, I.R., Tuler, A.C., 2020. Psidium. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10872 (acesso em 25 de setembro de 2021)
  2. Tuler, A.C., Carrijo, T.T., Ferreria, M.F.S., Peixoto, A.L., 2017. Flora of Espírito Santo: Psidium (Myrtaceae). Rodriguésia 68, 1791–1805. https://doi.org/10.1590/2175-7860201768515

Reprodução:

Fenologia: fruiting (Fev~Mar)
Dispersor: Psidium longipetiolatum tem os frutos dispersados por macacos (Franzon et al., 2009).
Síndrome de dispersão: zoochory
Referências:
  1. Franzon, R.C., Campos, L.Z. de O., Proença, C.E.B., Sousa-Silva, J.C., 2009. Araçás do Gênero Psidium: principais espécies, ocorrência, descrição e usos, 1a edição. ed. Embrapa, Planaltina - DF.

Ações de conservação (4):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional Lagoas do Sul para a conservação da flora melhorar o estado de conservação das espécies ameaçadas e dos ecossistemas das lagoas da planície costeira do sul do Brasil (ICMBio, 2018).
Referências:
  1. ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2018. Portaria nº 751, de 27 de agosto de 2018. Diário Oficial da União, 29/08/2018, Edição 167, Seção 1, p. 54. URL https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-pan/pan-lagoas-do-sul/1-ciclo/pan-lagoas-do-sul-portaria-aprovacao.pdf (acesso em 21 de outubro de 2021).
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Paraná-São Paulo - 19 (PR), Território Chapecó - 22 (SC), Território PAT Planalto Sul - 24 (RS).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, Área de Proteção Ambiental Estadual de Guaratuba, Área de Proteção Ambiental Estadual do Piraquara, Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri, Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Parque Estadual de Itapeva e Reserva Biológica da Serra Geral.
Ação Situação
5.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi avaliada como Em Perigo (EN)[A4acd] na lista oficial das espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado do Rio Grande do Sul (Rio Grande do Sul, 2014).
Referências:
  1. Rio Grande do Sul, 2014. Lista de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no Estado do Rio Grande do Sul. Decreto nº 52.109, 01/12/2014, Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul, 02/12/2014, nº 233, pp. 2-12. URL http://www.al.rs.gov.br/filerepository/repLegis/arquivos/DEC%2052.109.pdf (acesso em 21 de outubro de 2021).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
1. Food - human natural fruit
O araçá-vermelho, fruta de coloração intensa, sabor acidulado e aroma marcante, é bastante apreciado no Rio Grande do Sul, sendo normalmente consumido in natura (Silva e Rodrigues, 2015).
Referências:
  1. Silva, T.P., Rodrigues, E., 2015. COMPOSIÇÃO DE CAROTENOIDES E COMPOSTOS FENÓLICOS DO ARAÇÁ-VERMELHO (Psidium longipetiolatum) POR HPLC-DAD-MS, in: Salão UFRGS - Conhecimento Formação Inovação. Instituto de Ciências e Tecnologia de Alimentos (ICTA) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre - RS, p. 1.