Fabaceae

Muellera laticifera (M.J. Silva et al.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo

Como citar:

Eduardo Fernandez; Marta Moraes. 2020. Muellera laticifera (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

149.452,151 Km2

AOO:

36,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil restrita à região nordeste e parte do sudeste (norte de Minas Gerais); foi documentada na BAHIA, municípios de Castro Alves (C.A.L. Carvalho 101), Muritiba (G.P. Pinto s.n.), Tanquinho (M.M. Arbo 5502), Tucano (D. Cardoso 3835); PERNAMBUCO, municípios de Alagoinha (I.C.S. Machado s.n.), Caruaru (C.P. Ana Cláudia s.n.), Limoeiro (S.A. Costa s.n.); PARAÍBA, município de São José dos Cordeiros (Lacerda e Barbosa 346); MINAS GERAIS, município de Alto do Rio Doce (Mendes Magalhães 5019), em altitudes de até 250 metros (Silva, 2010).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Marta Moraes
Critério: B2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Arvoreta ou arbusto de até 10 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Conhecida popularmente como taipoea, rabo-de-cavalo e piaca, foi documentada exclusivamente em Caatinga sensu stricto nos estados da Bahia, Minas Gerais, Paraíba e Pernambuco. Apresenta distribuição ampla, porém exclusiva às formações de Caatinga típica, AOO=36 km², três situações de ameaça, considerando-se as extremidades de sua EOO conhecida e os vetores de pressão incidentes sobre essas localidades, e presença em fitofisionomia severamente fragmentada. Além disso, a espécie não foi documentada em nenhuma Unidade de Conservação de proteção integral. A Caatinga atualmente perdeu cerca de metade de sua cobertura vegetal devido à ocupação humana (Antongiovanni et al., 2018; Marinho et al., 2016). Os ambientes remanescentes encontram-se sob intensa pressão pela extração de madeira, pecuária e fogo (Marinho et al., 2016). Apenas 8,75% da área original da Caatinga é protegida por Unidades de Conservação, o que a coloca como um dos biomas menos protegido dentre todos os biomas brasileiros (MMA 2011; Brasil 2018 a,b). Os municípios em que a espécie ocorre converteram entre extensões consideráveis de seus territórios em pastagens (Lapig, 2018; Lapig, 2019). Em Minas Gerais, a espécie foi documentada um única vez, em 1949, podendo representar uma extinção local que levaria a declínio de sua EOO e AOO. Assim, infere-se declínio contínuo em extensão e qualidade de habitat e potencialmente, em EOO e AOO. Portanto,M. laticifera foi considerada Em Perigo (EN) de extinção neste momento. Recomendam-se ações de pesquisa (distribuição, censo e tendências populacionais, busca por novas áreas de ocorrência, principalmente ao sul de sua distribuição) e conservação (Plano de Ação e garantia de efetividade de áreas protegidas) urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza no futuro, pois as pressões verificadas ao longo de sua distribuição podem ampliar seu risco de extinção. É crescente a demanda para que se concretize o estabelecimento de um Plano de Ação Nacional (PAN) previsto para partes de sua região de ocorrência.

Último avistamento: 2015
Quantidade de locations: 3
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Sim

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente como Lonchocarpus laticiferus M.J. Silva, A.M.G. Azevedo & G.P. Lewis, foi re-descrita recentemente em: Taxon 61(1): 103. 2012. (21 Feb 2012). Entre as demais congenéricas, Muellera laticifera, apresenta estreitas semelhanças morfológicas com M. campestris, com a qual vinha sendo frequentemente confundida, por ambas compartilharem de flores esbranquiçadas, pseudorracemos delicados e frutos curtamente velutino-ferrugíneos. No entanto, Muellera campestris possui folíolos e peças florais (cálice e corola) sem cavidades secretoras (vs. cavidades secretoras), cálice com lacínios vexilares triangulares, sendo o central visivelmente diferenciado dos demais e com ápice acuminado (vs. lacínios vexilares arredondados a alargamente triangulares, iguais entre si, e com ápices arredondados a agudos) e sementes suborbiculares e com 9- x 7 mm (vs. oblongas ca. 12,8 x 0,8) (Silva, 2010). É conhecida popularmente como Taipoea, rabo-de-cavalo e piaca (Silva, 2010).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados quantitativos sobre a população da espécie.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Fenologia: deciduifolia
Longevidade: perennial
Luminosidade: heliophytic
Biomas: Caatinga
Vegetação: Caatinga (stricto sensu)
Fitofisionomia: Savana Florestada
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 2.1 Dry Savanna
Clone: unkown
Rebrotar: unkown
Detalhes: Arbusto a arvoreta 2-10 m alt., foi registrada em vegetação de Caatinga arbórea em encostas de morros ou próxima a cursos d’água sobre solos argilosos ou areno-argilosos (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019; Silva, 2010).
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção, 2019. Fabaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB134217>. Acesso em: 22 Nov. 2019
  2. Silva, M.J., 2010. Filogenia e biogeografia de Lonchocarpus s.l. e revisão taxônomica dos gêneros Mulellera Lf. e Dahlstedtia Malma (Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Campinas, SP. delete

Reprodução:

Detalhes: Floresce de novembro a fevereiro e frutifica em fevereiro a abril (Silva, 2010).
Fenologia: flowering (Nov~Fev), fruiting (Fev~Apr)
Estratégia: unknown
Sistema: unkown
Referências:
  1. Silva, M.J., 2010. Filogenia e biogeografia de Lonchocarpus s.l. e revisão taxônomica dos gêneros Mulellera Lf. e Dahlstedtia Malma (Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Campinas, SP. delete

Ameaças (6):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat,occurrence past,present,future regional high
A Caatinga sustenta mais de 23 milhões de pessoas (11,8% da população brasileira) e é uma das regiões semi-áridas mais populosas do mundo, com 26 habitantes km-1 (Medeiros et al., 2012, Ribeiro et al., 2015). Novos cenários, como a transposição do rio São Francisco, podem mudar o paradigma de que a região semi-árida não é apta para o desenvolvimento econômico e intensificar processos que levam a perda da diversidade florística (Costa et al., 2009).
Referências:
  1. Medeiros, S. de S., Cavalcante, A. de M.B., Marin, A.M.P., Tinôco, L.B. de M., Salcedo, I.H., Pinto, T.F., 2012. Sinopse do censo demográfico para o Semiárido Brasileiro. INSA, Campina Grande. 103 p.
  2. Ribeiro, E.M.S., Arroyo-Rodríguez, V., Santos, B.A., Tabarelli, M., Leal, I.R., 2015. Chronic anthropogenic disturbance drives the biological impoverishment of the Brazilian Caatinga vegetation. J. Appl. Ecol. 52, 611–620.
  3. Costa, T.C. e C., Accioly, L.J. de O., Oliveira, L.M.T., Oliveira, M.A.J. de, Guimarães, D.P., 2009. Interação de fatores biofísicos e antrópicos com a diversidade florística na indicação de áreas para conservação do Bioma Caatinga. Soc. Nat. 21, 19–37.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.3 Agro-industry farming habitat,occurrence past,present regional high
Tradicionalmente, a região Nordeste destacava-se pela produção de cana-de-açúcar cultivada sobre a Caatinga (Kohlhepp, 2010). Apesar disso, a região não apresentava bons níveis de produtividade devido as suas condições ambientais (Kohlhepp, 2010, Waldheim et al., 2006). A partir de diversos incentivos governamentais, do crescente interesse na produção de biocombustíveis (Gauder et al., 2011, Kohlhepp, 2010, Koizumi, 2014, Loarie et al., 2011) e da aplicação de novas técnicas de produção, dentre elas a irrigação e melhoramento de cultivares, o cultivo de cana-de açúcar passou a expandir sua área de cultivo (Costa et al., 2011, Ferreira-Junior et al., 2014, Loarie et al., 2011, Silva et al., 2012). Similarmente, a região destaca-se na produção de algodão (Borém et al., 2003, Vidal-Neto e Freire, 2013), frutas (Vidal e Ximenes, 2016) e, nas últimas décadas, o cultivo de soja tem expandido (Sanches et al., 2005).
Referências:
  1. Antongiovanni, M., Venticinque, E.M., Fonseca, C.R., 2018. Fragmentation patterns of the Caatinga drylands. Landsc. Ecol. 33, 1353–1367.
  2. Koizumi, T., 2014. Biofuels and Food Security in Brazil, in: Koizumi, T. (Org.), Biofuels and Food Security. Springer, Heidelberg New York Dordrecht London, p.13-29.
  3. Ferreira-Junior, R.A., Souza, J.L. de, Escobedo, J.F., Teodoro, I., Lyra, G.B., Araújo-Neto, R.A. de, 2014. Cana-de-açúcar com irrigação por gotejamento em dois espaçamentos entrelinhas de plantio. Rev. Bras. Eng. Agrícola e Ambient. 18, 798–804.
  4. Vidal-Neto, F. das C., Freire, E.C., 2013. Melhoramento genético do algodoeiro, in: Vidal-Neto, F. das C., Cavalcanti, J.J.V. (Orgs.), Melhoramento genético de plantas no Nordeste. Embrapa, Brasília, p. 49–83.
  5. Silva, T.G.F., Moura, M.S.B., Zolnier, S., Carmo, J.F.A., Souza, L.S.B., 2012. Biometria da parte aérea da cana soca irrigada no Submédio do Vale do São Francisco. Rev. Ciência Agronômica 43, 500–509.
  6. Loarie, S.R., Lobell, D.B., Asner, G.P., Mu, Q., Field, C.B., 2011. Direct impacts on local climate of sugar-cane expansion in Brazil. Nat. Clim. Chang. 1, 105–109.
  7. Gauder, M., Graeff-Hönninger, S., Claupein, W., 2011. The impact of a growing bioethanol industry on food production in Brazil. Appl. Energy 88, 672–679.
  8. Costa, C.T.S., Ferreira, V.M., Endres, L., Ferreira, D.T. da R.G., Gonçalves, E.R., 2011. Crescimento e produtividade de quatro variedades de cana-de-açúcar no quarto ciclo de cultivo. Rev. Caatinga 24, 56–63.
  9. Kohlhepp, G., 2010. Análise da situação da produção de etanol e biodiesel no Brasil. Estud. Avançados 24, 223–253.
  10. Waldheim, P.V., Carvalho, V.S.B., Correa, E., França, J.R. de A., 2006. Zoneamento climático da cana-de-açúcar, da laranja e do algodão herbáceo para a região Nordeste do Brasil. Anuário do Inst. Geociências UFRJ 29, 30–43.
  11. Sanches, A.C., Michellon, E., Roessing, A.C., 2005. Os limites de expansão da soja. Inf. GEPEC 9, 1–21.
  12. Borém, A., Freire, E.C., Penna, J.C.V., Barroso, P.A.V., 2003. Considerations about cotton gene escape in Brazil: a review. Crop Breed. Appl. Biotechnol. 3, 315–332.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming habitat past,present regional high
A pecuária é uma das principais fontes de renda e subsistência para os habitantes da Caatinga (Antongiovanni et al., 2018). Em geral, bovinos, caprinos e ovinos são criados em regime de liberdade, tendo acesso à vegetação nativa como base de sua dieta (Marinho et al. 2016). Na Caatinga e em outras regiões semiáridas, o pastejo tem sido associado à compactação do solo, redução na sobrevivência de plântulas e mudas, consumo de biomassa de dossel, alteração da riqueza e composição das plantas (Marinho et al. 2016). Além disso, a sinergia entre o efeito do gado pastando em remanescentes semiáridos e a invasão de espécies exóticas tem sido relatada (Hobbs, 2001). A pecuária é um distúrbio crônico na Caatinga que tem efeitos negativos sobre a diversidade de plantas (Ribeiro et al., 2015).
Referências:
  1. Antongiovanni, M., Venticinque, E.M., Fonseca, C.R., 2018. Fragmentation patterns of the Caatinga drylands. Landsc. Ecol. 33, 1353–1367. https://doi.org/10.1007/s10980-018-0672-6
  2. Marinho F.P., Mazzochini G.G., Manhaes A.P., Weisser W.W., Ganade G., 2016. Effects of past and present land use on vegetation cover and regeneration in a tropical dryland forest. J. Arid Environ. 132:26–33.
  3. Hobbs R.J., 2001. Synergisms among habitat fragmentation, livestock grazing, and biotic invasions in southwestern Australia. Conserv Biol 15:1522–1528.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3.4 Unintentional effects: large scale (species being assessed is not the target) [harvest] habitat past,present regional very high
A extração de madeira para carvão, construção civil e uso doméstico tem sido uma ameaça generalizada à Caatinga por muitos séculos. Historicamente, árvores grandes e maduras eram altamente valiosas ao ponto de serem suprimidas a virtualmente desaparecerem da paisagem. O uso industrial das árvores da Caatinga para a produção de carvão, que é parcialmente feito de forma ilegal e descontrolada, contribui fortemente para modificar a densidade e a estrutura da vegetação remanescente (Gariglio et al., 2010). O uso de madeira e carvão para uso doméstico (por exemplo, forno a lenha) também não é desprezível, correspondendo a 30% do que é extraído anualmente (Gariglio et al., 2010).
Referências:
  1. Gariglio, M.A., Sampaio, E.V. de S.B., Cestaro, L.A., Kageyama, P.Y. (Orgs.), 2010. Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da Caatinga. Serviço Florestal Brasileiro, Brasília, 368 p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present,future national high
A Caatinga ocupava originalmente 826.411 km² do território brasileiro, porém atualmente cerca de metade de sua cobertura vegetal foi perdida devido à ocupação humana (Antongiovanni et al., 2018; Marinho et al., 2016). Os ambientes remanescentes, encontram-se sob intensa pressão da extração de madeira, pecuária e caça (Marinho et al., 2016). Apenas 1,75% da área original da Caatinga é protegida por Unidades de Conservação de Proteção Integral e 7% por Unidades de Conservação de Uso Sustentável, o que a coloca como um dos biomas menos protegido dentre todos os biomas brasileiros (MMA 2011; Brasil 2018a,b).
Referências:
  1. Antongiovanni, M., Venticinque, E.M., Fonseca, C.R., 2018. Fragmentation patterns of the Caatinga drylands. Landsc. Ecol. 33, 1353–1367.
  2. Brasil, 2018a. Decreto 9336 de 5 April 2018. Cria o Parque Nacional do Boqueirão da Onça, localizado nos Municıpios de Sento Se, Juazeiro, Sobradinho e Campo Formoso, Estado da Bahia http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/Decreto/D9336.html
  3. Brazil, 2018b. Decreto 9337 de 5 April 2018. Cria a Area de Protecao Ambiental do Boqueirao da Onca, localizada nos Municıpios de Sento Se, Juazeiro, Sobradinho, Campo Formoso, Umburanas e Morro do Chapeu, Estado da Bahia. http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2018/decreto-9337-5-abril-2018-786420-publicacaooriginal-155184-pe.html. (acesso em julho 2018).
  4. Marinho, F.P., Mazzochini, G.G., Manhães, A.P., Weisser, W.W., Ganade, G., 2016. Effects of past and present land use on vegetation cover and regeneration in a tropical dryland forest. J. Arid Environ. 132, 26–33.
  5. MMA, 2011. Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satelite—Acordo de Cooperacao Tecnica MMA/ IBAMA. Monitoramento do bioma Caatinga 2008–2009. Brasılia, DF.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3 Livestock farming & ranching locality past,present,future national high
O município de Castro Alves (BA) com 71173 ha tem 45523 ha (64%) de seu território convertidos em pastagem (Lapig, 2018). O município de Tanquinho com 21985 ha tem 70% de seu território (15304 ha) transformados em pastagem (Lapig, 2019). O município de Muritiba (BA), com cerca de 8.931 ha, contém 15% de sua área convertida em pastagens (Lapig, 2018).
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.Lapig.iesa.ufg.br/Lapig.html (acesso em 27 de novembro 2018).
  2. Lapig, 2019. http://maps.lapig.iesa.ufg.br/lapig.html (acesso em 07 de janeiro 2019).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection
Não foi registrada dentro dos limites de nenhuma Unidade de Conservação.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não se conhecem usos efetivos ou potenciais documentados.