Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2018. Moldenhawera nutans (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Vivas e Queiroz, 2018), com ocorrência no estado: BAHIA, município de Camaçari (Silva 1), Entre Rios (Guedes 9567), Esplanada (Freire 87), Lauro de Freitas (Guedes 25130), Salvador (Queiroz 4238).
Árvore com cerca de 3 m, endêmica do Brasil (Vivas e Queiroz, 2018). Foi coletada em Restinga associada a Mata Atlântica no estado da Bahia. Apresenta distribuição restrita, EOO=928 km², cinco situações de ameaça e ocorrência em fitofisionomia severamente fragmentada. Estima-se que restem atualmente cerca de 15% da vegetação original da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018; Ribeiro et al., 2009). Sabe-se que grande parte dos ecossistemas florestais da Bahia encontram-se fragmentadas como resultado de atividades antrópicas realizadas no passado e atualmente, restando 12% de remanescentes florestais originais (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Desmatamento, corte madeireiro e implementação de atividades agrossilvipecuárias em larga escala (Paciencia e Prado, 2005), principalmente plantações de Eucalyptus sp. (Baesso et al., 2010; Landau, 2003), cacau (Rolim e Chiarello, 2004) e vastas áreas convertidas em pasto e outras culturas, como seringa, piaçava e dendê, além do crescimento urbano e especulação imobiliária, constituem os principais vetores de stress a persistência de M. nutans na natureza (Otroski, 2018; Sambuichi, 2003). A espécie representa um notável endemismo das matas sobre dunas costeiras da região metropolitana de Salvador até Esplanada, e suas poucas subpopulações estão altamente vulneráveis devido a forte pressão imobiliária que há nessas áreas (Queiroz et al., 1999). Apesar de ocorrer em Unidade de Conservação de proteção integral, os municípios de ocorrência perderam entre 86%-96% de sua cobertura florestal original (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Assim, foi considerda Em Perigo (EN) de extinção. Infere-se declínio contínuo em EOO e extensão e qualidade de habitat. Recomenda-se ações de pesquisa (distribuição, números e tendências populacionais) e conservação (Plano de Ação) urgentes a fim de garantir sua perpetuação na natureza no futuro.
Descrita em: Kew Bull. 54(4): 844. 1999.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1 Residential & commercial development | habitat,mature individuals | past,present,future | national | very high |
A espécie é endêmica das dunas costeiras na região metropolitana de Salvador até Esplanada e suas poucas populações estão altamente vulneráveis devido a forte pressão imobiliária que há nessas áreas (Queiroz et al., 1999). Perda de habitat como conseqüência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2 Agriculture & aquaculture | mature individuals,habitat | past,past,future | national | very high |
Os municípios de Entre Rios e Esplanada, respectivamente, com 121.168 ha e 129.435 ha contém 15% e 21,6% de seu território convertido em pastagens e 19% e 8,1% em florestas plantadas (Lapig, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat,mature individuals | past,present,future | national | very high |
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Municípios como Camaçari, Entre Rios, Esplanada, Lauro de Freitas e Salvador (BA) apresentam cerca de 14%, 10,8%, 14%, 6,4% e 4,9% da Mata Atlântica original que cobria seus territórios (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). | |||||
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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6. Other chemicals | natural | stalk |
Diversos compostos químicos têm sido isolados a partir do extrato obtido do caule dessa espécie e sua aplicação medicinal está sendo estudada (David et al., 2007, 1998; Lahlou et al., 2007). | ||
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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6. Other chemicals | natural | leaf |
Diversos compostos químicos têm sido isolados a partir do extrato obtido das folhas dessa espécie (Vale et al., 2005). | ||
Referências:
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