Fabaceae

Mimosa rheiptera Barneby

Como citar:

Eduardo Fernandez; Marta Moraes. 2020. Mimosa rheiptera (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

1.064,475 Km2

AOO:

44,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), foi documentada exclusivamente no estado de GOIÁS, municípios de Alto Paraíso de Goiás (Felfili 320), São João d'Aliança (Allem 2723), na região compreendida pela Chapada dos Veadeiros.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Marta Moraes
Critério: B1ab(iii)+2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Árvore de pequeno porte de até 3 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). foi documentada em Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado rupestre e Cerrado (lato sensu) associados ao Cerrado exclusivamente no estado de Goiás, na região compreendida pela Chapada dos Veadeiros nos municípios de Alto Paraíso de Goiás e São João da Aliança. Apresenta distribuição restrita, EOO=886 km², AOO=44 km², duas situações de ameaça, considerando-se o distinto grau de perturbação ao qual os municípios em que a espécie foi documentada se encontram. As modificações na paisagem por causa da produção agrícola e pecuária, tem sido considerada a principal causa de degradação do Cerrado e tem causado um aumento na frequência de fogo no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e, provavelmente, alterado a capacidade de recuperação de elementos da biota mais sensíveis a esse distúrbio (Fiedler et al., 2006). A principal causa dos incêndios no Parque Nacional Chapada dos Veadeiros tem sido as queimadas de origem desconhecida e criminosa (Fiedler et al., 2006). Diversas terras no entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros são utilizada para a formação de pastagens (Barbosa, 2008). Assim, infere-se declínio contínuo em extensão e qualidade de habitat. Diante desse cenário, portanto, M. rheiptera foi considerada Em Perigo (EN) de extinção. Recomenda-se ações de pesquisa (distribuição, números e tendências populacionais) e conservação (Plano de Ação, garantia de efetividade de Unidade de Conservação) urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza, uma vez que a persistência dos vetores de stress descritos podem levar a espécie a extinção. É crescente a demanda para que se concretize o estabelecimento de um Plano de Ação Nacional (PAN) para conservação da biodiversidade em partes de sua distribuição.

Último avistamento: 2012
Quantidade de locations: 2
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Sim

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em: Memoirs of The New York Botanical Garden 65: 405–406. 1991 (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados sobre potencial valor econômico.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados quantitativos sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Luminosidade: heliophytic
Biomas: Cerrado
Vegetação: Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu)
Fitofisionomia: Savana Arborizada, Savana Parque, Afloramento Rochoso
Habitats: 2.1 Dry Savanna, 4.7 Subtropical/Tropical High Altitude Grassland, 6 Rocky Areas [e.g. inland cliffs, mountain peaks]
Clone: unkown
Rebrotar: unkown
Detalhes: Árvore de pequeno porte de até 3 m, foi documentada em Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado rupestre e Cerrado (lato sensu) associados ao Cerrado (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019).
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção, 2019. Mimosa in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB31322>. Acesso em: 04 Dez. 2019 delete

Ameaças (9):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3.4 Unintentional effects: large scale (species being assessed is not the target) [harvest] habitat,occurrence past,present,future regional very high
O Cerrado perdeu 88 Mha (46%) de sua cobertura vegetal nativa, e apenas 19,8% permanecem inalterados. Entre 2002 e 2011, as taxas de desmatamento no Cerrado (1% por ano) foram 2,5 vezes maiores que na Amazônia. A proteção atual permanece fraca. As áreas protegidas públicas cobrem apenas 7,5% do bioma (em comparação com 46% da Amazônia) e, de acordo com o Código Florestal brasileiro, apenas 20% (em comparação com 80% na Amazônia) de terras privadas são destinadas a conservação (Strassburg et al., 2017). Como resultado, 40% da vegetação natural remanescente pode agora ser legalmente convertida (Soares-Filho et al., 2014). Estudos apontam que no Cerrado brasileiro restam apenas 50% da cobertura florestal natural. A taxa de desmatamento tem aumentado, principalmente devido à expansão do gado, indústrias de soja, reservatórios de hidrelétricas e expansão de áreas urbanas (Françoso et al,. 2015; Ratter et al., 1997).
Referências:
  1. Strassburg, B.B.N., Brooks, T., Feltran-Barbieri, R., Iribarrem, A., Crouzeilles, R., Loyola, R., Latawiec, A.E., Oliveira-Filho, F.J.B., Scaramuzza, C.A.M., Scarano, F.R., Soares-Filho, B., Balmford, A., 2017. Moment of truth for the Cerrado hotspot. Nat. Ecol. Evol. 1, 0099.
  2. Soares-Filho, B., Rajão, R., Macedo, M., Carneiro, A., Costa, W., Coe, M., Rodrigues, H., Alencar, A., 2014. Cracking Brazil’s Forest Code. Science (80-. ). 344, 363–364.
  3. Françoso, R.D., Brandão, R., Nogueira, C.C., Salmona, Y.B., Machado, R.B., Colli, G.R., 2015. Habitat loss and the effectiveness of protected areas in the Cerrado Biodiversity Hotspot. Nat. Conserv. 13, 35–40.
  4. Ratter, J.A., Ribeiro, J.F., Bridgewater, S., 1997. The Brazilian cerrado vegetation and threats to its biodiversity. Ann. Bot. 80, 223–230.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.3 Agro-industry farming habitat,occurrence past,present,future regional very high
O Cerrado contém extensas áreas em condições favoráveis à agricultura intensiva e à pecuária extensiva (Tavares et al., 2010), sendo cerca de 40% da área convertida para estes usos (Rachid et al., 2013). A expansão agrícola no Cerrado vem sendo estimulada por diversos incentivos governamentais, tais como os programas de biocombustíveis e desenvolvimento do Cerrado, ou de assistência técnica (Bojanic, 2017; Fearnside, 2001; Gauder et al., 2011; Koizumi, 2014; Moreddu et al., 2017; Pereira et al., 2012; Rachid et al., 2013; Ratter et al., 1997), a fim de suprir a crescente demanda do mercado internacional (Gauder et al., 2011; Pereira et al., 2012). Essa região é responsável pela produção de cerca de 49% dos grãos no Brasil (Rachid et al., 2013), em particular a soja, o milho e o algodão (Bojanic, 2017; Castro et al., 2010; Ratter et al., 1997). O Cerrado brasileiro sofreu perdas particularmente pesadas para o avanço da soja (Fearnside, 2001), tendo cerca de 10,5% de sua área ocupada por culturas agrícolas (Sano et al., 2008). Além de ser considerado o celeiro brasileiro devido à produção de grão (Pereira et al., 2012), extensas áreas de Cerrado têm sido ocupadas pela cana-de-açúcar (Castro et al., 2010; Koizumi, 2014; Loarie et al., 2011; Rachid et al., 2013), sendo o Brasil o mais importante produtor de açúcar do mundo (Galdos et al., 2009; Gauder et al., 2011; Pereira et al., 2012). Recentemente, a expansão da produção de cana-de-açúcar no Cerrado tem sido motivada por programas governamentais destinados a promover o setor sucroalcooleiro, especialmente para a produção de agroenergia e bioetanol devido a importância econômica que assumiram no mercado internacional (Gauder et al., 2011; Koizumi, 2014; Loarie et al., 2011; Pereira et al., 2012; Rachid et al., 2013). O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo (Mielnik et al., 2017). Segundo Rachid et al., (2013), as áreas cultivadas nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul cresceram mais de 300% nos últimos 5 anos. Essa expansão ocorre principalmente por meio da substituição de áreas agrícolas estabelecidas (pastagem e campos de soja e milho) por cana-de-açúcar, forçando a expansão dessas atividades sobre novas áreas de floresta ou Cerrado (Castro et al., 2010; Koizumi, 2014; Loarie et al., 2011; Rachid et al., 2013). Ainda, a produção de cana-de-açúcar por muitos anos esteve associada às queimadas dos canaviais realizadas pré-colheita, causando impactos ambientais sobre diferentes componentes do ecossistema (Galdos et al., 2009; Rachid et al., 2013). Segundo Fearnside (2001), a soja é muito mais prejudicial do que outras culturas, porque justifica projetos de infra-estrutura de transporte maciço que desencadeia outros eventos que levam à destruição de habitats naturais em vastas áreas, além do que já é diretamente usado para o seu cultivo.
Referências:
  1. Bojanic, A., 2017. The rapid agricultural development of Brazil in the last 20 years. EuroChoices 16, 5–10.
  2. Mielnik, O., Serigati, F., Giner, C., 2017. What prospects for the Brazilian ethanol sector? EuroChoices 16, 37–42.
  3. Moreddu, C., Contini, E., Ávila, F., 2017. Challenges for the Brazilian agricultural innovation system. EuroChoices 16, 26–31.
  4. Koizumi, T., 2014. Biofuels and Food Security in Brazil, in: Koizumi, T. (Ed.), Biofuels and Food Security. Springer, Heidelberg New York Dordrecht London, p.13-29.
  5. Rachid, C.T.C.C., Santos, A.L., Piccolo, M.C., Balieiro, F.C., Coutinho, H.L.C., Peixoto, R.S., Tiedje, J.M., Rosado, A.S., 2013. Effect of sugarcane burning or green harvest methods on the Brazilian Cerrado soil bacterial community structure. PLoS One 8, e59342.
  6. Pereira, P.A.A., Martha-Jr., G.B., Santana, C.A.M., Alves, E., 2012. The development of Brazilian agriculture: future technological challenges and opportunitiesfuture challenges. Agric. Food Secur. 1, 1–12.
  7. Gauder, M., Graeff-Hönninger, S., Claupein, W., 2011. The impact of a growing bioethanol industry on food production in Brazil. Appl. Energy 88, 672–679.
  8. Loarie, S.R., Lobell, D.B., Asner, G.P., Mu, Q., Field, C.B., 2011. Direct impacts on local climate of sugar-cane expansion in Brazil. Nat. Clim. Chang. 1, 105–109.
  9. Castro, S.S., Abdala, K., Silva, A.A., Bôrges, V.M.S., 2010. A expansão da cana-de-açúcar no Cerrado e no estado de Goiás: elementos para uma análise espacial do processo. Bol. Goiano Geogr. 30, 171–191.
  10. Galdos, M.V., Cerri, C.C., Cerri, C.E.P., 2009. Soil carbon stocks under burned and unburned sugarcane in Brazil. Geoderma 153, 347–352.
  11. Sano, E.E., Rosa, R., Brito, J.L.S., Ferreira, L.G., 2008. Mapeamento semidetalhado do uso da terra do Bioma Cerrado. Pesqui. Agropecuária Bras. 43, 153–156.
  12. Fearnside, P.M., 2001. Soybean cultivation as a threat to the environment in Brazil. Environ. Conserv. 28, 23–38.
  13. Ratter, J.A., Ribeiro, J.F., Bridgewater, S., 1997. The Brazilian Cerrado vegetation and threats to its biodiversity. Ann. Bot. 80, 223–230.
  14. Tavares, O.C.H., Lima, E., Zonta, E., 2010. Crescimento e produtividade da cana planta cultivada em diferentes sistemas de preparo do solo e de colheita. Acta Sci. - Agron. 32, 61–68.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming habitat,occurrence present regional very high
A ocupação do Cerrado pela atividade pecuária se deu a partir da década de 1920, com a indústria de café em plena atividade. Mais tarde, com incentivos do governo federal, a atividade pecuária iniciou o processo de ocupação e conversão do Cerrado em pastagens (Klink e Moreira, 2002; Sano et al., 2008). Desde então, a pecuária passou a ocupar extensas áreas e estabeleceu-se como uma das principais atividades econômicas no país (Sano et al., 2008), recebendo cada vez mais subsídios governamentais, tais como, a criação do Conselho para o Desenvolvimento da Pecuária (Rachid et al., 2013). No início, a pecuária beneficiou-se de gramíneas nativas (Silva et al., 2015) e posteriormente o uso de tecnologias e a introdução de gramíneas exóticas para melhoramento das pastagens contribuíram para o sucesso da atividade no Cerrado (Ratter et al., 1997), sendo a região responsável por 41% do leite e 40% da carne bovina produzida no Brasil (Pereira et al., 2012). As pastagens cultivadas ocupam cerca de 26,5% do território e representam o principal uso do solo do Cerrado (Sano et al., 2008). Além dos impactos do gado sobre a vegetação nativa, a atividade pecuária historicamente está associada à queimadas realizadas para renovação da pastagem para o gado (Kolbek e Alves, 2008; Silva et al., 2015), as quais muitas vezes fogem de controle e tornam-se grandes incêndios (Verdi et al., 2015).
Referências:
  1. Pereira, P.A.A., Martha-Jr., G.B., Santana, C.A.M., Alves, E., 2012. The development of Brazilian agriculture: future technological challenges and opportunities. Agric. Food Secur. 1, 1–12.
  2. Rachid, C.T.C.C., Santos, A.L., Piccolo, M.C., Balieiro, F.C., Coutinho, H.L.C., Peixoto, R.S., Tiedje, J.M., Rosado, A.S., 2013. Effect of sugarcane burning or green harvest methods on the Brazilian Cerrado soil bacterial community structure. PLoS One 8, e59342.
  3. Ratter, J.A., Ribeiro, J.F., Bridgewater, S., 1997. The Brazilian Cerrado vegetation and threats to its biodiversity. Ann. Bot. 80, 223–230.
  4. Sano, E.E., Rosa, R., Brito, J.L.S., Ferreira, L.G., 2008. Mapeamento semidetalhado do uso da terra do Bioma Cerrado. Pesqui. Agropecuária Bras. 43, 153–156.
  5. Klink, C.A., Moreira, A.G., 2002. Past and current human occupation, and land use. In: Oliveira, P.S., Marquis, R.J. (Eds.). The Cerrados of Brazil. Columbia University Press, Nova Iorque, p.69-88.
  6. Silva, S.D., Mateus, R.A., Braz, V. da S., Peixoto, J. de C., 2015. A fronteira do gado e a Melinis Minutiflora P. Beauv. (POACEAE): a história ambiental e as paisagens campestres do Cerrado goiano no século XIX. Sustentabilidade em Debate 6, 17–32.
  7. Verdi, M., Pougy, N., Martins, E., Sano, P.T., Ferreira, P.L., Martinelli, G., 2015. Vetores de pressão que incidem sobre a flora em risco de extinção da Serra do Espinhaço Meridional, in: Pougy, N., Verdi, M., Martins, E., Loyola, R., Martinelli, G. (Eds.), Plano de Ação Nacional Para a Conservação Da Flora Ameaçada de Extinção Da Serra Do Espinhaço Meridional. CNCFlora : Jardim Botânico do Rio de Janeiro : Laboratório de Biogeografia da Conservação : Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro, pp. 33–47.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 3.2 Mining & quarrying habitat,occurrence past,present,future local high
A perda e a alteração de habitat no Cerrado também está vinculada a atividade de mineração desenvolvida em vários estados de sua ocorrência (Fernandes et al., 2011, 2014; Jacobi and Carmo, 2008). Na região do Cerrado há dois principais centro de exploração mineral, sendo um deles situado em Goiás onde destaca-se o município de Niquelândia (Fernandes et al., 2011) e o outro em Minas Gerais, cuja a região do quadrilátero ferrífero e Espinhaço Meridional concentram a maior parte das atividades (Carmo e Jacobi, 2012; Fernandes et al., 2011, 2014; Jacobi and Carmo, 2008). Nas últimas quatro décadas o Quadrilátero Ferrífero já perdeu milhares de hectares de cangas, pelo menos 40% da área total, devido principalmente ao efeito direto da ocorrência de 46 minas de extração de minério de ferro (Carmo e Jacobi, 2012). Tal atividade tem provocados danos ambientais imensuráveis, dentre eles, o maior desastre ambiental após o rompimento de uma das barragens de rejeitos minerais (Escobar, 2015; Neves et al., 2016).
Referências:
  1. Carmo, F.F., Jacobi, C.M., 2012. Plantas vasculares sobre cangas. in: Jacobi, C.M., Carmo, F.F., (Orgs.). Diversidade florística nas cangas do Quadrilátero Ferrífero. Belo Horizonte, Código Editora, 240 p.
  2. Escobar, H., 2015. Mud tsunami wreaks ecological havoc in Brazil. Science (80-. ). 350, 1138–1139.
  3. Fernandes, F.R.C., Amélia, M., Enríquez, M.A.R. da S., Alamino, R. de C.J., 2011. Recursos minerais e sustentabilidade territorial: grandes minas. CETEM/MCTI., Rio de Janeiro. 343 p.
  4. Fernandes, G.W., Barbosa, N.P.U., Negreiros, D., Paglia, A.P., 2014. Challenges for the conservation of vanishing megadiverse rupestrian grasslands. Nat. Conserv. 2, 162–165.
  5. Jacobi, C.M., Carmo, F.F., 2008. The contribution of ironstone outcrops to plant diversity in the Iron Quadrangle, a threatened Brazilian landscape. Ambio 37, 324–326.
  6. Neves, A.C. de O., Nunes, F.P., de Carvalho, F.A., Fernandes, G.W., 2016. Neglect of ecosystems services by mining, and the worst environmental disaster in Brazil. Nat. Conserv. 14, 24–27.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 7.1.1 Increase in fire frequency/intensity habitat present,future regional high
O fogo apesar de estar associado a vegetação de cerrado, têm efeitos danosos sobre as espécies quando sua origem é antrópica (Verdi et al., 2015). Os incêndios com origem antrópica acontecem com frequência, severidade e intensidade muito maior que no passado (Pivello, 2011) e, diferentemente daqueles deflagrados por raios, têm efeitos danosos sobre as espécies, mesmo aquelas adaptadas ao regime de fogo (Kolbek e Alves, 2008; Mistry, 1998; Pivello, 2011; Verdi et al., 2015). Estes incêndios têm iniciado a partir do uso do fogo na agropecuária, em períodos de festejos locais e feriados, queda de balões ou lapsos com cigarros, por exemplo (Coutinho, 1990; Maurenza et al., 2015; Verdi et al., 2015). Contudo, incêndio criminosos são comuns e, em geral, têm sido realizados como uma forma de protesto em unidades de conservação como, por exemplo, o Parque Nacional da Serra do Cipó (Verdi et al., 2015).
Referências:
  1. Verdi, M., Pougy, N., Martins, E., Sano, P.T., Ferreira, P.L., Martinelli, G., 2015. Vetores de pressão que incidem sobre a flora em risco de extinção da Serra do Espinhaço Meridional, in: Pougy, N., Verdi, M., Martins, E., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional. CNCFlora : Jardim Botânico do Rio de Janeiro : Laboratório de Biogeografia da Conservação : Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro, p. 33–47.
  2. Coutinho, L.M., 1990. Fire in the ecology of the Brazilian Cerrado, in: Goldammer, J.G. (Ed.), Ecological Studies 84: Fire in the Tropical Biota. Springer-Verlag, Berlin, Heidelberg, pp. 82–105.
  3. Pivello, V.R., 2011. The use of fire in the Cerrado and Amazonian rainforests of Brazil: past and present. Fire Ecol. 7, 24–39.
  4. Kolbek, J., Alves, R.J.V., 2008. Impacts of cattle, fire and wind in Rocky Savannas, Southeastern Brazil. Acta Univ. Carolinae, Environ. 22, 111–130.
  5. Mistry, J., 1998. Fire in the cerrado (savannas) of Brazil: an ecological review. Prog. Phys. Geogr. 22, 425–448.
  6. Maurenza, D., Oliveira, J.A. de, Pougy, N., Verdi, M., Machado, N., Carvalho, I.S.H., Martins, E., Martinelli, G., 2015. Vetores de pressão que incidem sobre a flora ameaçada de extinção da região de Grão Mogol-Francisco Sá, in: Pougy, N., Verdi, M., Martins, E., Maurenza, D., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da região de Grão Mogol-Francisco Sá. CNCFlora : Jardim Botânico do Rio de Janeiro : Laboratório de Biogeografia da Conservação : Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro, p. 33–45.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 8.1.2 Named species habitat past,present,future regional high
Melinis minutiflora P.Beauv. (Poaceae) é a espécies de gramínea exótica mais problemática na região do Cerrado (Hoffmann et al., 2004). Com a expansão da atividade pecuária, as áreas nativas de Cerrado foram substituídas por pastagens plantadas com gramíneas exóticas (Barbosa et al., 2008; Hoffmann et al., 2004; V.R. Pivello et al., 1999; Vânia Regina Pivello et al., 1999).
Referências:
  1. Hoffmann, W.A., Lucatelli, V.M.P.C., Silva, F.J., Azeuedo, I.N.C., Marinho, M. da S., Albuquerque, A.M.S., Lopes, A. de O., Moreira, S.P., 2004. Impact of the invasive alien grass Melinis minutiflora at the savanna-forest ecotone in the Brazilian Cerrado. Divers. Distrib. 10, 99–103.
  2. Barbosa, E.G., Pivello, V.R., Meirelles, S.T., 2008. Allelopathic evidence in Brachiaria decumbens and its potential to invade the Brazilian cerrados. Brazilian Arch. Biol. Technol. 51, 825–831.
  3. Pivello, V.R., Carvalho, V.M.C., Lopes, P.F., 1999. Abundance and distribution of native and alien grasses in a “Cerrado” (Brazilian Savanna) Biological Reserve. Biotropica 31, 71–82.
  4. Pivello, V.R., Shida, C.N., Meirelles, S.T., 1999. Alien grasses in Brazilian savannas: a threat to the biodiversity. Biodivers. Conserv. 8, 1281–1294.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 7.1.1 Increase in fire frequency/intensity habitat past,present local very high
As modificações na paisagem por causa da produção agrícola e pecuária, tem sido considerada a principal causa de degradação do Cerrado e tem causado um aumento na frequência de fogo no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e, provavelmente, alterado a capacidade de recuperação de elementos da biota mais sensíveis a esse distúrbio (Fiedler et al., 2006). Segundo Fiedler et al. (2006), a principal causa dos incêndios no Parque Nacional Chapada dos Veadeiros tem sido as queimadas de origem desconhecida e criminosa, sendo que os anos com maior área queimada foram 2003 (aproximadamente 84% da área do parque) e 1995 (cerca de 60% do parque).
Referências:
  1. Fiedler, N. C., Merlo, D. A., Medeiros, M. B., 2006. Ocorrência de incêndios florestais no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Goiás. Ciência Florestal, 16(2).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming habitat past,present local high
Diversas terras no entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros são utilizada para a formação de pastagens; a pecuária também é preocupante para a conservação do Cerrado, sendo uma atividade muito comum no estado de Goiás (Barbosa, 2008).
Referências:
  1. Barbosa, A.G., 2008. As estratégias de conservação da biodiversidade na Chapada dos Veadeiros: conflitos e oportunidades. Brasília, DF: Universidade de Brasília.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.3 Tourism & recreation areas habitat past,present,future local medium
O turismo no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros pode ser uma das principais ameaças para a espécie neste local, visto a falta de infraestrutura básica nos municípios de entorno do Parque para que esta atividade seja realizada sem impactos ambientais (Barbosa, 2008).
Referências:
  1. Barbosa, A.G., 2008. As estratégias de conservação da biodiversidade na Chapada dos Veadeiros: conflitos e oportunidades. Brasília, DF: Universidade de Brasília.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
Foi documentada nas seguintes Unidades de Conservação: Parque Nacional Chapada dos Veadeiros (Felfili 320).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não se conhecem usos efetivos ou potenciais.