Eduardo Amorim; Lucas Jordão. 2021. Ludwigia anastomosans (Onagraceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Zeferino e Echternacht, 2020), com distribuição: no estado de Minas Gerais — nos municípios Araponga, Baldim, Belo Horizonte, Carandaí, Catas Altas, Ouro Preto, Rio Acima, Santos Dumont e Tiradentes —, e no estado do Rio de Janeiro — no município Duas Barras.
Ludwigia anastomosans é uma árvore de até 10m de altura, ocorrendo no Cerrado e na Mata Atlântica, em Cerrado (lato sensu) e Floresta Ciliar ou Galeria. Apresenta AOO= 52km² e oito situações de ameaças. Considera-se as atividades agrícolas e pecuaristas, como os principais vetores de ameaças que possam levar as subpopulações à extinção e, as ocorrências em áreas protegidas foram consideradas como número de situações de ameaças distintas. Ressalta-se que a espécie apresenta 45,82% (1250780,94ha) da sua AOO útil (4400ha) em áreas de pastagem e 15,61% (426235,68ha) em áreas de mosaico de pastagem e agricultura (MapBiomas, 2021). Diante esse cenário, infere-se declínio de área de ocupação e qualidade de habitat. Assim, L. anastomosans foi considerada como Vulnerável (VU) à extinção. Recomendam-se ações de pesquisa (censo e tendências populacionais e estudos de viabilidade populacional) e conservação (Cumprimento de efetividades de Unidades de Conservação e conservação ex situ) a fim de se garantir sua perpetuação na natureza, pois as pressões verificadas ao longo de sua distribuição podem ampliar seu risco de extinção.
Ano da valiação | Categoria |
---|---|
2012 | DD |
Descrita em: J. Jap. Bot. 28(10), 291, 1953. É reconhecida por ser a única espécie de Ludwigia com hábito arbóreo (Zeferino e Echternacht, 2020). A espécie foi avaliada como Vulnerável (VU, B1+2c) na Lista Vermelha da IUCN (World Conservation Monitoring Centre, 1998).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat,occupancy,occurrence | past,present,future | national | medium |
A espécie apresenta 9,49% (417,72ha) da sua AOO útil (4400ha) em áreas de infraestrutura urbana. A espécie apresenta 1,98% (53995,01ha) da sua EOO em áreas de infraestrutura urbana (MapBiomas, 2021). | |||||
Referências:
|
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.1 Ecosystem conversion | 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy,occurrence | past,present,future | national | medium |
A espécie apresenta 0,16% (7,09ha) da sua AOO útil (4400ha) em áreas de agricultura e 18,37% (808,39ha) em áreas de mosaico de agricultura e pastagem. A espécie apresenta 0,72% (19750,88ha) da sua EOO em áreas de agricultura e 15,61% (426235,68ha) em áreas de mosaico de agricultura e pastagem (MapBiomas, 2021). | |||||
Referências:
|
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.1 Ecosystem conversion | 2.2.3 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy,occurrence | past,present,future | regional | low |
De acordo com o MapBiomas, os municípios Carandaí (MG) e Catas Altas (MG) possuem, respectivamente, 6,78% (3303ha) e 18,19% (4365ha) de seus territórios convertidos em áreas de silvicultura, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021a). A espécie apresenta 0,7% (30,6ha) da sua AOO útil (4400ha) em áreas de silvicultura. A espécie apresenta 2,33% (63577,81ha) da sua EOO em áreas de silvicultura (MapBiomas, 2021b). | |||||
Referências:
|
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy,occurrence | past,present,future | national | high |
De acordo com o MapBiomas, os municípios Araponga (MG), Baldim (MG), Carandaí (MG), Catas Altas (MG), Duas Barras (RJ), Ouro Preto (MG), Santos Dumont (MG) e Tiradentes (MG) possuem, respectivamente, 31,32% (9514ha), 52,3% (29095ha), 33,67% (16406ha), 13,14% (3155ha), 39,43% (14968ha), 12,89% (16056ha), 54,94% (35015ha) e 46,93% (3897ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021a). A espécie apresenta 11,98% (527,09ha) da sua AOO útil (4400ha) em áreas de pastagem e 18,37% (808,39ha) em áreas de mosaico de pastagem e agricultura. A espécie apresenta 45,82% (1250780,94ha) da sua AOO útil (4400ha) em áreas de pastagem e 15,61% (426235,68ha) em áreas de mosaico de pastagem e agricultura (MapBiomas, 2021b). | |||||
Referências:
|
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.2 Ecosystem degradation | 3.2 Mining & quarrying | habitat,occupancy,occurrence | past,present,future | national | very low |
A espécie apresenta 1,71% (75,08ha) da sua AOO útil (4400ha) em áreas de mineração. A espécie apresenta 0,41% (11064,94ha) da sua EOO em áreas de mineração (MapBiomas, 2021). | |||||
Referências:
|
Ação | Situação |
---|---|
5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
|
Ação | Situação |
---|---|
5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território São João del Rei - 29 (MG), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG). |
Ação | Situação |
---|---|
1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Serra São José, Área de Proteção Ambiental Sul-Rmbh, Floresta Estadual do Uaimii, Parque Estadual Serra do Brigadeiro, Parque Nacional da Serra do Gandarela e Refúgio Estadual de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José. |
Uso | Proveniência | Recurso |
---|---|---|
17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |