Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2018. Leptolobium glaziovianum (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A espécie foi registrada nos estados: DISTRITO FEDERAL, municípios de Brasília (Vale 268) e Sobradinho (Paula, 3105A); MINAS GERAIS, municípios Belo Horizonte (Roth 1856), Ouro Preto (Badini 23812) e Sabará (Glaziou 18207) e RIO DE JANEIRO, município de Itatiaia (Lima,2664).
Árvore de até 15 m, endêmica do Brasil (Rodrigues, 2018). Conhecida popularmente como sobral, foi coletada em Cerrado sensu stricto, Floresta Ciliar/ de Galeria e Floresta Ombrófila Densa associadas ao Cerrado e a Mata Atlântica nos estados de Minas Gerais, Distrito Federal e Rio de Janeiro. Apresenta AOO=36 km² e três situações de ameaça. A intensa urbanização verificada em quatro municípios em que foi registrada (Sobreira e Fonseca, 2001; Fernandes et al., 2005; Santos et al., 2010; Lapig, 2018), aliada a expansão do gado, indústrias de soja, reservatórios de hidrelétricas, fogo e expansão de áreas urbanas e agricultáveis (Ratter et al., 1997, Françoso et al., 2015; Strassburg et al., 2018) ao longo de toda sua distribuição ameaçam a perpetuação da espécie na natureza. Apesar da ocorrência em Unidade de Conservação, as mesmas não encontram-se livre da incidência das ameaças descritas, apesar da intensidade e frequência distinta quando afetam áreas protegidas. Assim, L. glaziovianum foi considerada Em Perigo (EN) de extinção, demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências populacionais) e conservação (inclusão em Planos de Ação/ Manejo de UCs) urgentes a fim de se evitar sua extinção na natureza em futuro próximo.
Leptolobium glaziovianum (Harms) Sch.Rodr. & A.M.G.Azevedo foi descrita em: Taxon 57(3): 983. 2008. O nome vernáculo é sobral (Rodrigues, 2018)
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat | present | regional | high |
A evolução da população e a densidade demográfica na área do Cerrado Brasileiro tem valores baixos, se comparado ao restante do país, porém são crescentes (Santos et al., 2010). Em Brasília, o senso demográfico de 2010 realizado pelo IBGE apontou 444,07 pessoas por quilômetro quadrado (IBGE, 2013). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2 Agriculture & aquaculture | habitat | past,present | national | very high |
No Cerrado brasileiro, estima-se que restem apenas 50% da cobertura florestal natural. A taxa de desmatamento tem aumentado, principalmente devido à expansão do gado, indústrias de soja, reservatórios de hidrelétricas e expansão de áreas urbanas (Ratter et al. 1997, Françoso et al. 2015). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat | past,present,future | national | very high |
O Cerrado perdeu 88 Mha (46%) de sua cobertura vegetal nativa, e apenas 19,8% permanecem inalterados. Entre 2002 e 2011, as taxas de desmatamento no Cerrado (1% por ano) foram 2,5 vezes maiores que na Amazônia. A proteção atual permanece fraca. As áreas protegidas públicas cobrem apenas 7,5% do bioma (em comparação com 46% da Amazônia) e, de acordo com o Código Florestal brasileiro, apenas 20% (em comparação com 80% na Amazônia) de terras privadas são destinadas a conservação (Strassburg et al., 2017). Como resultado, 40% da vegetação natural remanescente pode agora ser legalmente convertida (Soares-Filho et al., 2014). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1 Annual & perennial non-timber crops | habitat | past,present | local | high |
Em estudo de degradação ambiental causada pela agricultura em Minas Gerais, o município de Ouro Preto obteve um índice de degradação ambiental de 84% (Fernandes et al., 2005). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat | past,present | local | high |
Em Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, onde o crescimento urbano somado à falta de planejamento da ocupação do meio físico, geram grandes problemas aos ecossistemas naturais (Sobreira e Fonseca, 2001). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 3.2 Mining & quarrying | habitat | past,present,future | local | high |
A cidade de Ouro Preto foi fundada e desenvolvida a partir do descobrimento de depósitos de ouro aluvionar no final do século XVII , tendo rapidamente se tornado o segundo maior centro populacional na América latina e a capital da província de minas Gerais. O auge da corrida do ouro ocorreu durante os primeiros quarteis do século XVIII com intensas atividades mineradoras subterrâneas e a céu aberto, em vales e encostas. A partir do século XIX e inicio do seculo XX a cidade sofreu um esvaziamento econômico e político devido à mudança da capital do estado para Belo horizonte.O desenvolvimento retornou em 1950 em ouro preto com as atividades de mineração de ferro (Sobreira e Fonseca, 2001). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na Reserva Biológica do IBGE, Brasília, Distrito Federal (Ferreira 458). |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais |