Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2018. Inga virescens (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020, 2018), com ocorrência no estado: São Paulo (Gonçalves et al. 126), Paraná (Roderjan), Santa Catarina (Smith et al 7629) e Rio Grande do Sul (Kegler 1339).
Árvore de até 8 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Popularmente conhecida por ingá-verde, foi coletada em Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista Floresta Estacional Decidual associadas a Mata Atlântica nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apresenta distribuição ampla, EOO=673168 km², diversos registros depositados em coleções biológicas, inclusive com coletas realizadas recentemente (2016), e ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integra. A espécie ocorre em múltiplas fitofisionomias de forma ocasional na maior parte das localidades em que foi registrada. Não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua existência na natureza. Assim, I. virescens foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza.
Descrita em: London J. Bot. 4: 605. 1845. Popularmente conhecida como Inga verde no estado de Santa Catarina (Flora do Brasil 2020, 2018). De acordo com especialista botânico a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R: Não. 2 - ocorre em Unidades de Conservação. R: Sim. Estação Ecológica de Bananal, Parque Estadual Mata dos Godoy, Parque Estadual de Campinhos, Parque Nacional da Bocaina, Parque Ecológico Paulo Gorski. 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R: Sim. 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R: Não. 5 - possui amplitude de habitat. R: Sim. 6 - possui especificidade de habitat. R: Não. 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R: Não. 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R: Ocasional. 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R. (Mario Gomes, com. pess. 23/11/2018).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat | past,present,future | national | very high |
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat | past,present,future | regional | very high |
No Brasil, a área original de Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucária) ,era de aproximadamente 200.000 a 250.000 km², ocorrendo com maior intensidade nos Estados do Paraná (40%), Santa Catarina (31%), Rio Grande do Sul (25%), com manchas esparsas no sul de São Paulo (3%), internando-se até o sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro (1%). Esta formação vegetacional, típica da Região Sul do Brasil, abriga componentes arbóreos de elevado valor comercial,como a Araucaria angustifolia (pinheiro) e Ocotea porosa (imbuia), por isso esta floresta foi alvo de intenso processo de exploração predatório. Atualmente os remanescentes florestais não perfazem mais do que 1% da área original, e suas espécies arbóreas estão relacionadas na lista oficial de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção. A Floresta Ombrófila Mista teve significativa importância no histórico de ocupação da Região Sul, não somente pela extensão territorial que ocupava, mas principalmente pelo valor econômico que representou durante quase um século. No entanto, a intensidade da exploração madeireira, desmatamentos e queimadas, substituição da vegetação por pastagens, agricultura, reflorestamentos homogêneos com espécies exóticas e a ampliação das zonas urbanas no sul do Brasil, iniciados nos primeiros anos do século XX, provocaram uma dramática redução da área das florestas originais na região (Medeiros et al., 2005). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na Estação Ecológica de Bananal, Parque Estadual Mata dos Godoy, Parque Estadual de Campinhos, Parque Nacional da Bocaina, Parque Ecológico Paulo Gorski. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |