Fabaceae

Inga duckei Huber

Como citar:

Monira Bicalho; Eduardo Amorim. 2023. Inga duckei (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

149.596,601 Km2

AOO:

32,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil (Garcia e Bonadeu, 2022). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Amazonas — nos municípios Iranduba, Itacoatiara, Novo Airão e Tefé —, e no estado do Pará — nos municípios Oriximiná e Prainha.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2023
Avaliador: Monira Bicalho
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

A espécie é descrita como uma arvoreta com até 50 m de altura. Apresenta EOO igual a 120820km², AOO igual a 32km², e, apesar dos valores de AOO permitirem a atribuição de uma categoria de ameaça, este está provavelmente subestimado pelo baixo esforço amostral na região. Somado a isto, há registros em Unidades de Conservação de proteção integral, não foram encontradas ameaças diretas que atestem contra a perpetuação da espécie na natureza e não existem dados de declínios populacionais para aplicação de outros critérios. Assim, a espécie foi considerada como de Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (expedições botânicas direcionadas a buscar pela espécie na localidade típica e em outras localidades próximas são necessárias para aumentar o conhecimento sobre sua distribuição e dinâmica populacional) a fim de ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.

Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Bol. Mus. Goeldi Hist. Nat. Ethnogr. 5: 375, 1909. É afim de Inga kursarii, mas difere por possuir 4–5 pares de folíolos com base assimétrica e subcordada, raque terete coberto por pubescência ferruginosa densa, pedúnculos mais curtos (2–3 mm vs. 1,3–5 mm em I. kursarii) e uma inflorescência globosa-capitada (Guevara Andino et al., 2019).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: A espécie apresenta uso madeireiro, com volume comercializado de 1.158,67 m³ e valor de R$ 235.985,62 (Ministério do Meio Ambiente – MMA, 2022). Em Rondônia, em autorização de exploração em área da Amazônia Legal, foi autorizada a exploração de 101,5623 m³ em tora, no período de 2021 a 2022 (Governo do Estado de Rondônia, 2022).

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Amazônia
Vegetação: Floresta de Igapó
Habitats: 1.8 Subtropical/Tropical Swamp Forest
Detalhes: Árvore com até 50 m de altura. Ocorre na Amazônia, em Floresta de Igapó (Garcia e Bonadeu, 2022).
Referências:
  1. Garcia, F.C.P., Bonadeu, F., 2022. Inga. Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB78863 (acesso em 10 ago. 2022)

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national medium
De acordo com o MapBiomas, os municípios Iranduba (AM), Itacoatiara (AM) e Prainha (PA) possuem, respectivamente, 11,51% (25517,36ha), 7,6% (67575,61ha) e 10,33% (152677,82ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022). De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Iranduba (AM) e Prainha (PA) possuem, respectivamente, 5,23% (11583,88ha) e 6,07% (89698,28ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2020. Municípios: Iranduba (AM), Itacoatiara (AM) e Prainha (PA). URL https://drive.google.com/file/d/1RT7J2jS6LKyISM49ctfRO31ynJZXX_TY/view?usp=sharing (acesso em 15 de agosto de 2022).
  2. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2022. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2020. Municípios: Iranduba (AM) e Prainha (PA). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 15 de agosto de 2022).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Manaus 4 (AM).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Floresta Estadual de Faro e Parque Nacional do Jaú.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
9. Construction/structural materials natural stalk
A espécie apresenta uso madeireiro, com volume comercializado de 1.158,67 m³ e valor de R$ 235.985,62 (Ministério do Meio Ambiente – MMA, 2022). Em Rondônia, em autorização de exploração em área da Amazônia Legal, foi autorizada a exploração de 101,5623 m³ em tora, no período de 2021 a 2022 (Governo do Estado de Rondônia, 2022).
Referências:
  1. Governo do Estado de Rondônia, 2022. Autorização de Exploração - POA (Amazônia Legal) Pleno. Sist. Nac. Control. da Origem dos Prod. Florestais. URL https://sinaflor2.ibama.gov.br/sinaflor2autorizacao/qrcode/20112202164840 (acesso em 25 de agosto de 2022)
  2. Ministério do Meio Ambiente – MMA, 2022. Inga duckei. Ind. Comércio e Transp. Prod. Florestais. URL https://info.serpro.gov.br/t/IBAMA-Publico/views/IBAMA-PAINELPUBLICO-IndustrializacaoComercioeTransportedeProdutosFlorestais-NovoLayout/HOME?%3Aembed=y&%3Adisplay_count=n&%3AshowAppBanner=false&%3Aorigin=viz_share_link (acesso em 25 de agosto de 2022).