AMARYLLIDACEAE

Hippeastrum santacatarina (Traub) Dutilh

Como citar:

Maria Marta V. de Moraes; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Hippeastrum santacatarina (AMARYLLIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

100.273,785 Km2

AOO:

52,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente nos Estados da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) (Dutilh; Oliveira, 2012). De acordo com Iganci et al. (2011), a espécie representa um endemismo dos Campos de Cima da Serra da região.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Critério: B2ab(iii,iv,v)
Categoria: EN
Justificativa:

Aespécie ocorre nos Estados da região Sul. Apresenta AOO de 52 km² e população severamente fragmentada. Segundo a informação disponível, a planta ébastante rara, com subpopulações compostas por poucos indivíduos. Ocorre nos Camposde Cima da Serra e nos Campos Limpos Inundáveis associados ao domíniofitogeográfico Mata Atlântica. Planta herbácea bulbosa, terrícola ou aquática, tem sofrido com a perda e degradação de seu habitat. Os Campos Alagados, vêmsendo continuamente drenados e assoreados, enfrentando incêndios durante os períodos de seca. Além disso, é utilizada como ornamental enão se encontra protegida em unidade de conservação (SNUC).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

A espécie assemelha-se a H. breviflorum, porém distingue-se desta pela coloração mais escura das flores e a H. angustifolium, da qual difere pelo número de flores por escapo, que nesta última são esverdeadas e se assemelham àquelas do gênero Sprekelia (Dutilh, 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: ​A espécie tem potencial valor no mercado horticultor como planta ornamental (Dutilh, 2005). Apresenta potencial uso farmacológico, uma vez que, como muitas outras representantes da família Amaryllidaceae, possui alcaloides isolados com atividades verificadas (Giordani, 2007).

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Indicada como uma planta bastante rara, com subpopulações compostas por poucos indivíduos (Biodiversitas, 2005). As espécies de Hippeastrum apresentam Tempo de Geração em seu ambiente natural entre três e quatro anos, no mínimo (Dutilh, com. pess.).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: A espécie ocorre em Formações Campestres (Dutilh, 2009), em Campos Limpos inundáveis (Dutilh; Oliveira, 2012) e sobre os Campos de Cima da Serra (Iganci et al., 2011).
Habitats: 4.7 Subtropical/Tropical High Altitude, 5 Wetlands (inland)
Detalhes: Planta herbácea bulbosa, terrícola ou aquática (Dutilh; Oliveira, 2012). Ocorre em Formações Campestres (Dutilh, 2009), Campos Limpos inundáveis (Dutilh; Oliveira, 2012) e sobre os Campos de Cima da Serra (Iganci et al., 2011) associados ao domínio fitogeográfico Mata Atlântica (Dutilh, 2009; Dutilh; Oliveira, 2012).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2.2 Change of management regime very high
A espécie vêm sofrendo com a perda e degradação de seu habitat. Os campos alagados onde ocorrem vêm sendo continuamente drenados, e durante os períodos de seca, enfrentam incêndios (Biodiversitas, 2005). Dutilh (com. pess.) indica ainda o assoreamento das áreas alagadas onde ocorre como uma das principais ameaças a perpetuação deste táxon na natureza.

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
A espécie consta no Anexo II da Instrução Normativa nº6 de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008), sendo, portanto, considerada "Deficiente de dados" (DD). Foi considerada "Em perigo" (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida pela Fundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Rara" (R) de acordo com os critérios de raridade adotados na avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
​A espécie é utilizada como ornamental (Dutilh, 2005).