Maria Marta V. de Moraes; Tainan Messina. 2012. Hippeastrum psittacinum (AMARYLLIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nos Estados da região Nordeste, Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Dutilh; Oliveira, 2012). Amaral (2007) cita como área principal de ocorrência da espécie as regiões Sudeste e Sul, além do Planalto Central e Distrito Federal. Dutilh (2005) indica como área core de distribuição de H. psittacinum a região Sudeste do Brasil. Dutilh (com. pess.) confirma a ocorrência atual deste táxon apenas em SP, MG e PR.
A espécie ocorre nos Estados de São Paulo, Paraná e, possivelmente, Minas Gerais. Apresenta EOO de 555,18 km², AOO de 8 km² e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça. É considerada muito rara, tendo apenas três subpopulações conhecidas ao longo de sua distribuição (municípios de Atibaia, SP; Juiz de Fora, MG; e Quatro Barras, PR). A subpopulação de Juiz de Foraprovavelmente não existe mais, uma vez que estava localizada dentro de umapedreira que foi recentemente explodida. A espécie só ocorre em região deFloresta Pluvial, em locais com umidade constante. Comooutras representantes da família Amaryllidaceae, possuiflores muito vistosas e vem sendo empregada como planta ornamental. É utilizada também na medicina popular como excitante e purgativa. Não estáprotegida por unidades de conservação (SNUC).
A espécie é frequentemente confundida com H. glaucescens quando herborizada (Amaral, 2007), que é mais comum e amplamente distribuida (Dutilh (com. pess.). Apesar de ocorrerem simpátricamente, H. psittacinum cresce sobre rocha magmática, e possui o bulbo exposto, enquanto H. glauscescens apresenta bulbo subterrâneo (Dutilh, com. pess.); Dutilh; Assis (2005) relatam a semelhança morfológica entre as espécies, sugerindo uma possível hibridização entre as espécies. Caracteres como bulbo mais superficial, ocorrência sobre rochas magmáticas e em locais mais úmidos facilitam a diferenciação entre estes táxons (Dutilh; Assis, 2005). É uma espécie altamente polimórfica (Dutilh, 2005). O período reprodutivo também permite distinguir as espécies, mesmo que haja uma pequena sobreposição de floração (Dutilh, com. pess.).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.3.1 Mining | local | very high | |||
A subpopulação de Juiz de Fora provavelmente não existe mais, uma vez que estava localizada dentro de uma pedreira que foi recentemente explodida. |
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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3 Harvesting (hunting/gathering) | local | very high | |||
Como outras representantes da família Amaryllidaceae, possui flores muito vistosas e vem sendo empregada como planta ornamental (Dutilh, 2005) |
Uso | Proveniência | Recurso |
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Ornamental | ||
Como outras representantes da família Amaryllidaceae, possui flores muito vistosas e vem sendo empregada como planta ornamental (Dutilh, 2005). |
Uso | Proveniência | Recurso |
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Bioativo | ||
A espécie é utilizada na medicina popular no Distrito Federal como excitante e purgativa. A partir de suas raízes se retira o suco com tais propriedades (Amaral, 2007). |