Annonaceae

Guatteria candolleana Schltdl.

Como citar:

Marta Moraes; undefined. 2019. Guatteria candolleana (Annonaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

484.768,83 Km2

AOO:

136,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), foi registrada nos estados da Bahia (Mori 13858), Espírito Santo (Hatschbach 58044), Minas Gerais (Costa s.n.), Rio de Janeiro (Pardo 725) e São Paulo (Loefgren e Edwall CGG2743). Segundo a Flora do Brasil 2020 a espécie não ocorre no estado de São Paulo.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2019
Avaliador: Marta Moraes
Revisor:
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore até 4 m de altura, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), popularmente conhecida por pindaíba, foi coletada na Floresta Ombrófila e na Restinga associadas ao domínio da Mata Atlântica, nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Apresenta distribuição ampla, EOO=406463 km², diversos registros em coleções biológicas, inclusive com coletas realizadas recentemente, e ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral. Não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua existência na natureza. Assim, Guatteria candolleana foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza.

Último avistamento: 2016
Possivelmente extinta? Não
Razão para reavaliação? New information
Justificativa para reavaliação:

A espécie foi avaliada como "Menos preocupante" (LC) na lista vermelha da IUCN (Verspagen e Verspagen, 2019). O BP-RLA reavaliou a espécie, mediante novas informações disponibilizadas pelos especialistas e novas avaliações referentes à distribuição.

Houve mudança de categoria: Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Linnaea, 9: 325, 1834. Nomes populares: pindaíba, pindaíba-candoleana, pindaíbada-de-capoeira, pindaíba-mole, puruna-do-nativo. De acordo com especialista botânico a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R.: Não. ; 2 - ocorre em Unidades de Conservação. R.: Sim. APA de Macaé de Cima, Reserva Biológica de Comboio, Reserva Florestal de Porto Seguro, Reserva Florestal da CVRD, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Reserva Biologica de Poço das Antas, Estação Experimental "Gregorio Bondar".; 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R.: Sim; 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R.: Não. Mata Atlântica; 5 - possui amplitude de habitat. R.: Sim. ; 6 - possui especificidade de habitat. R.: Não. ; 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R.: Não; 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R.: Ocasional; 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R.: Não. (J. Lopes, com. pess. 23/11/2018).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Não
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Fenologia: perenifolia
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa
Habitats: 1 Forest
Clone: no
Rebrotar: no
Detalhes: Árvore até 4 metros de altura, que ocorre na Mata atlântica nas formações florestais de encosta e na restinga (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018).
Referências:
  1. Guatteria in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB110382>. Acesso em: 11 Dez. 2018

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat past,present,future national very high
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). A região litoral sul do Espírito Santo apresenta elementos potenciais para o desenvolvimento de diversas atividades econômicas, sobretudo dos setores turístico e residencial. Entretanto, a não compatibilização dessas atividades com os recursos naturais disponíveis vem gerando modificações no meio físico/natural com elevado grau de desequilíbrio físico-territorial e ambiental, o que tem comprometido seriamente a estruturação do desenvolvimento regional (IPES, 2000). No território do Norte Fluminense é a crescente taxa de urbanização, com crescentes fluxos migratórios atraídos pela crescente oportunidade oferecida pelo setor petrolífero (Lemos et al., 2014). Adicionalmente, o setor do turismo vem sendo incentivado nas áreas Norte-Noroeste Fluminense, conhecidas como Costa Doce e Noroeste das Águas, respectivamente (Costa, 2015; SETUR, 2018).
Referências:
  1. Costa, J.C. 2015. Os processos de apropriaçãi espacial da Praia dos Anjos e Praia Grande pelos visitantes e moradores de Arraial do Cabo, RJ. Monografia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 103p.
  2. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles. https://www.cepf.net/sites/default/files/atlantic-forest-ecosystem-profile-2001-english.pdf (acesso em 31 de agosto 2018).
  3. IPES - Instituto de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento Jones dos Santos Neves. 2000. Região litoral sul: indicativos para o desenvolvimento – Anchieta, Guarapari, Itapemirim, Marataízes, Piúma, Presidente Kennedy. Vitória, 68p.
  4. Lemos, L.M.; Araujo, B.P.; Freitas, C.A. 2014. Dinâmicas territoriais no estado do Rio de Janeiro a partir dos anos de 1970: o Noroeste Fluminense e as Baixadas Litorâneas. Disponível em <http://www.cbg2014.agb.org.br/resources/anais/1/1404136739_ARQUIVO_CBG2014Bruna,CintiaeLinovaldo.pdf>. Acesso em 08 de dezembro de 2018.
  5. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J., Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biol. Conserv. 142, 1141–1153.
  6. SETUR 2018. Secretaria de Estado e Turismo. Disponível em <http://www.rj.gov.br/web/setur/exibeconteudo?article-id=2527548> . Acesso em 08 de dezembro de 2018.

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
APA de Macaé de Cima (US), Reserva Biológica de Comboio (PI), Reserva Florestal de Porto Seguro (US), Reserva Florestal da CVRD (PI), Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PI), Reserva Biologica de Poço das Antas (PI), Estação Experimental "Gregorio Bondar" (US).
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie foi avaliada como "Menos preocupante" (LC) na lista vermelha da IUCN (Verspagen e Erkens, 2019).
Referências:
  1. Verspagen, N., Erkens, R.H.J., 2019. Guatteria candolleana. The IUCN Red List of Threatened Species 2019: e.T103430648A135931532. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2019-2.RLTS.T103430648A135931532.en (Acesso em 17 de setembro de 2019).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.