AMARANTHACEAE

Gomphrena pulchella Mart.

Como citar:

Marcus Alberto Nadruz Coelho; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Gomphrena pulchella (AMARANTHACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

0,00 Km2

AOO:

8,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil, ocorrendo aqui apenas no Estado do Rio Grande do Sul (Vasconcellos, 1986; Marchioretto et al., 2012). Ocorre ainda na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai (Covas, 1941 apud. Siqueira 1991; Pedersen, 1976 apud. Siqueira, 1991). A espécie apresenta padrão de distribuição regional Amplo (sensu Marchioretto et al., 2008), ocorrendo em duas regiões fisiográficas (Campanha e Missões) do Estado do Rio Grande do Sul (Marchioretto et al.,. 2008).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Marcus Alberto Nadruz Coelho
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Critério: B1ab(i,iii)
Categoria: EN
Justificativa:

A espécie apresenta distribuição restrita (EOO=581,35 km²) e ocorre em cerca de cinco localidades distintas que foram consideradas como situações de ameaça distintas. Não se encontra protegida em unidade de conservação (SNUC). O bioma Pampa vem sofrendo redução da área e substituição por plantio de monoculturas exóticas, principalmente Eucalipto e Pinus, o que implica em declínio da área de ocupação, da extensão de ocorrência e de qualidade do habitat.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente na obra Nova Acta Acad. Caes. Leop. Carol. Nat. Cur 13:302 por Martius, em 1826, a espécie se aproxima muito a G. haenkeana, que não ocorre no Brasil. As duas espécies já foram tratadas como sinônimos, mas Pedersen (1976), após analisar material de ambas as considerou espécies distintas, principalmente por diferenças nas folhas, raízes, brácteas e distribuição geográfica(Siqueira, 1991).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Não
Detalhes:

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: ​A espécie foi considerada raríssima nos locais de ocorrência conhecidos no Rio Grande do Sul por Vasconcellos (1986).

Ecologia:

Biomas: Pampa (Campos Sulinos)
Fitofisionomia: A espécie ocorre em campos sobre solos arenosos no Estado do Rio Grande do Sul (Siqueira, 1991).
Habitats: 4.5 Subtropical/Tropical Dry Lowland
Detalhes: Planta subarbustiva, ocorre em campos sobre solos arenosos no Estado do Rio Grande do Sul (Siqueira, 1991) associados ao domínio fitogeográfico Pampa (Marchioretto et al., 2012).

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) local very high
​As monoculturas de espécies exóticas arbóreas nos Pampas podem influenciar a estrutura da comunidade campestre alterando significativamente a riqueza, diversidade e abundância da vegetação campestre (Ramos, 2011)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.3 Wood very high
O cultivo de Eucalipto e Pinus representa uma ameaça para as espécies do Pampa (Ramos, 2011)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat) local high
​Espécies exóticas plantadas como Eucalipto e Pinus, bem como as invasoras como o Capim-annoni (Eragrostis plana) representam ameaças a biodiversidade do Pampas (Ramos 2011)

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Em perigo" (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).