Proteaceae

Euplassa hoehnei Sleumer

Como citar:

Marta Moraes; Patricia da Rosa. 2018. Euplassa hoehnei (Proteaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

14.697,908 Km2

AOO:

16,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018) com ocorrência no estado de São Paulo, municípios de Campos de Jordão (Robin s.n.), Iguape (Cordeiro 1599), São Paulo (Hoehne s.n.), e Ubatuba (Bencke 71).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Marta Moraes
Revisor: Patricia da Rosa
Critério: B1ab(i,ii,iii,v)+2ab(i,ii,iii,v)
Categoria: EN
Justificativa:

Espécie arbórea endêmica do Brasil, com até 18 m de altura, que habita a Floresta Ombrófila na Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Ocorre no estado de São Paulo, nos municípios de Campos de Jordão, Iguape, São Paulo e Ubatuba. Apresenta EOO=12944 km², AOO=16 km² e quatro situações de ameaça. Embora tenha sido coletada em Unidades de Conservação, é ameaçada pela perda de hábitat pelo crescimento urbano e o desmatamento, tanto na Serra da Mantiqueira quanto na Serra do Mar (SEMA/IF-SP, 2008); pela agricultura (Arruda et al., 1993) e pelo o turismo no litoral. Suspeita-se que esteja havendo declínio contínuo de EOO, AOO, qualidade do hábitat e de indivíduos maduros da espécie.

Último avistamento: 1996
Quantidade de locations: 4
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em: Bot. Jahrb. Syst. 76(2): 193. 1954 Nome vulgar: Cuticaem ou cixicaem

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila Mista
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ombrófila Densa
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Detalhes: Espécie arbórea com até 18 m de altura (Rossi 1206), que habita a Floresta Ombrófila na Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018)
Referências:
  1. Proteaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB13781>. Acesso em: 08 Jun. 2018

Reprodução:

Detalhes: A espécie foi coletada em flor no mês de outubro (Hoehne s.n.) e em fruto nos meses de dezembro (Rossi 1206), janeiro (Reitz 6039) e fevereiro (Robin s.n.).

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas locality past,present,future local high
O Parque Estadual dos Mananciais de Campos do Jordão está localizado no município de Campos do Jordão, próximo à área central da cidade. Localizado na Serra da Mantiqueira, a cidade de Campos do Jordão faz parte da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e é conhecida por sua paisagem verde, frio típico de regiões montanhosas, arquitetura europeia e por ter sua malha urbana em maior altitude do país. Envolto por vales e mares de morro, Campos do Jordão está próximo ao Sul de Minas Gerais e atrai turistas de diversos pontos do Brasil e do mundo, principalmente no período do inverno.
Referências:
  1. http://fflorestal.sp.gov.br/mananciais-de-campos/home/
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2 Agriculture & aquaculture locality past,present,future regional high
A Divisão Regional Agrícola (DIRA) de Registro, que engloba o Vale do Ribeira, é responsável por 96% da produção de banana do Estado de São Paulo. A bananicultura é a principal atividade econômica da região, representando 60% do valor da produção agropecuária (Arruda et al., 1993)
Referências:
  1. Arruda, S.T., Perez, L.H., Bessa-Junior, A.A., 1993. A bananicultura no Vale do Ribeira - caracterização dos sistemas. Agric. em São Paulo 40, 1–17.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.1 Housing & urban areas locality,habitat past,present,future regional high
A ocupação urbana foi classificada no Plano de Manejo como um vetor de pressão antrópica extrema. O crescente processo de adensamento urbano ao longo do vale do Paraíba e do litoral, é um dos principais fatores impactantes para a biodiversidade encontrada no Parque. A implantação de gasodutos e torres repetidoras, assim como a ocupação clandestina das encostas, cria um cenário de fragmentação e perda de habitat. As florestas de planície encontram-se atualmente ameaçadas pela ocupação humana e expansão imobiliária (SEMA/IF-SP, 2008).
Referências:
  1. SEMA/IF-SP, 2008. Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra do Mar. URL http://fflorestal.sp.gov.br/pagina-inicial/planos-de-manejo/planos-de-manejo-planos-concluidos/plano-de-manejo-pe-serra-do-mar/. Acesso em 12/7/2018.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 5.3 Logging & wood harvesting habitat,mature individuals past,present,future regional high
O desmatamento foi classificado no Plano de Manejo como um vetor de pressão antrópica muito alta e a extração de madeira como uma pressão alta. As florestas de encosta apresentam grande diversidade e estão sujeitas aos diversos tipos de perturbações (caça, corte seletivo, poluição, ocupação irregular (SEMA/IF-SP, 2008).
Referências:
  1. SEMA/IF-SP, 2008. Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra do Mar. URL http://fflorestal.sp.gov.br/pagina-inicial/planos-de-manejo/planos-de-manejo-planos-concluidos/plano-de-manejo-pe-serra-do-mar/. Acesso em 12/7/2018.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
A espécie foi coletada na Estação Ecológica da Juréia (Cordeiro 1599) , no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba (Pedroni 603) e no Jardim Botânico de São Paulo (Handro 982).