BROMELIACEAE

Dyckia remotiflora Otto & A.Dietr.

Como citar:

Miguel d'Avila de Moraes; Tainan Messina. 2012. Dyckia remotiflora (BROMELIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

117.405,405 Km2

AOO:

64,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Não é endêmica do Brasil. Ocorre em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul (Forzza et al., 2011; Martinelli et al., 2008). Segundo Versieux; Wendt (2006) a espécie ocorre também em Minas Gerais e São Paulo. A espécie ocorre também no Uruguai e Argentina (Rauh, 1973). Segundo Versieux et al. (2008), a espécie ocorre na Cadeia do Espinhaço na parte do Estado de Minas Gerais. Ocorre no município de Viamão, Rio Grande do Sul, no Parque Estadual de Itapuã. Este parque integra a região metropolitana de Porto Alegre. Constituído por áreas planas e morros com abundantes afloramentos graniticos, situa-se à beira da Lagoa dos Patos, junto ao desague do Rio Guaíba (Silva, 1994). Maior altitude registrada de 1400m (Versieux; Wendt, 2006).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(iii,v)+2ab(iii,v)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Dyckia remotiflora</i> não é endêmica do Brasil e ocorre também no Uruguai e Argentina. Em território nacional, a espécie é registrada apenas na Região Sul. Está protegida por unidades de conservação (SNUC), no entanto, ocupa uma AOO de 64 km². Ocorre em formações campestres e afloramentos rochosos. Atividades como mineração, agricultura e pecuária vêm causando o declínio contínuo da qualidade do hábitat da espécie. <i>D. remotiflora</i> não escapa da ação do gado bovino, que as devora parcialmente, impedindo sua expansão vegetativa e causando redução no número de indivíduos maduros. Assim, a espécie foi avaliada como "Em perigo" (EN).

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Pampa (Campos Sulinos)
Fitofisionomia: Campos rupestres, espécie saxicola (Versieux; Wendt, 2006). Possui quatro variedades, é encontrada em locais secos, abertos e em rochas em baixa elevação no sul do Brasil, Uruguai e Argentina (Williams, 1988). Ocorre em formações campestres e em afloramentos rochosos (Martinelli et al., 2009)., No Parque Estadual de Viamão, no Rio Grande do Sul, está presente em vegetação de restinga arbóreo-arbustiva. Sendo considerada rara neste local, o autor menciona que tal raridade pode estar relacionada à presença do gado bovino (Silva, 1994).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Extraction
O Parque Estadual de Viamão (RS), onde a espécie ocorre, é muito forte a exploração de pedreiras (Silva, 1994).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.4 Livestock
Silva (1994) relata que no Parque Estadual de Viamão (RS) mesmo as espécies que se encontram em locais de dificil acesso, como Dyckia remotiflora, não escapam da ação do gado bovino, que as devora parcialmente, impedindo sua expansão vegetativa.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
10.1 Recreation/tourism
O Parque Estadual de Viamão, no RS, um dos locais de ocorrência da espécie há impacto de atividades clandestinas de invasores, em busca de atividade de lazer.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
Na área de entorno do Parque Estadual de Viamão (RS),há agricultura de subsistência e pecuária que causam graves danos à flora e fauna (Silva, 1994).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Vulnerável" (VU) na Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
Ação Situação
4.3 Corridors on going
Ocorre no Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar (Martinelli et al. 2008).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Ocorre no Parque Estadual de Itapuã, município de Viamão, RS. Este parque integra a região metropolitana de Porto Alegre (Silva, 1994).