Eduardo Amorim; Monira Bicalho. 2022. Drosera viridis (Droseraceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Gonella, 2020), com distribuição: no estado do Paraná — nos municípios Balsa Nova, Campo Largo, Jaguariaíva, Palmeira, Ponta Grossa, Sengés e Tibagi —, no estado do Rio Grande do Sul — nos municípios Cambará do Sul e São José dos Ausentes —, no estado de Santa Catarina — nos municípios Mafra e Monte Castelo —, e no estado de São Paulo — nos municípios Embu-Guaçu, Mogi das Cruzes e Santo André.
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo na Mata Atlântica. Apresenta AOO igual a 68km² e cerca de 10 localizações condicionadas à ameaças. Apesar da espécie apresentar grande EOO, é encontrada somente em habitats mais úmidos, nos Campos de Altitude. Mesmo sendo áreas com baixo vetores de pressão, comparada às áreas baixas da Mata Atlântica, em 2020, a espécie apresentava 13,95% da sua AOO convertidos em áreas de agricultura, atividade que cresce a uma taxa de 0,66% aa desde 1985 até 2020. E ainda, na mesma data, apresentava 8,33% da sua AOO convertidos em áreas de pastagem. Diante esse cenário, infere-se declínio contínuo de área de ocupação e qualidade de habitat. Assim, a espécie foi avaliada como Vulnerável (VU) à extinção. Recomendam-se ações de conservação in situ e ex situ, visando a manutenção da espécie na natureza.
Descrita em: Carniv. Pl. Newslett. 32: 87, 2003. É afim de D. communis, mas difere pelo tamanho geralmente maior (ao crescer sintópica); folhas verdes mesmo em ambientes ensolarados (vs. vermelhas); pecíolos alados com pubescência eglandular presentes apenas nas margens; escapo discretamente curvo na base (vs. conspicuamente curvo) e sementes retangulares (vs. fusiformes) (Gonella, 2020, Gonella e Lehn, 2020).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat | past,present,future | local | high |
De acordo com o MapBiomas, os municípios Embu-Guaçu (SP), Mogi das Cruzes (SP) e Santo André (SP) possuem, respectivamente, 9,28% (1444,2ha), 14,52% (10344,04ha) e 40,24% (7073,26ha) de seus territórios convertidos em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | national | high |
De acordo com o MapBiomas, os municípios Balsa Nova (PR), Jaguariaíva (PR), Mafra (SC), Mogi das Cruzes (SP), Monte Castelo (SC), Palmeira (PR), Ponta Grossa (PR), Sengés (PR) e Tibagi (PR) possuem, respectivamente, 20,16% (7035,13ha), 18,05% (26233,48ha), 28,18% (39571,19ha), 20,83% (14842,68ha), 6,24% (3499,77ha), 40,86% (60074,48ha), 33,74% (69322,56ha), 9,51% (13702,18ha) e 36,37% (107358,23ha) de seus territórios convertidos em áreas de culturas agrícolas (exceto soja e cana-de-açúcar), segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). De acordo com o MapBiomas, os municípios Balsa Nova (PR), Jaguariaíva (PR), Mafra (SC), Monte Castelo (SC), Palmeira (PR), Ponta Grossa (PR), Sengés (PR) e Tibagi (PR) possuem, respectivamente, 20,16% (7035,13ha), 18,05% (26233,48ha), 28,18% (39571,19ha), 6,24% (3499,77ha), 40,86% (60074,48ha), 33,74% (69322,56ha), 9,51% (13702,18ha) e 36,37% (107358,23ha) de seus territórios convertidos em áreas de culturas de soja, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022b). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.2.3 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy | past,present,future | national | high |
De acordo com o MapBiomas, os municípios Balsa Nova (PR), Cambará do Sul (RS), Campo Largo (PR), Jaguariaíva (PR), Mafra (SC), Monte Castelo (SC), Palmeira (PR), Ponta Grossa (PR), São José dos Ausentes (RS), Sengés (PR) e Tibagi (PR) possuem, respectivamente, 5,19% (1811,55ha), 21,9% (25886,24ha), 10,16% (12632,5ha), 27,55% (40035,09ha), 16,46% (23109,68ha), 19,12% (10719,54ha), 7,21% (10592,34ha), 8,57% (17599,41ha), 11,92% (13994,96ha), 42,27% (60918,54ha) e 13,86% (40920,83ha) de seus territórios convertidos em áreas de silvicultura, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 5,37% (386,37 ha) da sua AOO convertidos em áreas de silvicultura, atividade que cresce a uma taxa de 0,18% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2005 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,67% aa (MapBiomas, 2022b). De acordo com o IBGE, os municípios Mogi das Cruzes (SP), Jaguariaíva (PR), Palmeira (PR), Ponta Grossa (PR), Sengés (PR), Tibagi (PR), Mafra (SC), Monte Castelo (SC), Cambará do Sul (RS) e São José dos Ausentes (RS) possuem, respectivamente, 9,82% (7000ha), 22,75% (33054ha), 8,84% (13000ha), 11,29% (23200ha), 27,33% (39387ha), 8,28% (24445ha), 11,46% (16089ha), 13,64% (7650ha), 32,45% (39200ha) e 27,45% (32220ha) de seus territórios convertidos em áreas de silvicultura, segundo dados de 2020 (IBGE, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy | past,present,future | national | high |
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Mogi das Cruzes (SP), Balsa Nova (PR), Jaguariaíva (PR), Sengés (PR), Monte Castelo (SC), Cambará do Sul (RS) e São José dos Ausentes (RS) possuem, respectivamente, 5,52% (3936,27ha), 8,64% (3015,8ha), 5,85% (8493,6ha), 6,84% (9865,39ha), 5,17% (2898,56ha), 39,72% (47978,21ha) e 49,02% (57544,06ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). De acordo com o MapBiomas, os municípios Balsa Nova (PR), Jaguariaíva (PR), São José dos Ausentes (RS) e Sengés (PR) possuem, respectivamente, 8,05% (2809,36ha), 5,49% (7981,37ha), 5,18% (6077,57ha) e 6,42% (9249,44ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1.3 Agro-industry farming | habitat,occupancy | past,present,future | national | medium |
Em 2020, a espécie apresentava 13,95% (1.004,68 ha) da sua AOO convertidos em áreas de agricultura, atividade que cresce a uma taxa de 0,66% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2000 até 2020, a conversão tem diminuído a uma taxa de -0,63% aa. Ademais, em 2020, a espécie apresentava 24,23% (1.744,47 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que cresce a uma taxa de 1,18% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2005 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 4,15% aa (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming | habitat,occupancy | past,present,future | national | low |
Em 2020, a espécie apresentava 8,33% (599,86 ha) da sua AOO convertidos em áreas de pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -2,25% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2005 até 2020, a conversão tem diminuído a uma taxa de -4,11% aa. Ademais, em 2020, a espécie apresentava 24,23% (1.744,47 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que cresce a uma taxa de 1,18% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2005 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 4,15% aa (MapBiomas, 2022). |
Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Paraná-São Paulo - 19 (PR), Território PAT São Paulo - 20 (SP), Território PAT Planalto Sul - 24 (RS). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na seguinte Unidade de Conservação: Área de Proteção Ambiental Estadual da Escarpa Devoniana. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |