Eduardo Amorim; Monira Bicalho. 2022. Drosera ascendens (Droseraceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Gonella, 2020), com distribuição: no estado de Minas Gerais — nos municípios Buenópolis e Diamantina. A extensão de sua distribuição pode ser assumida apenas provisoriamente como abrangendo a ponta norte do Planalto de Diamantina (Gonella et al., 2014).
A espécie é endêmica do Brasil, encontrada somente em Minas Gerais, no interior do Parque Nacional das Sempre Vivas e nas zonas adjacentes do município de Diamantina. Apresenta EOO restrito, igual à 25km², AOO igual a 16km² e quatro situações de ameaças. Considerando os registros distantes dentro da área de proteção como situações de ameaças independentes e as ocorrências fora da Unidade de Conservação como outra situação de ameaça. Apesar da distribuição da espécie tender a apresentar-se subestimada, extensão de sua distribuição pode ser assumida apenas provisoriamente como abrangendo a ponta norte do Planalto de Diamantina (Gonella et al., 2014). E ainda, mesmo ocorrendo em áreas protegidas, um total de 47,53% (7,6km²) da AOO útil da espécie queimaram em 2019. Diante esse cenário, infere-se declínio de área de ocupação e qualidade de habitat. Assim, a espécie foi avaliada como Em Perigo (EN) de extinção. Recomendam-se ações de pesquisa, como busca por registros em novas localidades e estimativas populacionais e ainda, ações de conservação ex situ.
Descrita em: Hist. Pl. Remarq. Bresil 1: 268, 1824. É reconhecida pelas suas folhas lanceoladas com pecíolos largos que são apenas ligeiramente mais curtos que a lâmina; em combinação com uma superfície de pecíolo adaxial glabra; uma superfície foliar abaxial densamente coberta por tricomas eglandulares brancos; uma base arqueada e curva (ascendente) do escapo; escapo, pedicelos e sépalas densamente cobertos por longos (até 1,8 mm de comprimento) tricomas glandulares vermelhos que aumentam de tamanho e densidade em direção à base do escapo; flores grandes com pétalas ca. 8 mm de comprimento, estilos ca. 4mm de comprimento; e sementes elipsoides (Gonella et al., 2014).
| Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
|---|---|---|---|---|---|
| 1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | high |
| De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, o município Buenópolis (MG) possui 20,63% (33003ha) do seu território convertido em áreas de pastagem, segundo dados de 2019 (Lapig, 2021). De acordo com o MapBiomas, os municípios Buenópolis (MG) e Diamantina (MG) possuem, respectivamente, 38,61% (61771ha) e 9,14% (35585ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021). | |||||
Referências:
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| Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
|---|---|---|---|---|---|
| 1.2 Ecosystem degradation | 7.1.3 Trend Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | high |
| Um total de 47,53% (7,6km²) da AOO útil da espécie queimaram em 2019 [Formação Savânica (24,19%), Formação Campestre (17,89%), Formação Florestal (2,57%), Pastagem (2,03%), Outra Área não Vegetada (0,85%)]. Um total de 45,06% (11,29km²) da EOO útil da espécie queimaram em 2019 [Formação Savânica (20,88%), Formação Florestal (12,73%), Formação Campestre (9,87%), Outra Área não Vegetada (0,58%), Agricultura (0,5%), Pastagem (0,5%)] (MapBiomas-Fogo, 2021). | |||||
Referências:
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| Ação | Situação |
|---|---|
| 5.1.2 National level | needed |
| A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG). | |
| Ação | Situação |
|---|---|
| 1.1 Site/area protection | on going |
| A espécie foi registrada na seguinte Unidade de Conservação: Parque Nacional das Sempre Vivas. | |
| Ação | Situação |
|---|---|
| 4.3 Awareness & communications | on going |
| Drosera ascendens só foi redescoberta em 2010, após quase 200 anos de obscuridade, e reconhecida como uma espécie estritamente endêmica. Portanto, foi os autores consideraram a espécie como Dados Deficientes (DD), de acordo com os critérios da Lista Vermelha da IUCN (Gonella et al., 2014). | |
Referências:
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| Uso | Proveniência | Recurso |
|---|---|---|
| 12. Handicrafts, jewellery, decorations, curios, etc. | natural | whole plant |
| A espécie pode ser encontrada para venda como ornamental de € 6,94 a R$ 60,00 (escultura viva, 2022). | ||
Referências:
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