Eduardo Amorim; Monira Bicalho. 2022. Daphnopsis filipedunculata (Thymelaeaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica da Serra dos Carajás, estado do Pará, Brasil, onde foi registrada na Serra Norte: N1, N2, N3, N4, N5, N6 e N7 (Watanabe et al., 2018), com distribuição no município Parauapebas.
A espécie é reportada ocorrendo em áreas de floresta decídua baixa sobre solo ferruginoso em áreas de transição entre canga aberta e floresta ombrófila. Apresenta EOO restrito, igual a 154km², AOO igual a 48km² e cinco situações de ameaças. Considerando a mineração a principal ameaça que atesta contra a perpetuação da espécie na natureza. Em 2020, a espécie apresentava 8,10% (388,83 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mineração, atividade que cresce a uma taxa de 0,94% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2004 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 1,91% aa. Diante o cenário, infere-se declínio de qualidade de habitat. Assim, a espécie foi avaliada como Em Perigo de extinção. Recomendam-se pesquisas por estimativas populacionais, buscas por novas localidades e ainda, ações de conservação ex situ, garantindo a perpetuação na natureza.
Novas informações sobre a distribuição da espécie foram incorporadas nas bases de dados.
Ano da valiação | Categoria |
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2020 | EN |
Descrita em: Brittonia 45(4): 335–336, f. 1. 1993. É reconhecida pelas inflorescências axilares pendentes no ápice de longos pedúnculos, pelas folhas, discolores com superfície abaxial serícea, velutina, além da constrição incomum do cálice (Mota e Giulietti, 2016).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | medium |
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, o município Parauapebas (PA) possui 12,78% (88005,05ha) do seu território convertido em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). De acordo com o MapBiomas, o município Parauapebas (PA) possui 14,48% (99702,14ha) do seu território convertido em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 3.2 Mining & quarrying | habitat | past,present,future | local | medium |
Em 2020, a espécie apresentava 8,10% (388,83 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mineração, atividade que cresce a uma taxa de 0,94% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2004 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 1,91% aa (MapBiomas, 2022). |
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 7.1.3 Trend Unknown/Unrecorded | mature individuals | past,present,future | local | low |
Um total de 16,2% (25,04km²) da EOO útil da espécie queimaram em 2020 [Mineração (14,63%), Formação Campestre (1,19%), Floresta (0,15%), Savana (0,15%), Outras lavouras temporárias (0,05%), Pastagem (0,03%)] (MapBiomas-Fogo, 2022). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Meio Norte - 1 (PA). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na seguinte Unidade de Conservação: Floresta Nacional de Carajás. |