CYPERACEAE

Cyperus almensis D.A.Simpson

Como citar:

Rodrigo Amaro; Luiz Santos. 2014. Cyperus almensis (CYPERACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

0,00 Km2

AOO:

8,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Endêmica do Brasil (Alves et al., 2013), com coletas realizadas no nordeste da Bahia, na Chapada Diamantina, no município de Rio de Contas, no Pico das Almas (R.M. Harley 24501; J.G. Jardim 770) e no município Morro do Chapéu (A.M. Amorim 1033; 1037). Encontrada em altitudes de entre 1.100 m (A.M. Amorim 1033) e 1.850 m (R.M. Harley 24501).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2014
Avaliador: Rodrigo Amaro
Revisor: Luiz Santos
Critério: B1ab(iii)+2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

A espécie ocorre no nordeste do estado da Bahia, nos biomas Cerrado e Caatinga (Alves et al., 2013), em áreas de Campos Rupestres (CNCFlora, 2013). Possui EOO de 192 km², AOO de 16 km² e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça. São ameaças o aumento da incidência de queimadas (Lobão, 2006), a pecuária (Schober, 2002), a agricultura (Lobão, 2006) e o turismo (MMA/ICMBio, 2007), que causam um declínio contínuo da qualidade do hábitat.

Quantidade de locations: 2
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em Kew Bull. 48: 699 (fig. 1). 1993.

Ecologia:

Forma de vida: herb
Longevidade: perennial
Biomas: Cerrado, Caatinga
Fitofisionomia: Savana, Savana Estépica
Habitats: 2.1 Dry Savanna
Clone: unkown
Rebrotar: unkown
Detalhes: Erva perene, terrestre, cespitosa, com cerca de 70 cm de altura (Alves et al., 2009), não hidrófita (R.M. Harley 24501) de ocorrência em Cerrado e Caatinga (Alves et al., 2013), com coletas registradas em encosta com solo rochoso (R.M. Harley 24501), em região de Campo Rupestre com solo úmido (A.M. Amorim 1033; 1037).
Referências:
  1. ALVES M., ARAÚJO, A.C.; VITTA, F. Cyperaceae. In: GIULIETTI, A. M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M. J. G.; QUEIROZ, L. P. DE; SILVA, J. M. C. D. (Eds.). Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservaçao Internacional; Univesidade Estadual de Feira de Santana, 2009. p. 496.
  2. ALVES, M.; ARAÚJO, A.C.; HEFLER, S.M.; TREVISAN, R.; SILVEIRA, G.H.; LUZ, C.L. 2013. Cyperaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB100)

Reprodução:

Detalhes: Encontrada com flores e frutos em fevereiro (Alves et al., 2009).
Fenologia: flowering (Fev~undefined), fruiting (Fev~undefined)
Estratégia: unknown
Sistema: unkown
Referências:
  1. ALVES M., ARAÚJO, A.C.; VITTA, F. Cyperaceae. In: GIULIETTI, A. M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M. J. G.; QUEIROZ, L. P. DE; SILVA, J. M. C. D. (Eds.). Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservaçao Internacional; Univesidade Estadual de Feira de Santana, 2009. p. 496.

Ameaças (6):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
9.4 Garbage & solid waste habitat present high
Lixo residencial e comercial são jogados de forma irresponsável no Morro do Chapéu em vários pontos turísticos (ACV de Morro do Chapéu – Bahia, 2011).
Referências:
  1. ACV DE MORRO DO CHAPÉU – BAHIA. ACV MC e Brigada Voluntária Contra Incêndios de Morro do Chapéu retira mais de 60 toneladas de lixo da entrada de pontos turísticos de Morro do Chapéu-BA. Disponível em <http://morrodochapeu-bahia.blogspot.com.br/>., 2011. Acessado em 06 set. 2013.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
7.1.1 Increase in fire frequency/intensity regional high
Na região de Campo Rupestre do Morro do Chapéu, é comum a queimada da vegetação no período que precede a temporada de chuvas para que as gramíneas floresçam e possam ser utilizadas como pastagem (Lobão, 2006).
Referências:
  1. LOBÃO, J.S.B. Análise socioambiental no município de Morro do Chapéu-BA baseado em geotecnologias. Salvador, BA: Universidade Federal da Bahia, 2006.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.3 Livestock farming & ranching habitat past,present regional high
Além das queimadas realizadas para a formação de pastagens, os impactos da pecuárias no Morro do Chapéu estão relacionados com o pastejo, que não é sustentados pelos campos rupestres, recobertos por afloramentos e solos rasos, arenosos e pobres em nutrientes, que acabam sendo levados à exaustão (Lobão, 2006). No uso Caatinga para a pecuária, o superpastoreio de ovinos, caprinos, bovinos e outros herbívoros tem modificado a vegetação (Schober, 2002).
Referências:
  1. LOBÃO, J.S.B. Análise socioambiental no município de Morro do Chapéu-BA baseado em geotecnologias. Salvador, BA: Universidade Federal da Bahia, 2006.
  2. SCHOBER, J. Preservação e uso racional do único bioma exclusivamente nacional. Ciência e Cultura, v. 54, n. 2, p. 6-7, 2002.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.1 Annual & perennial non-timber crops habitat past,present regional high
A agricultura é também uma das fontes de renda do município do Morro do Chapéu, tanto em cultivos permanentes quanto temporários. Este último degradam intensamente o ambiente (Lobão, 2006).
Referências:
  1. LOBÃO, J.S.B. Análise socioambiental no município de Morro do Chapéu-BA baseado em geotecnologias. Salvador, BA: Universidade Federal da Bahia, 2006.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Tourism & recreation areas habitat regional high
O turismo é uma atividade econômica desenvolvida na região do Parque Nacional Chapada Diamantina (PNCD), sendo importante fonte geradora de emprego e renda para a população local. Entretanto, o IBAMA não tem provido o PNCD de meios para que ele consiga se organizar para controlar a visitação e alguns problemas têm surgido e dificultado a sua gestão, tornando-a uma atividade conflitante e que requererá muitos esforços para o seu controle e manejo (MMA/ICMBio, 2007).
Referências:
  1. MMA/ICMBio. Plano de Manejo para o Parque Nacional da Chapada Diamantina – Versão Preliminar. Presente em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_chapada_diamantina.pdf>., 2007. Acessado em 03 set. 2013.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.1.2 Small-holder farming regional high
O uso agrícola da Caatinga tem modificado a vegetação e trouxe práticas desordenadas, como desmatamento e queimada (Schober, 2002).
Referências:
  1. SCHOBER, J. Preservação e uso racional do único bioma exclusivamente nacional. Ciência e Cultura, v. 54, n. 2, p. 6-7, 2002.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie ocorre na localidade de de Pico das Almas, localizada no Parque Parque Nacional da Chapada Diamantina (R.M. Harley 24501; J.G. Jardim 770). Ela ocorre também no município de Morro do Chapéu, que conta com o Parque Estadual de Morro do Chapéu.