Apocynaceae

Couma rigida Müll.Arg.

Como citar:

Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2020. Couma rigida (Apocynaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

2.329.268,997 Km2

AOO:

168,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com distribuição: no estado do Amazonas, nos municípios Humaitá e Presidente Figueiredo, no estado da Bahia, nos municípios Cabaceiras do Paraguaçu, Cairu,Camacan, Canavieiras, Ilhéus, Jaguaquara, Lençóis, Maraú, Mucugê, Palmeiras, Porto Seguro , Santa Cruz Cabrália, Ubaitaba, Una e Wenceslau Guimarães, e no estado do Maranhão, no município Santa Helena. De acordo com (Watanabe et al., 2009) a espécie não é endêmica do Brasil, com ocorrência também para Amazônia Venezuelana. No Brasil, apresenta distribuição distribuição disjunta entre estados da Amazônia, região litorânea da Bahia e a Chapada Diamantina.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore com até 20 m, não é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020; Watanabe et al., 2009). Popularmente conhecida como mucugê no Nordeste, foi documentada de forma disjunta em mais de 18 municípios distribuídos em áreas de Campinarana, Restinga arbórea e Campo Rupestre associadas à Amazônia, Caatinga e Mata Atlântica, desde a região central do Amazonas, a região litorânea da Bahia, no litoral do Maranhão e na Chapada Diamantina. Apresenta distribuição muito ampla, EOO=1905073 km², mais de 18 situações de ameaça, considerando-se sua presença constante em diversos municípios, conforme os registros de herbário efetuados em múltiplas fitofisionomias e domínios fitogeográficos evidenciam. Além disso, a espécie não apresenta usos específicos ou indiretos (Tropical Plants Database, 2020) que resultem em declínios populacionais mensuráveis (os frutos são coletados para alimentação e a madeira, apesar de utilizada, não consta em listas de espécies comerciais ou exploradas seletivamente), além de possuir registros em Unidades de Conservação de proteção integral e de usos sutentável, além de ocorrer em regiões onde ainda predominam na paisagem extensões significativas de fitofsionomias de ocorrência potencial em estado prístino de conservação. Assim, diante deste cenário, portanto, C. rigida foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Último avistamento: 2014
Quantidade de locations: 18
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Fl. Bras. (Martius) 6(1), 20, 1860. É reconhecida pelos ramos lenhosos estriados, cilíndricos, com cicatrizes deixadas pelas folhas, glabros. Folhas verticiladas, coriáceas, elípticas a oblanceoladas; sésseis. Inflorescência terminal. Baga 4-6 cm diâm., elipsóide, verde a castanha; sementes oblongas, ariladas, numerosas (Watanabe et al., 2009). Popularmente conhecida como mucugê no Nordeste. As informações da espécie foram validadas pela especialista através do questionário (Ana Carolina Devides Castello, comunicação pessoal, 2020).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Amazônia, Caatinga
Vegetação: Campinarana, Campo Rupestre
Habitats: 3.6 Subtropical/Tropical Moist Shrubland, 2.1 Dry Savanna, 4.5 Subtropical/Tropical Dry Lowland Grassland
Detalhes: Árvore com até 20 m de altura (Watanabe et al., 2009). Ocorre na Amazônia e Caatinga, em Campinarana e Campo rupestre (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020).
Referências:
  1. Watanabe, M.T.C., Roque, N., Rapini, A., 2009. Apocynaceae sensu strictum no Parque Municipal de Mucugê, Bahia, Brasil, incluindo a publicação válida de dois nomes em Mandevilla Lindl. Iheringia. Série Botânica 64, 63–75.
  2. Flora do Brasil 2020 em construção, 2020. Couma. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB4551 (acesso em 16 de junho 2020)

Ameaças (6):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.3 Tourism & recreation areas habitat,mature individuals past,present,future regional very high
A atividade turística está sendo intensivamente estimulada pelo governo do estado da Bahia. A Coordenação de Desenvolvimento do Turismo - CODETUR, ligada a Secretaria da Cultura e Turismo do governo do estado da Bahia, elaborou o Programa de Desenvolvimento Turístico da Bahia. O objetivo é dotar o estado das condições necessárias para o aproveitamento de suas potencialidades naturais, históricas e culturais, ordenando o espaço territorial e definindo as ações necessárias ao desenvolvimento do turismo. Desta forma, foram definidas Zonas Turísticas e uma delas é a Costa do Cacau, litoral sul, abrangendo os municípios de Itacaré, Uruçuca, Ilhéus, Una e Canavieiras (MMA - Ministério do Meio Ambiente, 1997). A região de Santa Cruz de Cabrália e Porto Seguro apresentou um crescimento urbano mal planejado representado pela ocupação desordenada e pela descaracterização da paisagem. Isto ainda é agravado por causa do turismo que causa um aumento demográfico sazonal e, consequentemente, de lixo e esgoto (Carvalho, 2008). Cairu é um dos dois únicos municípios brasileiros inteiramente arquipelágicos. A partir dos anos 90, o fluxo turístico na região aumentou significativamente e de forma desordenada (Gulberg, 2008). Com uma infra-estrutura que não poderia suportar a crescente demanda de períodos de alta estação, houve graves consequências para o meio ambiente local (Gulberg, 2008). Atualmente, o aumento do turismo de massa contribuiu para o agravamento de problemas na APA, como por exemplo: o desmatamento, a sobre-pesca, a ocupação desordenada do solo, a especulação imobiliária e o acúmulo do lixo (Gulberg, 2008).
Referências:
  1. MMA - Ministério do Meio Ambiente, 1997. Plano de Manejo da Reserva Biológica de Una. Inst. Bras. dos Recur. Nat. Renov. URL http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/REBIO Una.pdf (acesso em 12 de julho de 2018).
  2. Carvalho, C.R. de, 2008. Uma abordagem geográfica do turismo em Porto Seguro. Universidade de São Paulo. Dissertação de Mestrado. São Paulo.
  3. Gulberg, L.D., 2008. Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental das Ilhas de Tinharé e Boipeba - Estudo de caso. Universidade Federal da Bahia. Monografia.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.3 Agro-industry farming habitat past,present,future national very high
Nas últimas quatro décadas, o Brasil tem aumentado a sua produção e a produtividade agrícola de larga escala, com destaque para as commodities, cujas exportações cresceram consideravelmente nas últimas décadas (Gasques et al., 2012, Martorano et al., 2016, Joly et al., 2019). As estimativas realizadas para os próximos dez anos são de que a área total plantada com lavouras deve passar de 75,0 milhões de hectares em 2017/18 para 85,0 milhões em 2027/28 (MAPA, 2019). A Amazônia brasileira, com 330 milhões de hectares, possuía, em 2014, 4.337.700 ha (1,3%) de sua extensão convertidos em áreas agrícolas (TerraClass, 2020). Outra estimativa realizada em 2018, registrou 5.488.480 ha (1,6%) (MapBiomas, 2020) da Amazônia brasileira convertidos em áreas agrícolas. Em 2019, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas na região Norte foi estimada em ca. 9.807.396 kg (IBGE, 2020). Apenas em abril de 2020, foram produzidos ca. 10.492.007 kg desses produtos agrícolas, o que representou um incremento de 7% em relação à produção anual do ano anterior (IBGE, 2020). A produção de soja é uma das principais forças econômicas que impulsionam a expansão da fronteira agrícola na Amazônia brasileira (Fearnside, 2001, Simon e Garagorry, 2005, Nepstad et al., 2006, Vera-Diaz et al., 2008, Domingues e Bermann, 2012, Charity et al., 2016). Segundo o IBGE (2020), na região Norte, em 2019, a produtividade da soja na região Norte foi de ca. 5.703.702 kg, enquanto em abril de 2020, já foram produzidos ca. 6.213.441 kg, representando um incremento de 8.9% em relação à produção anual do ano anterior (IBGE, 2020). Em abril de 2020, a cultura de soja foi responsável por 59,2% de toda produtividade agrícola na região Norte, seguida pelo milho, com 30,1% (IBGE, 2020). A soja é mais prejudicial do que outras culturas, porque estimula projetos de infraestrutura de transporte de grande escala que levam à destruição de habitats naturais em vastas áreas, além daquelas já diretamente utilizadas para cultivo (Fearnside, 2001, Simon e Garagorry, 2005, Nepstad et al., 2006, Vera-Diaz et al., 2008, Domingues e Bermann, 2012).
Referências:
  1. Charity, S., Dudley, N., Oliveira, D., Stolton, S., 2016. Living Amazon Report 2016: A regional approach to conservation in the Amazon. WWF Living Amazon Initiative, Brasília and Quito.
  2. Fearnside, P.M., 2001. Soybean cultivation as a threat to the environment in Brazil. Environ. Conserv. 28, 23–38. URL https://doi.org/10.1017/S0376892901000030
  3. Vera-Diaz, M. del C., Kaufmann, R.K., Nepstad, D.C., Schlesinger, P., 2008. An interdisciplinary model of soybean yield in the Amazon Basin: The climatic, edaphic, and economic determinants. Ecol. Econ. 65, 420–431. URL https://doi.org/10.1016/j.ecolecon.2007.07.015
  4. Gasques, J.G., Bastos, E.T., Valdes, C., Bacchi, M.R.P., 2012. Total factor productivity in Brazilian Agriculture, in: Fuglie, K.O., Wang, S.L., Ball, V.E. (Eds.), Productivity Growth in Agriculture: An International Perspective. CABI, Oxfordshire, pp 145-161.
  5. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, 2020. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. URL www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/agricultura-e-pecuaria/9201-levantamento-sistematico-da-producao-agricola.html
  6. Joly, C.A., Scarano, F.R., Seixas, C.S., Metzger, J.P., Ometto, J.P., Bustamante, M.M.C., Padgurschi, M.C.G., Pires, A.P.F., Castro, P.F.D., Gadda, T., Toledo, P., Padgurschi, M.C.G., 2019. 1º Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. BPBES - Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossitêmicos. Editora Cubo, São Carlos. URL https://doi.org/10.4322/978-85-60064-88-5
  7. MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2019. Projeções do Agronegócio: Brasil 2018/19 a 2028/29, projeções de longo prazo. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Política Agrícola, Brasília. URL http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/informe_estatistico/Projecao_do_Agronegocio_2018_2019_a_2028_29.pdf
  8. MapBiomas, 2020. Plataforma MapBiomas v.4.1 - Base de Dados Cobertura e Uso do Solo. URL https://plataforma.mapbiomas.org/map#coverage (acesso em 03 de junho de 2020).
  9. Martorano, L., Siviero, M., Tourne, D., Fitzjarrald, D., Vettorazzi, C., Junior, S., Alberto, J., Yeared, G., Meyering, É., Sheila, L., Lisboa, S., 2016. Agriculture and forest: A sustainable strategy in the brazilian amazon. Austral. J. Crop Sci. 8, 1136–1143. URL https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/147006/1/martorano-10-8-2016-1136-1143.pdf
  10. Nepstad, D.C., Stickler, C.M., Almeida, O.T., 2006. Globalization of the Amazon Soy and Beef Industries: Opportunities for Conservation. Conserv. Biol. 20, 1595–1603. URL https://doi.org/10.1111/j.1523-1739.2006.00510.x
  11. Domingues, M.S., Bermann, C., 2012. O arco de desflorestamento na Amazônia: da pecuária à soja. Ambient. Soc. 15, 1–22. URL https://doi.org/10.1590/S1414-753X2012000200002
  12. Simon, M.F., Garagorry, F.L., 2005. The expansion of agriculture in the brazilian amazon. Environmental Conservation 32, 203–212. URL https://doi.org/10.1017/s0376892905002201
  13. TerraClass, 2020. Projeto TerraClass, Dados 2014. URL https://www.terraclass.gov.br (acesso em 05 de junho de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national very high
A Caatinga ocupava originalmente 826.411 km² do território brasileiro, porém atualmente cerca de metade de sua cobertura vegetal foi perdida devido à ocupação humana (Antongiovanni et al., 2018, Marinho et al., 2016). Os ambientes remanescentes, encontram-se sob intensa pressão da extração de madeira, pecuária e caça (Marinho et al., 2016).
Referências:
  1. Antongiovanni, M., Venticinque, E.M., Fonseca, C.R., 2018. Fragmentation patterns of the Caatinga drylands. Landsc. Ecol. 33, 1353–1367. URL https://doi.org/10.1007/s10980-018-0672-6
  2. Marinho, F.P., Mazzochini, G.G., Manhães, A.P., Weisser, W.W., Ganade, G., 2016. Effects of past and present land use on vegetation cover and regeneration in a tropical dryland forest. J. Arid Environ. 132, 26–33. URL https://doi.org/10.1016/j.jaridenv.2016.04.006
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2.3.2 Small-holder grazing, ranching or farming habitat past,present,future regional high
No município de Presidente Figueiredo a pecuária encontra-se em desenvolvimento, com perspectivas de aumento futuro, particularmente a criação de bovinos. A área ocupada pela agropecuária situa-se ao longo das estradas BR-174, AM240, onde estão implantadas diversas fazendas e com uma predominância de pastagens, e ao longo das vicinais, onde se pratica predominantemente atividades agrícolas (Eletronorte e Ibama, 1997).
Referências:
  1. Eletronorte - Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A., IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1997. Plano de Manejo da Reserva Biológica Uatumã. Plano Manejo Fase 1. URL http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-planos-de-manejo/rebio_uatuma_pm.pdf (acesso em 12 de setembro de 2019).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future regional high
A exploração desordenada de madeira, animais e a formação de enormes campos para agricultura e a pecuária, fizeram com que muitas espécies vegetais sumissem da região de Humaitá (IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013). Os municípios Cabaceiras do Paraguaçu (BA), Camacan (BA), Canavieiras (BA), Ilhéus (BA), Lençóis (BA), Maraú (BA), Mucugê (BA), Palmeiras (BA), Santa Cruz Cabrália (BA), Santa Helena (MA), Ubaitaba (BA) e Una (BA) possuem, respectivamente, 78,41% (17410,1ha), 13,59% (7948,7ha), 41,66% (55522,9ha), 12,2% (19334,6ha), 11,54% (14807,6ha), 10,02% (8500ha), 21,91% (53937,5ha), 19,67% (14502,4ha), 35,19% (51376,1ha), 37,14% (81520,5ha), 25,58% (4632,7ha) e 13,8% (16873,1ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020).
Referências:
  1. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013. Humaitá. IBGE Cid. URL https://cidades.ibge.gov.br/brasil/am/humaita/panorama (acesso em 24 de agosto de 2013).
  2. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2020. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2018. Municípios: Cabaceiras do Paraguaçu (BA), Camacan (BA), Canavieiras (BA), Ilhéus (BA), Lençóis (BA), Maraú (BA), Mucugê (BA), Palmeiras (BA), Santa Cruz Cabrália (BA), Santa Helena (MA), Ubaitaba (BA) e Una (BA) . URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 20 de março de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 3.2 Mining & quarrying habitat past,present,future national very high
A exploração de diamante foi responsável pela ocupação da região da Chapada Diamantina, sendo a prática mineradora mais significativa da região, embora tenha diminuído muito nos últimos anos. Em Lençóis ainda há muitos garimpeiros artesanais que sobrevivem da exploração de diamante. Este tipo de mineração é inerentemente impactante para a vegetação, uma vez que altera completamente o ambiente (ICMBio, 2007). No município de Humaitá, o garimpo do ouro representa uma boa parte da renda que garante a sobrevivência de muitos e é uma prática presente há anos nas famílias que vivem nas comunidades ribeirinhas da região (Baraúna, 2009). A exploração do ouro é feita ilegalmente e com uso de mercúrio. No município Presidente Figueiredo encontra-se uma importante jazida mineral de cassiterita localizada na sub-bacia do rio Pitinga. Considerada a maior jazida de cassiterita do mundo é explorada desde 1981 pela Mineração Taboca, do Grupo Paranapanema, de onde provém a maior parte da arrecadação de tributos do município. Esta mineração possui uma área de concessão de 122000 ha, dos quais 5 a 6% são explorados com lavra ou infra-estrutura, em 1995 está área era de aproximadamente 7728 ha, não considerando o reservatório da UHE Pitinga (Eletronorte e Ibama, 1997).
Referências:
  1. ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2007. Plano de Manejo do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Ministério do Meio Ambiente. URL http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_chapada_diamantina.pdf
  2. Baraúna, G.M.Q., 2009. Análise das Políticas Governamentais definidas para a Região do Rio Madeira e seus efeitos sobre a pesca artesanal. Universidade Federal do Amazonas. Dissertação de Mestrado. Instituto de Ciências Humanas e Letras Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Manaus - Amazonas.
  3. Eletronorte - Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A., IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1997. Plano de Manejo da Reserva Biológica Uatumã. Plano Manejo Fase 1. URL http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-planos-de-manejo/rebio_uatuma_pm.pdf (acesso em 12 de setembro de 2019).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Itororó - 35 (BA), Território Chapada Diamantina-Serra da Jibóia - 39 (BA).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Baía de Camamu (US), Área de Proteção Ambiental Caminhos Ecológicos da Boa Esperança (US), Área de Proteção Ambiental de Presidente Figueiredo -Caverna do Moroaga (US), Área de Proteção Ambiental Marimbus/Iraquara (US), Parque Nacional da Chapada Diamantina (PI), Parque Nacional Pau Brasil (PI), Refúgio de Vida Silvestre de Una (PI), Reserva Biológica de Una (PI).

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
1. Food - human natural fruit
A polpa branca e viscosa é saborosa, com um sabor único. A fruta esverdeada e globosa tem cerca de 6 cm de diâmetro, contendo algumas sementes pequenas (Tropical Plants Database, 2020).
Referências:
  1. Tropical Plants Database, 2020. Couma rigida. Ken Fern. tropical.theferns.info. URL tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Couma+rigida (acesso em 20 de julho de 2020).
Uso Proveniência Recurso
9. Construction/structural materials natural stalk
A madeira é de textura fina, granulação regular, muito pesada, sem brilho e difícil de cortar. É usado para acabamento interno em construções gerais, caixilhos de portas e janelas, molduras, pisos em parquet, objetos torneados etc (Tropical Plants Database, 2020).
Referências:
  1. Tropical Plants Database, 2020. Couma rigida. Ken Fern. tropical.theferns.info. URL tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Couma+rigida (acesso em 20 de julho de 2020).