LAURACEAE

Cinnamomum tomentulosum Kosterm.

Como citar:

Eduardo Fernandez; Marta Moraes. 2019. Cinnamomum tomentulosum (LAURACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

NT

EOO:

328.577,766 Km2

AOO:

80,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência nos estados: BAHIA, Municípios de Rio de Contas (Moraes 2594), Jacaraci (Carvalho-Sobrinho 2866), Ibicoara (Passos Júnior 295), Mucugê (Ribeiro-Filho 227), Lençóis (Melo PCD1302), Morro do Chapéu (Rocha 453); MINAS GERAIS, Municípios de Santa Bárbara (Semir et al. 28861), Ouro Preto (Lisboa S.N), Uberaba (Roschel S.N), Jequitinhonha (Paula-Souza 5623), Nova Lima (Andrade S.N), São Brás do Suaçuí (Mendes S.N), Catas Altas (Riedel 522), Sabará (Francisco 5590), Diamantina (Irwin 22448), Serra do Salitre (Duarte 3028). Foi registrada entre 1.300-1.400 m (Lorea-Hernánez, 1996).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2019
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Marta Moraes
Categoria: NT
Justificativa:

Árvore ou arbusto de até 6 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Foi documentada em Cerrado, Floresta Ombrófila, Floresta Estacional e em áreas de transição entre Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Apresenta distribuição ampla ao longo da Cadeia do Espinhaço nos estados da Bahia e Minas Gerais, EOO=275773 km², mais de 10 situações de ameaça, presença constante em herbários e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral. Sabe-se que os estados da Bahia e Espírito Santo resguardam atualmente 11% e 10,2% de remanescentes da Mata Atlântica original, respectivamente (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019). O Cerrado perdeu 88 Mha (46%) de sua cobertura vegetal nativa (Strassburg et al., 2017). Mineração a céu aberto, queimadas, extração de madeira e espécies invasoras são grandes ameaças aos Campos Rupestres mineiros (Kolbek e Alves, 2008, Silveira et al., 2016). A queima de vegetação para criação de gado é uma prática comum neste bioma (Kolbek e Alves, 2008; Silveira et al., 2016). Embora a maioria das espécies de Campos Rupestres pareça ser resistente ao fogo (Kolbek e Alves, 2008, Silveira et al., 2016), essa prática intensifica a disseminação do capim invasivo Melinis minutiflora, que é capaz de crescer novamente em áreas queimadas, impedindo a regeneração das espécies nativas (Kolbek e Alves, 2008). Finalmente, a mineração a céu aberto representa uma das maiores causas de redução de biodiversidade ao longo da Cadeia do Espinhaço (Fernandes et al., 2005). Diante desse cenário, portanto, a espécie foi considerada "Quase ameaçada" (NT) novamente. Ações de pesquisa (distribuição, números e tendências populacionais) e conservação (Plano de Ação) são urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza, uma vez que a persistência dos vetores de stress descritos podem ampliar seu risco de extinção no futuro. É crescente a demanda para que se concretize o estabelecimento de um Plano de Ação Nacional (PAN) previsto para os estados da Bahia e Minas Gerais.

Último avistamento: 2011
Quantidade de locations: 16
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Sim
Razão para reavaliação? Other
Justificativa para reavaliação:

A espécie foi avaliada pelo CNCFlora em 2013 (Martinelli e Moraes, 2013) e consta como "Quase Ameaçada (NT) na Portaria 443 (MMA, 2014), sendo então necessário que tenha seu estado de conservação re-acessado após 5 anos da última avaliação.

Houve mudança de categoria: Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 NT

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em: Kostermans, A., 1961. Reinwardtia 6(1): 24. Cinnamomum tomentulosum apresenta variação em sua morfologia vegetativa, como tamanho, formato e pubescência das folhas. Em alguns extremos de variação C. tomentulosum se aproxima da também variável C. haussknechtii. As características que as distinguem são parte inferior das folhas com pelos eretos e abundantes, ápice foliar agudo a longo-acuminado em C. tomentulosum, enquanto C. haussknechtii possui os pelos da parte inferior das folhas esparsos e ápice foliar agudo a obtuso. Caracteriza-se por folhas elípticas, face abaxial pubescente. Inflorescência cimosa paniculada, na axila das folhas. Flores esbranquiçadas. Frutos elipsóides, com cúpula. (Lorea-Hernánez, 1996).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Um estudo na RPPN Mata Samuel de Paula, da Mineração AngloGold, Ashanti registrou 21 indivíduos distribuídos em seis localidades diferentes (Ashanti, 2009). Descrita como ocasional na região da Chapada Diamantina (Passos Júnior et al. 295).
Referências:
  1. Ashanti, A., 2009. Biodiversidade da Mata Samuel de Paula, Belo Horizonte, MG.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: unkown
Biomas: Mata Atlântica, Cerrado
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual
Fitofisionomia: Savana, Floresta Ombrófila Densa, Floresta Estacional Semidecidual
Habitats: 2 Savanna, 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest
Clone: unkown
Rebrotar: unkown
Detalhes: Árvore ou arbusto terrestre entre 3-6 m de altura, ou arbusto de 1-2 m de altura; foi coletada em Cerrado, Floresta Ombrófila, Floresta Estacional, sobre murundum em área de Cerrado, áreas de trnasição entre Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica associadas aos biomas Cerrado e Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019).
Referências:
  1. Cinnamomum in Flora do Brasil 2020 under construction. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB30188>. Accessed on: 14 May 2019

Reprodução:

Detalhes: Floração: setembro, frutificação: novembro e janeiro (Lorea-Hernánez, 1996).
Fenologia: flowering (Mar~May), flowering (Aug~Oct), flowering (Dec~Jan), fruiting (Fev~Mar), fruiting (Nov~Nov)
Estratégia: unknown
Sistema: unkown
Referências:
  1. Lorea-Hernández, F. G., 1996. A systematic revision of the Neotropical species of Cinnamomum Schaeffer (Lauraceae). Saint Louis: University of Missouri.

Ameaças (7):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat,occurrence past,present national very high
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2003).
Referências:
  1. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J., Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biol. Conserv. 142, 1141–1153.
  2. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles. https://www.cepf.net/sites/default/files/atlantic-forest-ecosystem-profile-2001-english.pdf (acesso em 31 de agosto 2018).
  3. Simões, L.L., Lino, C.F., 2003. Sutentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat,occurrence past,present local high
O forte vetor de ocupação que ocorre na porção sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte intensifica a pressão a que estão submetidos os remanescentes florestais presentes na região (Werneck et al., 2010).
Referências:
  1. Werneck, M. D. S.; Rezemnde, S.G.; Brina, A. E.; Efranceschinelli, D. V., 2010. Composição florística do componente arbóreo e afinidade fitogeográfica de uma floresta semidecídua em Nova Lima, MG. Revista Brasil. Bot., v. 33, n. 4, p. 547-561.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2 Agriculture & aquaculture habitat past,present,future national very high
O Cerrado perdeu 88 Mha (46%) de sua cobertura vegetal nativa, e apenas 19,8% permanecem inalterados. Entre 2002 e 2011, as taxas de desmatamento no Cerrado (1% por ano) foram 2,5 vezes maiores que na Amazônia. A proteção atual permanece fraca. As áreas protegidas públicas cobrem apenas 7,5% do bioma (em comparação com 46% da Amazônia) e, de acordo com o Código Florestal brasileiro, apenas 20% (em comparação com 80% na Amazônia) de terras privadas são destinadas a conservação (Strassburg et al., 2017). Como resultado, 40% da vegetação natural remanescente pode agora ser legalmente convertida (Soares-Filho et al., 2014)
Referências:
  1. Strassburg, B.B.N., Brooks, T., Feltran-Barbieri, R., Iribarrem, A., Crouzeilles, R., Loyola, R., Latawiec, A.E., Oliveira-Filho, F.J.B., Scaramuzza, C.A.M., Scarano, F.R., Soares-Filho, B., Balmford, A., 2017. Moment of truth for the Cerrado hotspot. Nat. Ecol. Evol. 1, 0099.
  2. Soares-Filho, B., Rajão, R., Macedo, M., Carneiro, A., Costa, W., Coe, M., Rodrigues, H., Alencar, A., 2014. Cracking Brazil’s Forest Code. Science (80-. ). 344, 363–364.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming habitat,occurrence past,present,future national high
A ocupação do Cerrado pela atividade pecuária se deu a partir da década de 1920, com a indústria de café em plena atividade. Mais tarde, com incentivos do governo federal, a atividade pecuária iniciou o processo de ocupação e conversão do Cerrado em pastagens (Klink e Moreira, 2002, Sano et al., 2008). Desde então, a pecuária passou a ocupar extensas áreas e estabeleceu-se como uma das principais atividades econômicas no país (Sano et al., 2008), recebendo cada vez mais subsídios governamentais, tais como, a criação do Conselho para o Desenvolvimento da Pecuária (Rachid et al., 2013). No início, a pecuária beneficiou-se de gramíneas nativas (Silva et al., 2015) e posteriormente o uso de tecnologias e a introdução de gramíneas exóticas para melhoramento das pastagens contribuíram para o sucesso da atividade no Cerrado (Ratter et al., 1997), sendo a região responsável por 41% do leite e 40% da carne bovina produzida no Brasil (Pereira et al., 2012). As pastagens cultivadas ocupam cerca de 26,5% do território e representam o principal uso do solo do Cerrado (Sano et al., 2008). Além dos impactos do gado sobre a vegetação nativa, a atividade pecuária historicamente está associada à queimadas realizadas para renovação da pastagem para o gado (Kolbek e Alves, 2008, Silva et al., 2015), as quais muitas vezes fogem de controle e tornam-se grandes incêndios (Verdi et al., 2015).
Referências:
  1. Klink, C.A., Moreira, A.G., 2002. Past and current human occupation, and land use. In: Oliveira, P.S., Marquis, R.J. (Eds.). The Cerrados of Brazil. Columbia University Press, Nova Iorque, p.69-88.
  2. Sano, E.E., Rosa, R., Brito, J.L.S., Ferreira, L.G., 2008. Mapeamento semidetalhado do uso da terra do Bioma Cerrado. Pesqui. Agropecuária Bras. 43, 153–156.
  3. Rachid, C.T.C.C., Santos, A.L., Piccolo, M.C., Balieiro, F.C., Coutinho, H.L.C., Peixoto, R.S., Tiedje, J.M., Rosado, A.S., 2013. Effect of sugarcane burning or green harvest methods on the Brazilian Cerrado soil bacterial community structure. PLoS One 8, e59342.
  4. Silva, S.D., Mateus, R.A., Braz, V. da S., Peixoto, J. de C., 2015. A fronteira do gado e a Melinis Minutiflora P. Beauv. (POACEAE): a história ambiental e as paisagens campestres do Cerrado goiano no século XIX. Sustentabilidade em Debate 6, 17–32.
  5. Ratter, J.A., Ribeiro, J.F., Bridgewater, S., 1997. The Brazilian Cerrado vegetation and threats to its biodiversity. Ann. Bot. 80, 223–230.
  6. Pereira, P.A.A., Martha-Jr., G.B., Santana, C.A.M., Alves, E., 2012. The development of Brazilian agriculture: future technological challenges and opportunities. Agric. Food Secur. 1, 1–12.
  7. Kolbek, J., Alves, R.J.V., 2008. Impacts of cattle, fire and wind in Rocky Savannas, Southeastern Brazil. Acta Univ. Carolinae, Environ. 22, 111–130.
  8. Verdi, M., Pougy, N., Martins, E., Sano, P.T., Ferreira, P.L., Martinelli, G., 2015. Vetores de pressão que incidem sobre a flora em risco de extinção da Serra do Espinhaço Meridional, in: Pougy, N., Verdi, M., Martins, E., Loyola, R., Martinelli, G. (Eds.), Plano de Ação Nacional Para a Conservação Da Flora Ameaçada de Extinção Da Serra Do Espinhaço Meridional. CNCFlora : Jardim Botânico do Rio de Janeiro : Laboratório de Biogeografia da Conservação : Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro, pp. 33–47.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2 Agriculture & aquaculture habitat past,present local high
O município de Rio de Contas (BA) com 107107 ha tem 22125 ha (21%) de seu território convertidos em pastagem (Lapig, 2019). ​A região de Rio das Contas, BA, onde a espécie é encontrada tem um histórico de ocupação das terras por plantações, sendo no passado utilizada nas plantações e cacau e recentemente para o Setor Agroindustrial de polpa de frutas, incentivado pelo projeto Agropólo do Vale do Rio das Contas (Araújo et al. 2004). O município de Mucugê tem 5,9% de seu território (14705 ha) transformados em pastagem (Lapig, 2018). A Chapada Diamantina (municípios de Ibicoara, Mucugê e Abaíra) é uma importante região produtora de frutas, batatas e de um dos melhores cafés do Brasil. E foi justamente batata e café que a família do Fabiano Borré começou a cultivar décadas atrás (G1/Globo Repórter, 2016). O município de Mucugê com 246148 ha tem 13,6% de seu território (33586 ha) convertido em agricultura de cana-de-açúcar e milho (Lapig, 2019). Nos cerrados da região de Mucugê, por exemplo, as medidas de correção do solo vêm possibilitando uma agricultura em larga escala (Harley et al., 2005), além da adoção de tecnologias modernas para o uso da irrigação (MMA, 2007).
Referências:
  1. Lapig, 2019. http://maps.Lapig.iesa.ufg.br/Lapig.html (acesso em 17 de maio 2019).
  2. Araújo, A.C.D., Midlej, R.R., Góes, A.O.S., 2004 Algumas características do Agropólo do Vale do Rio das Contas no Estado da Bahia. XLII Congresso da SOBER. http://www.sober.org.br/palestra/12/05O268.pdf. (Acesso em: 20 de julho 2018).
  3. Globo Reporter, 2016. Disponível em: http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2016/11/circulos-cheios-de-videiras-mudam-o-cenario-da-chapada-diamantina.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=grep (acesso em setembro 2018)
  4. Harley, R.M., Giulietti, A.M., Grilo, A.S., Silva, T.R.S., Funch, L., Funch, R.R., Queiroz, L.P., França, F., Melo, E., Gonçalves, C.N., Nascimento, F.H.F., 2005. Cerrado, in: Juncá, F.A., Funch, L., Rocha, W. (Orgs.), Biodiversidade e Conservação da Chapada Diamantina. Ministério do Meio Ambiente, Brasília, p. 121–152.
  5. MMA, 2007. Plano de Manejo do Parque Nacional da Chapada Diamantina. MMA - Ministério do Meio Ambiente., Brasília, 657 p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 7.1.1 Increase in fire frequency/intensity habitat present local medium
Queimadas freqüentes, na Chapada Diamantina no município de Mucugê (Tanan e Chaves, 2012).
Referências:
  1. Tanan, K.C.R., Chaves, J.M.A., 2012. Educação ambiental como prática propositiva na intervenção das queimadas no município de Mucugê, Chapada Diamantina. 1º Seminário Nacional de Geoecologia e planejamento territorial e 4º Seminário do Geoplan. Anais... Aracajú, SE. Disponível em : <http://anais.geoplan.net.br/trabalhos_formatados/A%20EDUCACAO%20AMBIENTAL%20COMO%20PRATICA%20PROPOSITIVA.pdf>.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 3.2 Mining & quarrying habitat past,present local high
A exploração de diamante foi responsável pela ocupação da região da Chapada Diamantina, sendo a prática mineradora mais significativa da região, embora tenha diminuído muito nos últimos anos. Em Lençóis ainda há muitos garimpeiros artesanais que sobrevivem da exploração de diamante e em Palmeiras, embora a prática garimpeira ainda está ativa, é praticada em menor escala. Este tipo de mineração é inerentemente impactante para a vegetação, uma vez que altera completamente o ambiente (MMA, 2007). Alguns municípios da Bahia tiveram perda de habitat maior do que 90%, como Lençóis (92,28%), que também tem 7,8% de seu território (10086 ha) transformados em pastagem (Lapig, 2019). A atividade mineradora no município de Diamantina, Minas Gerais, já foi a principal fonte de economia da região, causando grande prejuízo ao meio ambiente (Giulietti et al., 1987).
Referências:
  1. MMA, 2007. Plano de Manejo do Parque Nacional da Chapada Diamantina. MMA - Ministério do Meio Ambiente., Brasília, 657 p.
  2. Lapig, 2019. http://maps.Lapig.iesa.ufg.br/Lapig.html (acesso em 17 de maio 2019).
  3. Giulietti, N., Giulietti, A.M., Pirani, J.R., Menezes, N.L., 1987. Estudos em sempre-vivas: importância econômica do extrativismo em Minas Gerais, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 1(2):179-193.

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada dentro dos limites das seguintes Unidades de Conservação (SNUC): ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL CACHOEIRA DAS ANDORINHAS, ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL SUL-RMBH, RESERVA BIOLÓGICA DA MATA ESCURA, ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL SERRA DO BARBADO, PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DIAMANTINA, ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL MARIMBUS / IRAQUARA, RPPN SANTUÁRIO DO CARAÇA; RPPN DA MAGNESITA S.A.,RESERVA BIOLÓGICA DO JAMBREIRO.
Ação Situação
2.1 Site/area management on going
A espécie foi avaliada como "Quase Ameaçada" (NT) e está incluída no ANEXO I da Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014).
Referências:
  1. Ministério do Meio Ambiente (MMA), 2014. Portaria nº 443/2014. Anexo I. Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção. Disponível em: http://dados.gov.br/dataset/portaria_443. Acesso em 14 de abril 2019.
Ação Situação
2.1 Site/area management on going
A espécie ocorre em dois territórios que serão contemplados por Planos de Ação Nacional (PANs) Territoriais, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Centro-Minas - TER10 (MG) e Território Mucugê - TER40 (BA).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.