Oleaceae

Chionanthus greenii Lombardi

Como citar:

Eduardo Fernandez; Mário Gomes. 2020. Chionanthus greenii (Oleaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

DD

EOO:

0,00 Km2

AOO:

8,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Sampaio, 2020), com a seguinte distribuição: MINAS GERAIS, São Gonçalo do Rio Abaixo.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Mário Gomes
Categoria: DD
Justificativa:

Árvore com até 4 m, endêmica do Brasil (Sampaio, 2020), foi registrada em Floresta Estacional Semidecidual associada a Mata Atlântica presente no estado de Minas Gerais, município de São Gonçalo do Rio Abaixo. Apresenta distribuição restrita, AOO=4 km² e uma situação de ameaça identificadas. Entretanto, é conhecida somente pelo material-tipo, e desde sua descrição (2006), pouco se avançou em relação ao estado de conhecimento da C. greenii. Assim, diante da carência de dados geral e da ausência de informações sobre a subpopulação conhecida deste táxon em áreas florestais próximas a localidade típica (Lombardi, 2006), a espécie foi considerada como Dados Insuficientes (DD) neste momento. Estudos direcionados buscando encontrar a espécie na localidade típica e em outras localidades próximas fazem-se necessários para melhorar o conhecimento sobre sua distribuição e dinâmica populacional e assim possibilitar uma robusta avaliação de seu risco de extinção, urgente diante do aumento dos vetores de pressão que se apresentam para sua região de ocorrência (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001; Lapig, 2020; Ribeiro et al., 2009; SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019).

Último avistamento: 2003
Quantidade de locations: 2
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Kew Bull. 61(2): 179, 2006. É reconhecida por pela combinação única de indumento estrigoso, inflorescências curtas e congestas, pequenos lobos de corola e anteras reniformes (Lombardi, 2006).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Estacional Semidecidual
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest
Detalhes: Árvore com até 4 m (Lombardi, 2006). A espécie ocorre na MATA ATLÂNTICA, em Floresta Estacional Semidecidual (Sampaio, 2020).
Referências:
  1. Lombardi, J.A., 2006. Chionanthus greenii (Oleaceae), a New Species from Minas Gerais, Brazil. Kew Bull. 61, 179–182.
  2. Sampaio, D., 2020. Oleaceae. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10977 (acesso em: 10 de maio de 2020).

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present,future regional very high
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Ecosystem Profile Atlantic Forest Biodiversity Hotspot Brazil. CEPF Conserv. Int. URL http://www.cepf.net/Documents/final.atlanticforest.ep.pdf (acesso em 31 de agosto de 2018).
  2. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J., Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biol. Conserv. 142, 1141–1153. https://doi.org/10.1016/j.biocon.2009.02.021
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.2.3 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present national high
O município de São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) possui, 11% (3881ha) de seu território convertido em áreas de monocultura de eucalipto (Lapig, 2020).
Referências:
  1. Eisfeld, R.D.L., Nascimento, F.A.F., 2015. Mapeamento dos plantios florestais do estado do Paraná - Pinus e Eucalyptus. Instituto de Florestas do Paraná, Curitiba.
  2. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2020. URL https://maps.lapig.iesa.ufg.br/lapig.html (acesso em 20 de março de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present national high
Os municípios de São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) possue 30% (10787ha) de seu território convertido em áreas de pastagem (Lapig, 2020).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2020. URL https://maps.lapig.iesa.ufg.br/lapig.html (acesso em 20 de março de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3.5 Motivation Unknown/Unrecorded national high
Os município de São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) possui 10,22% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019).
Referências:
  1. SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2019. São Gonçalo do Rio Abaixo. Aqui tem Mata? URL http://www.aquitemmata.org.br/#/busca/mg/Minas Gerais/São Gonçalo do Rio Abaixo (acesso em 12 de setembro 2019).
  2. SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2019. Bocaiúva do Sul. Aqui tem Mata? https://www.aquitemmata.org.br/#/busca/pr/Paraná/Bocaiúva do Sul(acesso em 21 de maio de 2019).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.1 Site/area protection needed
A espécie não é conhecida em nenhuma unidade de conservação, mas claramente existe a necessidade de melhorar a proteção do habitat nos locais onde se sabe que ela ocorre. São necessárias pesquisas adicionais para determinar se esta espécie está ou não experimentando um declínio efetivo ou está passando por flutuações naturais da população.
Ação Situação
5.1.1 International level on going
De acordo com o autor da espécie (Lombardi, 2006), Chionanthus greenii é considerada Deficiente de Dados pelos critérios da IUCN.
Referências:
  1. Lombardi, J.A., 2006. Chionanthus greenii (Oleaceae), a New Species from Minas Gerais, Brazil. Kew Bull. 61, 179–182.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.