ORCHIDACEAE

Cattleya amethystoglossa Linden & Rchb.f.

Como citar:

Danielli Cristina Kutschenko; Tainan Messina. 2012. Cattleya amethystoglossa (ORCHIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

NT

EOO:

97.964,567 Km2

AOO:

52,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre na Mata Atlântica, exclusivamente no estado da Bahia (Barros et al., 2011).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Danielli Cristina Kutschenko
Revisor: Tainan Messina
Categoria: NT
Justificativa:

<i>Cattleya amethystoglossa</i> é uma espécie epífita ocorrente em ambiente deMata Atlântica e Caatinga exclusivamente no estado da Bahia a 600m e 1200m de altitude. Possui umaextensão de ocorrência de 81.139km². Apesar depossuir distribuição ampla e algumas ações de conservação, a espéciepossui potencial ornamental e aparentemente não ocorre em áreas protegidas. Desta forma, <i>Cattleya amethystoglossa</i> é uma espécie Quase ameaçada (NT), maiores estudos populacionais ede extração poderão levá-la a uma nova avaliação futuramente.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​Sugerida por Linden e Reichenbach, em 1857, Cattleya amethystoglossa foi efetivamente publicada por Warner em Select Orchidaceous Plants, em 1862, baseando-se em um exemplar brasileiro recebido por Linden em Bruxelas. O epíteto específico deriva do grego amethystos ("ametista") e glossa ("língua"), em referência a cor do labelo dessa espécie (Toscano de Brito; Cribb, 2005)

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila densa (Barros; Rodrigues; Batista, 2009). Ocorre em Mata Atlântica, caatinga e matas estacionais no sul, planícies centrais e parte nordeste da Chapada Diamantina (, Cruz; Broba; van den Berg, 2003)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Erva epífita, raro rupícula, de 34-46 cm altura. Floresce de agosto a novembro e é facilmente reconhecida pelasinflorescências róseas multifloras e ápice dos lobos laterais truncado. Osexemplares do sul do estado freqüentemente apresentam as pétalas e sépalas de coloraçãocreme pintalgadas de magenta (Cruz; Broba; van den Berg, 2003). De acordo comToscano de Brito e Cribb (2005) a espécie ocorre na Chapada Diamantina comoepífita sobre palmeiras, em vegetação de caatinga, a c.600m. Floresce entreoutubro e novembro. A grande maioria das espécies da famíliaOrchidaceae é perenes e hermafroditas (Barros, com. pess.)

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Extraction
Este gênero é um dosmais importantes da família devido ao elevado valor ornamental, e todas asespécies têm sido coletadas intensamente na natureza para cultivo. A elevadafreqüência com a qual vem correndo essaprocura tem levado a uma redução e desaparecimento de várias populações e,conseqüentemente, várias destas espécies apresentam-se ameaçadas de extinção.Porém, as espécies do gênero são muito pobremente representadas em coleções deherbário (Cruz; Borba; van den Berg, 2003)

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
​(CR) Criticamente na Lista vermelha da flora de Minas Gerais (COPAM-MG, 1997).
Ação Situação
5.7 Ex situ conservation actions on going
​O Jadim Botânico de Brasília desde 2006 vem atuando com micropropagação in vitro de sementes da espécie com quase 100% de êxito de germinação das sementes viáveis (Breda; Silva; Lemos, 2006). Ventura (2007) também realizou experimentos com a mesma técnica e concluiu ser viável esta técnica, desenvolvendo um protocolo de propagação de sementes.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
​Espécie Ornamental (Menini Neto, com. pess.).