MELASTOMATACEAE

Cambessedesia gracilis Wurdack

Como citar:

Tainan Messina; Eduardo Fernandez. 2011. Cambessedesia gracilis (MELASTOMATACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

5.085,684 Km2

AOO:

72,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Segundo a Flora do Brasil (Martins; Bernardo, 2010), a espécie é endêmica da Bahia, na Chapada Diamantina, mais precisamente nos campos rupestres de Andaraí (Campo do Queiroz, Campo de Ouro Fino e Serra do Bicota), Rio de Contas (Serra do Porco Gordo, Serra da Mesa e Serra do Porco Gordo) e de Água Quente (Pico das Almas; Rodrigues, 2009).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2011
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Eduardo Fernandez
Critério: B1ab(iii)+2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Cambessedesia gracilis</i> é endêmica do estado da Bahia. A espécie ocorre na Chapada Diamantina, mais precisamente em três diferentes situações de ameaça: nos Campos Rupestres do município de Andaraí (Campo do Queiroz, Campo de Ouro Fino e Serra do Bicota); no município de Rio de Contas (Serra do Porco Gordo, Serra da Mesa e Serra do Porco Gordo) e no município de Água Quente (Pico das Almas). Com EOO menor que 5.000 Km², a espécie está sujeita a declínio constante da qualidade de habitat, devido a sobre pastejo e impactos negativos do turismo. Por estas razões, <i>Cambessedesia gracilis</i> foi considerada Em Perigo<i> </i>(EN).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Cambessedesia gracilis apresenta variação da forma das folhas. Tal variação foi evidenciada quando se reuniu todo material desta coleção, inclusive o holótipo deste táxon. Esta espécie é tradicionalmente reconhecida pelas folhas filiformes, entretanto, verificou-se que se observarmos alguns indivíduos isoladamente não hesitaríamos em tratá-los como táxons distintos. As coletas Ganev 220 e 221 demonstram claramente que, em uma mesma localidade (Catolés) podemos encontrar indivíduos com folhas filiformes e com folhas oval-lanceoladas, sendo esta última, presente no holótipo destaespécie (Rodrigues, 2009).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Caatinga
Fitofisionomia: Ocupam solos pedregosos, úmidos, especialmente próximos a afloramentos rochosos (Rodrigues 2009).
Habitats: 6 Rocky Areas [e.g. inland cliffs, mountain peaks]
Detalhes: Essa espécie ocorre na Caatinga (Martins; Bernardo, 2010), ocorrendo em solos pedregosos, úmidos, especialmente próximos a afloramentos rochosos (Rodrigues, 2009). Flores e frutos são encontrados de Março a Agosto, com pico de floração provavelmente entre os meses de Maio a Julho (Rodrigues, 2009).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture local high
​A espécie encontra-se em uma microrregião que concentra cinco agroindústrias de beneficiamento de cachaça (quatro no município de Abaíra e uma no município de Rio de Contas), o que configura uma ameaça à espécies, comprometendo a qualidade de seu habitat (Santos Sales; Silva, 2008).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
Deficiente de dados (DD). Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.