Malpighiaceae

Byrsonima cydoniifolia A.Juss.

Como citar:

Gláucia Crispim Ferreira; Mário Gomes. 2020. Byrsonima cydoniifolia (Malpighiaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

4.237.414,834 Km2

AOO:

688,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Amapá — no município Ferreira Gomes —, no estado da Bahia — nos municípios Barreiras, Belmonte, Brotas de Macaúbas, Caetité, Campo Formoso, Cristópolis, Feira de Santana, Formosa do Rio Preto, Jacobina, Lençóis, Licínio de Almeida, Luis Eduardo Magalhães, Miguel Calmon, Palmeiras, Pindobaçu, Riachão das Neves, Rio de Contas, Santa Rita de Cássia, São Desidério, Senhor do Bonfim, Tabocas do Brejo Velho, Umburanas e Vitória da Conquista —, no Distrito Federal — no município Brasília —, no estado de Goiás — nos municípios Alvorada do Norte, Aruanã, Cabeceiras, Caiapônia, Cocalzinho de Goiás, Flores de Goiás, Montes Claros de Goiás, Nova Roma, Sao Domingos e Vila Boa —, no estado do Maranhão — no município Balsas —, no estado do Mato Grosso — nos municípios Alto Garças, Alto Paraguai, Araguainha, Barao de Melgaco, Barão de Melgaço, Barra do Garças, Cáceres, Chapada dos Guimarães, Cocalinho, Cuiabá, Itiquira, Nova Ubiratã, Nova Xavantina, Nova Xaventina, Novo Santo Antônio, Poconé, Ponte Branca, Porto Estrela, Rondonópolis, Santa Cruz do Xingu, Santa Terezinha, Serra Nova Dourada, Tangará da Serra, Vila Bela da Santís. Trindade e Vila Bela da Santissima Trindade —, no estado do Mato Grosso do Sul — nos municípios Aquidauana, Corumbá, Coxim, Miranda, Rio Verde de Mato Grosso e Sonora —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Capitólio, Delfinópolis, Diamantina, Jaboticatubas, Januária, Rio Pardo de Minas e Serro —, Paráíba — nos municípios Baía da Traição, Cabedelo, Conde, Mamanguape e Rio Tinto —, no estado de Pernambuco — nos municípios Arcoverde, Brejo da Madre de Deus e Ilha de Itamaracá —, no estado do Piauí — nos municípios Capitão de Campos, Piracuruca e Piripiri —, no estado do Rio Grande do Norte — no município Nísia Floresta —, no estado de São Paulo — no município Pereira Barreto —, no estado de Sergipe — nos municípios Areia Branca e Pirambu —, e no estado do Tocantins — nos municípios Arraias, Bom Jesus do Tocantins, Caseara, Conceição do Tocantins, Cristalândia, Dianópolis, Formoso do Araguaia, Goiatins, Gurupi, Ipueiras, Lagoa da Confusão, Mateiros, Paranã, Peixe, Pium e Porto Nacional.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Gláucia Crispim Ferreira
Revisor: Mário Gomes
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore não endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Popularmente conhecida por Canjiqueira no Pantanal e Murici, foi coletada em Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu) e Restinga associadas a Caatinga, Cerrado e Pantanal nos estados do Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso Do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande Do Norte, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Apresenta distribuição ampla, constante presença em herbários, inclusive com coleta recente, e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral e em áreas onde ainda predominam na paisagem extensões significativas de ecossistemas florestais em estado prístino de conservação. A espécie ocorre em múltiplas fitofisionomias e em distintos domínios fitogeográficos de forma frequente na maior parte das localidades em que foi registrada. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.

Último avistamento: 2017
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Fl. Bras. Merid. (quarto ed.) 3(22): 77, 1833. Popularmente conhecida como Canjiqueira no Pantanal e Murici (Martendal et al., 2013 ,Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). As informações da espécie foram validadas pelo especialista através do questionário (Rafael Felipe de Almeida, comunicação pessoal, 2020).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Caatinga, Cerrado, Pantanal
Vegetação: Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Restinga
Habitats: 2.1 Dry Savanna, 3.5 Subtropical/Tropical Dry Shrubland, 4.5 Subtropical/Tropical Dry Lowland Grassland
Detalhes: Árvore de até 7,5 metros de altura.
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção, 2020. Byrsonima. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio Janeiro. URL http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB19420 (acesso em 18 de maio de 2020).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming habitat past,present,future national very high
A pecuária é uma das principais fontes de renda e subsistência para os habitantes da Caatinga (Antongiovanni et al., 2018). Em geral, bovinos, caprinos e ovinos são criados em regime de liberdade, tendo acesso à vegetação nativa como base de sua dieta (Marinho et al. 2016). Estudos apontam que no Cerrado brasileiro restam apenas 50% da cobertura florestal natural. A taxa de desmatamento tem aumentado, principalmente devido à expansão do gado, indústrias de soja, reservatórios de hidrelétricas e expansão de áreas urbanas (Françoso et al,. 2015, Ratter et al., 1997).
Referências:
  1. Antongiovanni, M., Venticinque, E.M., Fonseca, C.R., 2018. Fragmentation patterns of the Caatinga drylands. Landsc. Ecol. 33, 1353–1367. https://doi.org/10.1007/s10980-018-0672-6
  2. Marinho, F.P., Mazzochini, G.G., Manhães, A.P., Weisser, W.W., Ganade, G., 2016. Effects of past and present land use on vegetation cover and regeneration in a tropical dryland forest. J. Arid Environ. 132, 26–33. https://doi.org/10.1016/j.jaridenv.2016.04.006
  3. Françoso, R.D., Brandão, R., Nogueira, C.C., Salmona, Y.B., Machado, R.B., Colli, G.R., 2015. Habitat loss and the effectiveness of protected areas in the Cerrado Biodiversity Hotspot. Nat. Conserv. 13, 35–40. https://doi.org/10.1016/j.ncon.2015.04.001
  4. Ratter, J.A., Ribeiro, J.F., Bridgewater, S., 1997. The Brazilian Cerrado Vegetation and Threats to its Biodiversity. Ann. Bot. 80, 223–230. https://doi.org/10.1006/anbo.1997.0469

Ações de conservação (4):

Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Espinhaço Mineiro - 10 (MG), Território Cerrado Tocantins - 12 (TO), Território Sacramento - 15 (MG), Território Itororó - 35 (BA), Território Chapada Diamantina-Serra da Jibóia - 39 (BA), Território Formosa - 9 (GO).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Barra do Rio Mamanguape (US), Área de Proteção Ambiental Bonfim/Guaraíra (US), Área de Proteção Ambiental da Chapada dos Guimarães (US), Área de Proteção Ambiental do Boqueirão da Onça (US), Área de Proteção Ambiental do Planalto Central (US), Área de Proteção Ambiental do Rio Preto (US), Área de Proteção Ambiental Ilha do Bananal/Cantão (US), Área de Proteção Ambiental Jalapão (US), Área de Proteção Ambiental Marimbus/Iraquara (US), Área de Proteção Ambiental Meandros do Araguaia (US), Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira (US), Área de Proteção Ambiental Nascentes do Rio Paraguai (US), Área de Proteção Ambiental Serra do Barbado (US), Estação Ecológica da Serra das Araras (PI), Estação Ecológica de Águas Emendadas (PI), Parque Estadual do Cantão (PI), Parque Estadual do Jalapão (PI), Parque Estadual do Xingu (PI), Parque Nacional da Serra da Canastra (PI), Parque Nacional da Serra do Cipó (PI), Parque Nacional do Araguaia (PI), Reserva de Desenvolvimento Sustentável Nascentes Geraizeiras (US), Reserva Extrativista Lago do Cedro (US).
Ação Situação
2.1 Site/area management on going
A espécie foi avaliada como Vulnerável (VU) na lista oficial das espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo (SMA, 2016).
Referências:
  1. SMA - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2016. Resolução nº 57, de 05 de junho de 2016. Lista de espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo. Diário Oficial do Estado de São Paulo, 07/06/2016, Seção I, pp. 69-71. URL https://cetesb.sp.gov.br/licenciamentoambiental/wp-content/uploads/sites/32/2019/05/Resolução-SMA-nz-57-2016.pdf (acesso em 30 de julho de 2020).
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional (Pougy et al., 2015).
Referências:
  1. Pougy, N., Verdi, M., Martins, E., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), 2015. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional. CNCFlora: Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Laboratório de Biogeografia da Conservação: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 100 p.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.