BROMELIACEAE

Bromelia balansae Mez

Como citar:

Miguel d'Avila de Moraes; Tainan Messina. 2012. Bromelia balansae (BROMELIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

4.720.032,161 Km2

AOO:

292,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie é amplamente distribuída, não representando um endemismo do Brasil (Martinelli et al, 2008; Forzza et al, 2011). Ocorre aqui nas regiões Norte (Amazonas), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Santa Catarina). Ocorre também na Colômbia, Bolívia, Argentina e Paraguai (Wanderley et al, 2007). Foi registrada ocorrendo entre 480 e 1.040 m de altitude (Versieux, 2005; Versieux; Wendt, 2006).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>Bromelia balansae </i>não é endêmica do Brasil e possui ampla distribuição (EOO=3.943.083 km²). Além disso, não possui ameaças descritas e está protegida por unidades de conservação (SNUC). Por estas razões a espécie foi considerada como "Menos preocupante" (LC).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

A espécie foi originalmente descrita por Mez na obra Fl. bras. 3(3): 191. (1894). Espécie cespitosa, é comum estar representada em herbários apenas por partes da inflorescência jovem, brácteas ou frutos, o que dificulta ou impossibilita sua identificação (Versieux, 2005). Conhecida popularmente como "banana-do-mato-de-balansa", a espécie lembra vegetativamente Ananas bracteatus e A. fritzmuelleri, das quais se diferencia principalmente pelos frutos em forma de bagas carnosas que lembram os frutos alaranjados do bacupari; muito semelhante ainda à Bromelia antiacantha e com a qual pode ser facilmente confundida no aspecto vegetativo (Reitz, 1983).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Florestas Ombrófilas Densas, Florestas Ombrófilas Mistas, Florestas Estacionais Semideciduais e Deciduais (Martinelli et al, 2009). No bioma Cerrado, ocorre em Campo Cerrado, cerrado sensu strictu e Cerradão (Wanderley et al, 2007), Campos Rupestres (Versieux, 2005; Versieux; Wendt, 2006). Ocorre também nos solos muito úmidos dos subosques dos pinhais não muito densos, nas florestas aluviais e menos frequentemente no interior da floresta latifoliada do Alto Uruguai (Reitz, 1983).
Habitats: Forest Subtropical/ Tropical Dry, Moist Lowland, Moist Montane/ Savanna Dry, Moist/ Rocky Areas
Detalhes: Planta herbácea, terestre (Reitz, 1983; Versieux, 2005; Versieux; Wendt 2006; Wanderley et al, 2007), foi registrada com flores entre agosto e fevereiro, com floração concentrada em outubro. Frutifica entre fevereiro, março a maio (Versieux, 2005; Wanderley et al, 2007). A espécie apresenta sistema reprodutivo auto-incompatível, apresentando sindrome de polinização ornitófila (Barbosa-Filho; Araujo, 2007). Seus frutos foram registrados sendo dispersos por Tapirus terrestris (zoocoria) (Tófoli, 2006). Ocorre em Florestas Ombrófilas Densas, Florestas Ombrófilas Mistas, Florestas Estacionais Semideciduais e Deciduais (Martinelli et al, 2009). No bioma Cerrado, ocorre em Campo Cerrado, cerrado sensu stricto, Cerradão (Wanderley et al, 2007), Campos Rupestres (Versieux, 2005; Versieux; Wendt, 2006). Ocorre também nos solos muito úmidos dos subosques dos pinhais não muito densos, nas florestas aluviais e menos frequentemente no interior da floresta latifoliada do Alto Uruguai (Reitz, 1983). Todos associados aos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica (Martinelli et al, 2008; 2009; Forzza et al, 2011).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre em diversas unidades de conservação (SNUC) de diferentes categorias e estancias ao longo de sua extensa área de distribuição (e.g. Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense; Reserva Particular Do Patrimônio Natural (RPPN) Da Fazenda Da Barra; ARIE Cerrado Pé-de-Gigante; Parque Nacional da Emas; Parque Nacional da Serra do Cipó;Parque Estadual da Serra do Brigadeiro;. Parque Estadual Lago Azul) (Arrais, 1989; Batalha, 1997; Baptista-Maria; Maria 2008; Lima, 2008; Silva, 2009).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Rio Grande do sul (CONSEMA-RS, 2002).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
​A espécie é utilizada como planta ornamental e pode ser vista empregada em redes-vivas (Reitz, 1983).