RUBIACEAE

Borreria amapaensis E.L.Cabral & Bacigalupo

Como citar:

Rodrigo Amaro; Luiz Santos. 2014. Borreria amapaensis (RUBIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

DD

EOO:

0,00 Km2

AOO:

8,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo no estado do Amapá (Cabral & Salas, 2013), na capital Macapá, no rio Pedreira (Cabral et al., 2009).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2014
Avaliador: Rodrigo Amaro
Revisor: Luiz Santos
Categoria: DD
Justificativa:

Espécie descrita recentemente, conhecida por apenas um registro de coleta, realizado no estado do Amapá, na capital Macapá, em regiões campestres das margens do rio Pedreira (Cabral et al., 2009; Cabral & Salas, 2013). Devido a escassez de informações sobre sua real distribuição geográfica, ecologia e ameaças incidentes à sua área de ocorrência não é possível avaliar o risco de extinção da espécie. Investimentos em pesquisa e expedições à campo são necessárias a fim de ampliar o conhecimento sobre o táxon.

Quantidade de locations: 1
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em Kew Bull. 59(2): 277 (-278; fig. 1). 2004.

Ecologia:

Forma de vida: herb
Longevidade: unkown
Biomas: Cerrado
Fitofisionomia: Savana
Habitats: 2.1 Dry Savanna
Clone: unkown
Rebrotar: unkown
Detalhes: Erva de 10 a 20 cm de altura, anual, terrícola (Cabral et al., 2009), de ocorrência no Cerrado (Cabral & Salas, 2013). Encontrada em campo de região costal (J.M. Pires 52225). O gênero Borreria encontra-se entre ervas daninhas da família Rubiaceae, conhecidas popularmente como poia, sendo causadoras de intoxicação ao gado (Souza & Lorenzi, 2008).
Referências:
  1. CABRAL, E.; SALAS, R. 2013. Borreria in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB20690)
  2. CABRAL, E.L.; MACIAS, L.; DI MAIO, F.R.; PEREIRA, M.S.; SALAS, R. BARBOSA, M.R.V.; PEIXOTO, A.L.; NETO, J.S.; SOUZA, E.B.; GERMANO FILHO, P. Rubiaceae. In: GIULIETTI, A. M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M. J. G.; QUEIROZ, L. P. DE; SILVA, J. M. C. D. (Eds.). Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservaçao Internacional; Univesidade Estadual de Feira de Santana, 2009. p. 496.
  3. SOUZA, V.C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática: Guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógramas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG II. Nova Odessa-SP: Instituto Plantarum, 2ª edição, 2008. 704p.

Reprodução:

Detalhes: A família Rubiacea é formada por espécies predominantemente bissexuais (Souza & Lorenzi, 2008). Espécies do gênero Borreria, como B. alata são descritas provavelmente incompatíveis de auto-fecundação. Esta mesma espécie é polinizada por moscas (Machado & Liola; 2000). Encontrada com flores e frutos em julho (Cabral et al., 2009).
Fenologia: flowering (Jun~Aug), flowering (Jun~Aug)
Estratégia: unknown
Sistema: self-incompatible
Referências:
  1. CABRAL, E.L.; MACIAS, L.; DI MAIO, F.R.; PEREIRA, M.S.; SALAS, R. BARBOSA, M.R.V.; PEIXOTO, A.L.; NETO, J.S.; SOUZA, E.B.; GERMANO FILHO, P. Rubiaceae. In: GIULIETTI, A. M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M. J. G.; QUEIROZ, L. P. DE; SILVA, J. M. C. D. (Eds.). Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservaçao Internacional; Univesidade Estadual de Feira de Santana, 2009. p. 496.
  2. MACHADO, I.C.; LIOLA, M.I. Fly pollination and pollinator sharing in two synchronopatric species: Cordia multispicata (Boraginaceae) and Borreria alata (Rubiaceae). Revista brasileira de Botânica, v.23, n.3, p.305-311, 2000.
  3. SOUZA, V.C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática: Guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógramas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG II. Nova Odessa-SP: Instituto Plantarum, 2ª edição, 2008. 704p.

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
3.2 Mining & quarrying habitat past,present local low
Historicamente, um dos setores mais importantes na economia do Amapá tem sido a produção mineral. Hoje, através principalmente do porto de Santana, o Amapá exporta minerais, madeiras, óleo de dendê e outros produtos agrícolas e da floresta (Laboratório de Tecnologia e Sistemas de Informação, 2004)
Referências:
  1. LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, 2004 LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Brasil em Foco, região Norte, Amapá. Disponível em: <http://www.tecsi.fea.usp.br/eventos/Contecsi2004/BrasilEmFoco/port/divpol/norte/ap/apresent/index.htm>., 2004. Acessado em: 11 set. 2013.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future local low
Na pecuária do Amapá, o rebanho de búfalos já é três vezes maior do que o bovino. A realidade mostra que a maioria dos criadores de búfalos não faz o manejo adequado das pastagens, mantendo um número de animais maior do que a pastagem suporta (Freitas, 2007).
Referências:
  1. FREITAS, D. Criação de búfalos causa problemas ambientais no Amapá. EMBRAPA Notícias. Disponível em: <http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2007/julho/foldernoticia.2007-07-24.8599064835/noticia.2007-07-27.8988812628/#>., 2007. Acessado em: 11 set. 2013.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
8.1.2 Named species locality,occupancy present local low
Um dos problemas que resultam do modo equivocado na criação de búfalos no Amapá é o aparecimento da planta chamada algodão bravo (Ipomoea fistulosa) (Lima & Moraes, 2008).
Referências:
  1. LIMA, J.D., MORAES, W.S. Potencial alelopático de Ipomoea fistulosa sobre a germinação de alface e tomate. Acta Scientiarum Agronomy. v. 30, n. 3, p. 409-413, 2008.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection
A espécie foi coletada em uma região que não é contemplada pelo o Corredor de Biodiversidade do Amapá, constituído por doze Unidades de Conservação (federais, estaduais e municipais) e cinco terras indígenas (Conservation).
Referências:
  1. Conservation. Disponível em: <http://www.conservation.org.br/corredoramapa/txt.php?id=13&men=1&title=Corredor/UnidadesdeConserva%E7%E3o>. Acessado em: 11 set. 2013.