BEGONIACEAE

Begonia crispula Brade

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Begonia crispula (BEGONIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

CR

EOO:

0,00 Km2

AOO:

8,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre no Estado do Espírito Santo (Jacques, 2012), sendo encontrada nos municípios de Ibiraçu e Aracruz (Kollmann, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Critério: A2c;B2ab(iii)
Categoria: CR
Justificativa:

B. crispula é uma espécie endêmica e rara, encontrada apenas no Estado do Espírito Santo, tendo uma distribuição bastante restrita (AOO=4 Km²). Entretanto, sua AOO pode ser maior, uma vez que há muitas coletas sem localidade definida. Essa espécie ocorre em uma região com intenso desmatamento: Aracruz perdeu cerca de 95% e Ibiraçu, 90% de vegetação nativa até 2011. Suspeita-se, portanto, que a redução populacional tenha sido maior do que 80% nos últimos seis anos (considerando tempo de geração para espécie de cerca de dois anos). Além disso, por ocorrer em uma região que sofre intensa pressão de desmatamento, suspeita-se que a população da espécie seja severamente fragmentada.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 10: 134 1950.A espécie apresenta semelhança morfológica com B. bullatifolia L.Kollmann diferenciando-se dessa e das demais espécies com distribuição no Espírito Santo por apresentar folhas ondulado-plicadas (Kollmann, 2012).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em Floresta Ombrófila (Jacques, 2012).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Espécie herbácea, terrícola, monóica, com registros de floração de setembro a outubro, ocorre em Floresta Ombrófila (Jacques, 2012).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young, 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
Considerada "Deficiente de dados" (DD) pela Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Considerada "Criticamente em perigo" (CR) pela Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).