POACEAE

Anomochloa marantoidea Brongn.

Como citar:

Rafael Augusto Xavier Borges; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Anomochloa marantoidea (POACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

225,476 Km2

AOO:

12,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica da Bahia (Filgueiras, 2011), mais especificamente do município de Una (Judziewicz; Soderstrom, 1989).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Rafael Augusto Xavier Borges
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Critério: A2c;C1
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Anomochloa marantoidea</i> tem distribuição restrita à região de Una (BA), e está sujeita a duas situações de ameaça distintas, onde são encontrados menos de 2.500 indivíduos maduros. Essa região apresentou uma redução de sua vegetação original de aproximadamente 65%. Infere-se que tal redução reflita em uma taxa semelhante de redução populacional da espécie, que representa um valor de declínio contínuo de pelo menos 20% em cinco anos. Sendo assim, a espécie foi considerada "Em perigo" (EN).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

O epíteto refere-se ao fato das grandes folhas pseudopecioladas lembrarem a família Marantaceae (Judziewicz; Soderstrom, 1989).Descrição minuciosa da espécie em Judziewicz; Soderstrom (1989), onde feita a emocionante redescoberta da espécie, após mais de 120 anos de descrição da mesma. Considerada o taxon mais basal da família Poaceae (Filgueiras; Gonçalves, 2004).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Segundo Judziewicz; Soderstrom (1989), a espécie ocorre em duas localidades. A área que a planta ocorre em cada localidade consiste em 1 ou 2 hectares, com cerca de 90 indivíduos em cada localidade.Filgueiras; Gonçalves (2004) afirmam que a espécie possui 3 subpopulações, todas localizadas em áreas privadas.Se cada subpopulação tiver cerca de 90 indivíduos, suspeita-se que haja cerca de 300 indivíduos na natureza.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: floresta tropical de terras baixas úmidas (Judziewicz; Soderstrom, 1989).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Bambu herbáceo (Clark, 1990) perene, cespitoso, com rizomas curtos. Colmo de 50 a 100 cm de comprimento (Clayton et al., 2006). Encontrado em floresta tropical de terras baixas úmidas em área sombreada. Em clareiras os indivíduos são menores (Judziewicz; Soderstrom, 1989). Floresce em junho e julho (Judziewicz; Soderstrom, 1989).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) high
Una (BA) perdeu cerca de 65% e Ilhéus (BA), 20% de vegetação nativa até 2010 (SOS Mata Atlântica; INPE, 2011).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
"Criticamente em perigo" (CR), segundo a Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008),anexo 1.
Ação Situação
5.7.1 Captive breeding/Artificial propagation on going
Judziewicz; Soderstrom (1989) reportam o cultivo da espécie em 1989. Há registro relativamente recente de cultivo da espécie no Centro de Pesquisas do Cacau, Ilhéus, BA (Oliveira; Longhi-Wagner, 2005).