ALSTROEMERIACEAE

Alstroemeria brasiliensis Spreng.

Como citar:

Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho; Tainan Messina. 2012. Alstroemeria brasiliensis (ALSTROEMERIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

241.981,961 Km2

AOO:

24,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Ocorre nos Estados de Mato Grosso e Goiás (Assis, 2010), a aproximadamente 1500 m de altitude (Biodiversitas, 2005).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Critério: B2ab(ii,iii,iv)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Alstroemeria brasiliensis </i>écaracterizada por ervas terrícolas, perenes, hermafroditas, sendo endêmica do Brasil.Ocorre nos Estados do Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais.Restrita ao bioma Cerrado, é registrada em Campos Cerrados a aproximadamente1.500 m de altitude. Apresenta AOO de 24 km² e suspeita-se que as subpopulações estejam severamente fragmentadas. Pouco representada em coleçõescientíficas, sua última coleta data de 1996, no município de Niquelândia,Goiás. A espécie encontra-se sob constante ameaça devido à intensa degradação dosolo, formação de pastagens com a introdução de gramíneas exóticas e, principalmente, à extração do níquel, havendo grande risco de extinção casonão seja criada uma unidade de conservação (SNUC) em sua área de ocorrência. São necessários investimentos empesquisa científica e esforços de coleta a fim de certificar da existência desubpopulações, considerando a viabilidade populacional e sua proteção.

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Cerrado
Fitofisionomia: Campo Cerrado (CNCFlora, 2011).
Habitats: 2.2 Moist Savana, 3.6 Subtropical/Tropical Moist, 4.6 Subtropical/Tropical Seasonally Wet/Flooded Lowland
Detalhes: Erva perene, com ocorrência em áreas campestres de Cerrado na Região Centro-Oeste; fértil de novembro a abril.

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat) high
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. Gramíneas africanas, como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B.decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura) ameaçam diretamente o bioma onde a espécie ocorre (Klink; Machado, 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.4 Livestock high
A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25 ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000 km² do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130 ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados. Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000 km² - uma área equivalente ao Estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining local very high
A espécie ocorre em área explorada para extração de níquel e corre risco de extinção caso não seja criada uma unidade de conservação na área (Filgueiras et al., 2001).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
Citada no Anexo II da Lista de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção do Brasil (MMA, 2008) e na Lista da Biodiversitas de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção na categoria "Vulnerável" (VU) (Biodiversitas, 2005).