Fabaceae

Abarema limae Iganci & M.P.Morim

Como citar:

Eduardo Amorim; Eduardo Fernandez. 2020. Abarema limae (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

DD

EOO:

0,00 Km2

AOO:

4,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro (Chagas, A.P. et al., 2017). No mapa de ocorrência é apresentado apenas o typus da espécie, pois em breve a espécie passará por alterações taxonômicas.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Eduardo Fernandez
Categoria: DD
Justificativa:

Árvore com até 8 m de altura, endêmica do Brasil, ocorre nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro (Chagas et al., 2017). Ocorre em floresta pluvial densa e floresta estacional semidecidual (Iganci e Morim, 2009). No Espírito Santo em Floresta Estacional Semidecidual, Mata de Encosta e Restinga (Chagas et al., 2017). Abarema limae é representada por poucas populações bastante fragmentadas. Apesar de apresentar registros em dois diferentes estados, as populações permanecem isoladas entre si pela fragmentação de habitat e apresentam poucos indivíduos adultos (Iganci e Morim, 2009). Apresenta EOO= 4km², AOO= 4km² e uma situação de ameaça. Abarema limae será recombinada em outro gênero e sofrerá alterações taxonômicas mais profundas (Marli Pires Morim e João Iganci, comunicação pessoal, 2020). Assim, diante da carência geral de dados sobre a circunscrição, a espécie foi considerada como Dados Insuficientes (DD) neste momento. Estudos taxonômicos e filogenéticos, direcionados para a elucidação da real identidade da espécie, são necessários para aumentar o seu conhecimento. Com isso, espera-se que, em breve, seja possível uma reavaliação de risco de extinção robusta, ainda considerando o aumento dos vetores de pressão que incidem na região de ocorrência da espécie.

Último avistamento: 2007
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Kew Bull. 64(2), 276, 2009. Abarema limae Iganci & M.P.Morim será recombinada em outro gênero e sofrerá alterações taxonômicas mais profundas (Marli Pires Morim e João Iganci, comunicação pessoal, 2020).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Abarema limae é representada por poucas populações bastante fragmentadas. Apesar de apresentar registros em dois diferentes estados, as populações permanecem isoladas entre si pela fragmentação de habitat e apresentam poucos indivíduos adultos (Iganci, J.R.V. e Morim, M.P., 2009)
Referências:
  1. Iganci, J.R.V., Morim, M.P., 2009. Abarema (Leguminosae, Mimosideae) no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 60, 581–594. https://doi.org/10.1590/2175-7860200960307

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore com até 8 m de altura (Chagas, A.P. et al., 2017). Ocorre em floresta pluvial densa e floresta estacional semidecidual (Iganci, J.R.V. e Morim, M.P., 2009). No Espírito Santo em Floresta Estacional Semidecidual, Mata de Encosta e Restinga (Chagas, A.P. et al., 2017).
Referências:
  1. Chagas, A.P., Dutra, V.F., Garcia, F.C.P., 2017. Flora do Espírito santo: Ingeae (Leguminosae): Parte 1. Rodriguesia 68, 1613–1631. https://doi.org/10.1590/2175-7860201768508
  2. Iganci, J.R.V., Morim, M.P., 2009. Abarema (Leguminosae, Mimosideae) no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 60, 581–594. https://doi.org/10.1590/2175-7860200960307

Reprodução:

Detalhes: A espécie é hermafrodita, Foi coletada com flor em janeiro e novembro e com fruto de março a junho, agosto e novembro (Chagas, A.P. et al., 2017).
Sistema sexual: hermafrodita
Referências:
  1. Chagas, A.P., Dutra, V.F., Garcia, F.C.P., 2017. Flora do Espírito santo: Ingeae (Leguminosae): Parte 1. Rodriguesia 68, 1613–1631. https://doi.org/10.1590/2175-7860201768508

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2 Species stresses 1.1 Housing & urban areas habitat past,present,future national high
Mais de 70% da população brasileira está condensada na área do bioma Mata Atlântica (Joly et al., 2019). Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2002).
Referências:
  1. Simões, L.L., Lino, C.F., 2002. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. SENAC, São Paulo.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.1 Species mortality 5.3.2 Intentional use: large scale (species being assessed is the target) [harvest] habitat past,present,future national high
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas Dos Remanescentes Florestais Da Mata Atlântica Período 2016-2017. Fundação SOS Mata Atlântica e Inst. Pesqui. Espac. URL http://mapas.sosma.org.br/site_media/download/Atlas_Mata_Atlantica_2016-2017_relatorio_tecnico_2018_final.pdf
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded locality,habitat past,present local high
O município Aracruz (ES) possui 35,88% (51093,9ha) do seu território convertido em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2020. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2018. Município: Aracruz (ES). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 20 de março de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.1 Species mortality 5.3.5 Motivation Unknown/Unrecorded habitat,locality past,present local high
O município de Aracruz com 142387 ha possui 15417 ha que representam 10% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019).
Referências:
  1. SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2019. Aracruz. Aqui tem Mata? URL https://www.aquitemmata.org.br/#/busca/es/Espírito Santo/Aracruz (acesso em 29 de maio de 2019).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Espírito Santo - 33 (ES).
Ação Situação
1.1 Site/area protection needed
A espécie não é conhecida em nenhuma unidade de conservação, mas claramente existe a necessidade de melhorar a proteção do habitat nos locais onde se sabe que ela ocorre. São necessárias pesquisas adicionais para determinar se esta espécie está ou não experimentando um declínio efetivo ou está passando por flutuações naturais da população.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.